Por Altamiro Borges
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que se elegeu pegando carona na cavalgada fascista que assola o país, está se achando. Ela vive tirando selfies ao lado do “capetão” Bolsonaro e até rompeu com seu padrinho de casamento, o ex-ministro Sergio Moro. Rainha das fake-news, ela também dispara besteiras diariamente. Mas a exposição midiática, recheada por cenas patéticas e até hilárias, ainda pode lhe custar o mandato.
A performance política da fundadora da seita “Nas Ruas” é recente. Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra que ela despontou politicamente gerindo as senhas para ida ao banheiro na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) durante o acampamento golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff. Pouco depois, ela foi eleita deputada – sempre coladinha na sua ex-amiga Joice Hasselmann e no filhote 03 do capetão, o Dudu Bananinha.
Sergio Moro e os caixões vazios
Em pouco tempo, Carla Zambelli virou motivo de repulsa no mundo político. Na semana passada, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autorize um mandado de busca e apreensão do celular da deputada do PSL No pedido, alega que a perícia deve mostrar "o verdadeiro teor das conversas entre a deputada e o ex-ministro da Justiça", relata a Folha. A perícia seria feita pela Polícia Federal e pode revelar os crimes praticados por Sergio Moro, Jair Bolsonaro e pela própria Carla Zambelli.
Também na semana passada, o governo do Ceará anunciou que processará a deputada pela entrevista dada à Rádio Bandeirantes em que ela afirmou que caixões vazios foram enterrados no Estado para criar pânico na sociedade e para desgastar o presidente. A mentira levou familiares das vítimas da Covid-19 a tentarem abrir os caixões, expondo-se à infecção em um evidente crime contra a saúde pública.
Em nota divulgada na quinta-feira (30), a administração de Camilo Santana repudiou “de forma veemente, as declarações levianas e inconsequentes proferidas por Carla Zambelli”. Após afirmar que elas representam “insulto aos profissionais de saúde cearenses e desrespeito às famílias das vítimas”, o governo garantiu que tomará todas “as medidas judiciais cabíveis” contra a deputada do PSL.
O ministro do STF e Bob Jefferson
Outro que poderá brevemente adotar medidas contra a parlamentar fascistoide é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ela detonou os inquéritos abertos no STF para investigar fake news e quem financiou o ato em frente ao QG do Exército, em Brasília, que pediu a volta do AI-5 e da ditadura militar e o fechamento do Congresso e do Supremo. Meio desesperada, Carla Zambelli vomitou, sem provas: “Sobre Alexandre de Moraes, às vezes acredito que a ligação dele com o PCC era verdadeira. Porque ele está envolvido na causa de investigar pessoas que faziam o bem pelo Brasil”.
Mas a estrela da “nova política” – balela que enganou tantos midiotas – não pode reclamar do seu crescente desgaste e isolamento. Ela inclusive nem deve temer muito os processos e as ameaças de cassação do seu mandato. Ela tem conquistado novos “amigos”. Na semana passada, ela recebeu o importante apoio de um tarimbado político – que até já foi preso por corrupção. Vale o registro antológico da revista Época:
***
A aproximação entre o centrão e os deputados bolsonaristas vai de vento em popa.
Em conversa com a coluna, Roberto Jefferson exaltou Carla Zambelli, que outro dia era afilhada de casamento de Sergio Moro.
Depois de dizer que o Congresso todo é corrupto – salvo algumas exceções –, ele mencionou Zambelli, hoje a mais poderosa das deputadas bolsonaristas.
E se rasgou:
"A Carla Zambelli é uma moça honrada. Tenho a maior admiração por ela".
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que se elegeu pegando carona na cavalgada fascista que assola o país, está se achando. Ela vive tirando selfies ao lado do “capetão” Bolsonaro e até rompeu com seu padrinho de casamento, o ex-ministro Sergio Moro. Rainha das fake-news, ela também dispara besteiras diariamente. Mas a exposição midiática, recheada por cenas patéticas e até hilárias, ainda pode lhe custar o mandato.
A performance política da fundadora da seita “Nas Ruas” é recente. Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra que ela despontou politicamente gerindo as senhas para ida ao banheiro na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) durante o acampamento golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff. Pouco depois, ela foi eleita deputada – sempre coladinha na sua ex-amiga Joice Hasselmann e no filhote 03 do capetão, o Dudu Bananinha.
Sergio Moro e os caixões vazios
Em pouco tempo, Carla Zambelli virou motivo de repulsa no mundo político. Na semana passada, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autorize um mandado de busca e apreensão do celular da deputada do PSL No pedido, alega que a perícia deve mostrar "o verdadeiro teor das conversas entre a deputada e o ex-ministro da Justiça", relata a Folha. A perícia seria feita pela Polícia Federal e pode revelar os crimes praticados por Sergio Moro, Jair Bolsonaro e pela própria Carla Zambelli.
Também na semana passada, o governo do Ceará anunciou que processará a deputada pela entrevista dada à Rádio Bandeirantes em que ela afirmou que caixões vazios foram enterrados no Estado para criar pânico na sociedade e para desgastar o presidente. A mentira levou familiares das vítimas da Covid-19 a tentarem abrir os caixões, expondo-se à infecção em um evidente crime contra a saúde pública.
Em nota divulgada na quinta-feira (30), a administração de Camilo Santana repudiou “de forma veemente, as declarações levianas e inconsequentes proferidas por Carla Zambelli”. Após afirmar que elas representam “insulto aos profissionais de saúde cearenses e desrespeito às famílias das vítimas”, o governo garantiu que tomará todas “as medidas judiciais cabíveis” contra a deputada do PSL.
O ministro do STF e Bob Jefferson
Outro que poderá brevemente adotar medidas contra a parlamentar fascistoide é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ela detonou os inquéritos abertos no STF para investigar fake news e quem financiou o ato em frente ao QG do Exército, em Brasília, que pediu a volta do AI-5 e da ditadura militar e o fechamento do Congresso e do Supremo. Meio desesperada, Carla Zambelli vomitou, sem provas: “Sobre Alexandre de Moraes, às vezes acredito que a ligação dele com o PCC era verdadeira. Porque ele está envolvido na causa de investigar pessoas que faziam o bem pelo Brasil”.
Mas a estrela da “nova política” – balela que enganou tantos midiotas – não pode reclamar do seu crescente desgaste e isolamento. Ela inclusive nem deve temer muito os processos e as ameaças de cassação do seu mandato. Ela tem conquistado novos “amigos”. Na semana passada, ela recebeu o importante apoio de um tarimbado político – que até já foi preso por corrupção. Vale o registro antológico da revista Época:
***
A aproximação entre o centrão e os deputados bolsonaristas vai de vento em popa.
Em conversa com a coluna, Roberto Jefferson exaltou Carla Zambelli, que outro dia era afilhada de casamento de Sergio Moro.
Depois de dizer que o Congresso todo é corrupto – salvo algumas exceções –, ele mencionou Zambelli, hoje a mais poderosa das deputadas bolsonaristas.
E se rasgou:
"A Carla Zambelli é uma moça honrada. Tenho a maior admiração por ela".
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