Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:
O sangue derramado pelo ódio político marca com força esta semana. No sábado, dia 15, o dirigente comunista Afonso João Silva foi assassinado por pistoleiros em Jaciara, no Mato Grosso. Afonso João Silva era presidente municipal do PCdoB e grande liderança na luta pela reforma agrária, líder do acampamento próximo à BR-364.
O mesmo ódio sangrento que o assassinou está por trás da mão que, nesta quarta-feira (19) baleou no peito o senador Cid Gomes (PDT), em Sobral, no Ceará. Prontamente atendido na Santa Casa de Misericórdia no município, Cid Gomes felizmente está salvo e não corre risco de vida.
Mas o ódio político difundido desde o vértice da presidência da República, faz os democratas de todos os matizes pagarem com sangue pela ousadia de se contrapor à intolerância , ao arbítrio, à intolerância fascista.
O mesmo ódio que, hoje à frente da Comissão da Anistia, negou 307 pedidos de anistia de camponeses perseguidos pela ditadura militar na Guerrilha do Araguaia, organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) como parte da resistência democrática nas décadas de 1960 e 1970. Decisão que, sendo uma agressão à democracia – o relator teve a desfaçatez de dizer que “a Guerrilha do Araguaia não foi movimento legal e nem legítimo de oposição ao regime de 1964!” – também fortalece o mesmo sentimento político da extrema direita que não recua diante do assassinato – ou tentativa de – de militantes que defendem a democracia, os direitos sociais do povo e dos trabalhadores.
Os atentados contra o dirigente comunista Afonso João e o senador Cid Gomes repetem, hoje, décadas depois, barbaridades semelhantes às cometidas por agentes da ditadura militar de 1964 – e, da mesma forma que naquela época, ocultos pela mesma impunidade que protegia os pau-mandados da repressão policial e política. Ocultos como então, da mesma forma hedionda como a ditadura tentou esconder os crimes que cometeu ao reprimir a resistência democrática – como os que ocorreram no Araguaia.
Os atentados ocorridos nesta semana mostram uma inegável escalada da violência, do arbítrio, do ódio como marca política.
Manifestando sua indignação, a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, exigiu “das autoridades o rigor da Lei” para investigar e punir os culpados. Ela tem razão. E poderia perguntar: Até quando?
O sangue derramado pelo ódio político marca com força esta semana. No sábado, dia 15, o dirigente comunista Afonso João Silva foi assassinado por pistoleiros em Jaciara, no Mato Grosso. Afonso João Silva era presidente municipal do PCdoB e grande liderança na luta pela reforma agrária, líder do acampamento próximo à BR-364.
O mesmo ódio sangrento que o assassinou está por trás da mão que, nesta quarta-feira (19) baleou no peito o senador Cid Gomes (PDT), em Sobral, no Ceará. Prontamente atendido na Santa Casa de Misericórdia no município, Cid Gomes felizmente está salvo e não corre risco de vida.
Mas o ódio político difundido desde o vértice da presidência da República, faz os democratas de todos os matizes pagarem com sangue pela ousadia de se contrapor à intolerância , ao arbítrio, à intolerância fascista.
O mesmo ódio que, hoje à frente da Comissão da Anistia, negou 307 pedidos de anistia de camponeses perseguidos pela ditadura militar na Guerrilha do Araguaia, organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) como parte da resistência democrática nas décadas de 1960 e 1970. Decisão que, sendo uma agressão à democracia – o relator teve a desfaçatez de dizer que “a Guerrilha do Araguaia não foi movimento legal e nem legítimo de oposição ao regime de 1964!” – também fortalece o mesmo sentimento político da extrema direita que não recua diante do assassinato – ou tentativa de – de militantes que defendem a democracia, os direitos sociais do povo e dos trabalhadores.
Os atentados contra o dirigente comunista Afonso João e o senador Cid Gomes repetem, hoje, décadas depois, barbaridades semelhantes às cometidas por agentes da ditadura militar de 1964 – e, da mesma forma que naquela época, ocultos pela mesma impunidade que protegia os pau-mandados da repressão policial e política. Ocultos como então, da mesma forma hedionda como a ditadura tentou esconder os crimes que cometeu ao reprimir a resistência democrática – como os que ocorreram no Araguaia.
Os atentados ocorridos nesta semana mostram uma inegável escalada da violência, do arbítrio, do ódio como marca política.
Manifestando sua indignação, a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, exigiu “das autoridades o rigor da Lei” para investigar e punir os culpados. Ela tem razão. E poderia perguntar: Até quando?
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