Editorial do site Vermelho:
Se não bastasse a parola do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também faz troça com o gravíssimo problema da Covid-19, que se espalha pelo mundo numa velocidade espantosa. Para ele, enquanto os idosos devem se confinar em casa, os mais jovens precisam empurrar o Produto Interno Bruto (PIB) para que ele não colapse.
Com essas fanfarronadas, eles tentam mostrar que suas ideias são uma espécie de guia para a nação, chova ou faça sol, com trovoadas ou céu de brigadeiro – a única capaz de levá-la a bom porto, mesmo contra todas as evidências e probabilidades. Eles falam para suas colunas falangistas, que rezam cegamente pela ladainha do Estado ausente da vida nacional, mas há um pano de fundo que precisa observado.
Admitir que há outro caminho significa pôr em cheque toda a formulação em que se baseou a vitória bolsonarista nas eleições de 2018. Bolsonaro e Guedes prometeram entregar R$ 1 trilhão de “ajuste fiscal” como garantia de que o pagamento de juros da dívida pública seria estabilizado. Mexer nessa meta poderia passar desconfiança ao “mercado” e sinalização de “quebra de contrato”.
O mundo do rentismo, sem face e sem coração, é capaz de quebrar países ou instituições econômicas em poucas horas e com poucos movimentos. Bolsonaro e Guedes, com seu programa econômico, são parte ativa dessa engrenagem. E agora, diante da dramática realidade em que o país se encontra, criam contorcionismos verbais como tentativas de explicar o inexplicável.
O país já vinha numa toada desoladora, com o PIB se arrastando num caminho que jamais levará ao crescimento sustentável e aos desenvolvimento nacional. Com o “ajuste fiscal”, a máquina do Estado entrou em ponto morto e começou a ser dilapidada. As estatais de porte – como a Petrobras, a Eletrobras, o BNDES, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil – estão em processo de sucateamento e privatização.
Outro aspecto relevante da vulnerabilidade do país são os cortes sociais – também falsamente apregoados como atrativos para investimentos privados, naquela máxima de Bolsonaro de que o Brasil estava diante do dilema entre empregos e direitos. Com essas medidas, o drama do desemprego em massa, que se agravará exponencialmente com a Covid-19, será ainda mais cruel para o povo.
O país, em resumo, está diante de uma situação que exigirá muita solidariedade, mas também espirito de luta. A união dos brasileiros e das brasileiras e a ação das forças democráticas e patrióticas podem criar as condições para fazer o Estado cumprir o seu papel de catalisador de medidas emergenciais e condizentes com a dura realidade do povo.
Emerge do Congresso Nacional, dos governadores, dos partidos, das centrais sindicais e de um rol de economistas a indicação de um conjunto de medidas que podem ser adotadas. Entre elas, questões como a revogação ou suspensão da Emenda Constitucional do “teto do gasto” e da meta do superávit primário. São iniciativas que protegem a economia nacional e o emprego, com o objetivo de amparar os mais pobres.
Outras questões importante são os investimentos públicos, além da destinação de recursos extras ao SUS, linha de crédito do BNDES aos estados e municípios e a suspensão da cobrança da dívida dos estados e municípios pelos bancos públicos. Do mesmo modo, ajudariam também a ampliação do Bolsa Família e a adoção de ações emergenciais de transferência de renda à população carente.
As centrais sindicais também se manifestaram sobre “o enfrentamento do coronavírus”. Para elas, a situação “guarda semelhanças com uma economia de guerra e, diante do desleixo do governo”, são necessárias “medidas efetivas”, como o fim da Emenda Constitucional do “teto de gastos” e “garantia de estabilidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras no período da crise.”
O desafio é o de reunir forças para romper a resistência bolsonarista. As amarras que seu programa de governo impôs ao Estado devem ser desatadas. À medida que a Covid-19 avança, as urgências se impõem. E impõem também a responsabilidade de se procurar resposta em cada situação concreta. Como no axioma, caminhando se faz o caminho.
Se não bastasse a parola do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também faz troça com o gravíssimo problema da Covid-19, que se espalha pelo mundo numa velocidade espantosa. Para ele, enquanto os idosos devem se confinar em casa, os mais jovens precisam empurrar o Produto Interno Bruto (PIB) para que ele não colapse.
Com essas fanfarronadas, eles tentam mostrar que suas ideias são uma espécie de guia para a nação, chova ou faça sol, com trovoadas ou céu de brigadeiro – a única capaz de levá-la a bom porto, mesmo contra todas as evidências e probabilidades. Eles falam para suas colunas falangistas, que rezam cegamente pela ladainha do Estado ausente da vida nacional, mas há um pano de fundo que precisa observado.
Admitir que há outro caminho significa pôr em cheque toda a formulação em que se baseou a vitória bolsonarista nas eleições de 2018. Bolsonaro e Guedes prometeram entregar R$ 1 trilhão de “ajuste fiscal” como garantia de que o pagamento de juros da dívida pública seria estabilizado. Mexer nessa meta poderia passar desconfiança ao “mercado” e sinalização de “quebra de contrato”.
O mundo do rentismo, sem face e sem coração, é capaz de quebrar países ou instituições econômicas em poucas horas e com poucos movimentos. Bolsonaro e Guedes, com seu programa econômico, são parte ativa dessa engrenagem. E agora, diante da dramática realidade em que o país se encontra, criam contorcionismos verbais como tentativas de explicar o inexplicável.
O país já vinha numa toada desoladora, com o PIB se arrastando num caminho que jamais levará ao crescimento sustentável e aos desenvolvimento nacional. Com o “ajuste fiscal”, a máquina do Estado entrou em ponto morto e começou a ser dilapidada. As estatais de porte – como a Petrobras, a Eletrobras, o BNDES, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil – estão em processo de sucateamento e privatização.
Outro aspecto relevante da vulnerabilidade do país são os cortes sociais – também falsamente apregoados como atrativos para investimentos privados, naquela máxima de Bolsonaro de que o Brasil estava diante do dilema entre empregos e direitos. Com essas medidas, o drama do desemprego em massa, que se agravará exponencialmente com a Covid-19, será ainda mais cruel para o povo.
O país, em resumo, está diante de uma situação que exigirá muita solidariedade, mas também espirito de luta. A união dos brasileiros e das brasileiras e a ação das forças democráticas e patrióticas podem criar as condições para fazer o Estado cumprir o seu papel de catalisador de medidas emergenciais e condizentes com a dura realidade do povo.
Emerge do Congresso Nacional, dos governadores, dos partidos, das centrais sindicais e de um rol de economistas a indicação de um conjunto de medidas que podem ser adotadas. Entre elas, questões como a revogação ou suspensão da Emenda Constitucional do “teto do gasto” e da meta do superávit primário. São iniciativas que protegem a economia nacional e o emprego, com o objetivo de amparar os mais pobres.
Outras questões importante são os investimentos públicos, além da destinação de recursos extras ao SUS, linha de crédito do BNDES aos estados e municípios e a suspensão da cobrança da dívida dos estados e municípios pelos bancos públicos. Do mesmo modo, ajudariam também a ampliação do Bolsa Família e a adoção de ações emergenciais de transferência de renda à população carente.
As centrais sindicais também se manifestaram sobre “o enfrentamento do coronavírus”. Para elas, a situação “guarda semelhanças com uma economia de guerra e, diante do desleixo do governo”, são necessárias “medidas efetivas”, como o fim da Emenda Constitucional do “teto de gastos” e “garantia de estabilidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras no período da crise.”
O desafio é o de reunir forças para romper a resistência bolsonarista. As amarras que seu programa de governo impôs ao Estado devem ser desatadas. À medida que a Covid-19 avança, as urgências se impõem. E impõem também a responsabilidade de se procurar resposta em cada situação concreta. Como no axioma, caminhando se faz o caminho.
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