quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Gabrielli e o vingativo “capetão” Bolsonaro

José Sérgio Gabrielli
Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (24), em pleno feriado de Natal, o Diário Oficial da União publicou a suspensão da aposentadoria de José Sérgio Gabrielli, que foi presidente da Petrobras nos governos Lula e Dilma – de 2005 a 2012. O ato arbitrário mostra bem o caráter – ou a falta de caráter – do atual presidente. Como já ironizou Fábio Porchat, integrante do perseguido humorístico Porta dos Fundos, “Bolsonaro não governa, ele se vinga”.

A cassação da aposentadoria foi determinada pela Controladoria-Geral da União, que alegou que José Sérgio Gabrielli é investigado pelo Tribunal de Contas em processo que apura superfaturamento de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Diante de tamanha violência, o ex-presidente da Petrobras reagiu:

“Vou recorrer à Justiça contra esta absurda decisão de perseguição política. Minha aposentadoria é resultado de 36 anos e dois meses de vínculo com a UFBA [Universidade Federal da Bahia] e, portanto, não tem nada a ver com a Petrobras... Ela é minha única fonte de renda e a absurda decisão da CGU é a condenação à morte econômica. Vou lutar até o limite pelos meus direitos... Em relação aos fatos relacionados à empresa não há qualquer indiciamento criminal e as investigações no âmbito do TCU são ainda investigações sem conclusão”.

Na Bahia, sindicatos de várias categorias – e não apenas dos petroleiros – já organizam ato de solidariedade a José Sérgio Gabrielli. Partidos progressistas e lideranças políticas também já se pronunciaram contra a “perseguição política”. É urgente fazer mais barulho para reverter essa decisão vingativa do “capetão” e dos seus milicianos.

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