quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Cadê o “pastor” que batizou Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

Cadê o Pastor Everaldo Dias, aquele que batizou Jair Bolsonaro nas águas do Rio Jordão, em Israel? Sabe-se que ele segue preso no Rio de Janeiro, mas a mídia nada mais fala sobre o poderoso presidente nacional do Partido Social "Cristão" (PSC). Nos últimos dias, só saiu uma notinha sobre a exoneração do seu filho.

Segundo o site UOL, “o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, exonerou o assessor Filipe Pereira, filho do Pastor Everaldo e que foi preso junto com o pai no final de agosto por suspeita de integrarem esquema de pagamento e distribuição de propinas na administração estadual".

O pimpolho tinha o cargo de assessor especial de Wilson Witzel (PSC), o governador carioca que levou um "tiro na cabecinha" e foi afastado do cargo por denúncias de corrupção. "A exoneração de Filipe aconteceu exatamente dois meses após a sua prisão", lembra o site.

"Neste período, o assessor, que já foi deputado federal e secretário-geral do PSC, continuou recebendo normalmente seu salário de quase R$ 15 mil. Segundo a TV Globo, ele tirou férias ao ser solto, dias após ser preso, e recebeu seus vencimentos mensais, no valor de R$ 14.921,81", detalha o UOL.

Corrupção na saúde em plena pandemia

Diferente do pai, o assessor de Wilson Witzel permaneceu na cadeia apenas pelo período de um mandado de prisão temporária, assim como seu irmão Laércio Pereira. Já o Pastor Everaldo teve a prisão convertida para temporária e segue detido. Os três foram presos em 28 de agosto pela Operação Tris in Idem.

Segundo a reportagem da TV Globo, Filipe Pereira era figura sempre presente nas reuniões que Wilson Witzel fazia para discutir questões da Secretária de Saúde, órgão investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo esquema de propina que deflagrou a crise política que resultou no afastamento do governador.

“O esquema de superfaturamento de contratos e pagamento de propina foi detalhado pelo ex-secretário da Saúde Edmar Santos em acordo de delação premiada. Ele deixou o cargo ainda em maio, nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus, e foi preso em julho, sendo solto cerca de um mês depois”, conclui o UOL.

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