Por Altamiro Borges
Cadê o Pastor Everaldo Dias, aquele que batizou Jair Bolsonaro
nas águas do Rio Jordão, em Israel? Sabe-se que ele segue preso no Rio de
Janeiro, mas a mídia nada mais fala sobre o poderoso presidente nacional do Partido
Social "Cristão" (PSC). Nos últimos dias, só saiu uma notinha sobre a
exoneração do seu filho.
Segundo o site UOL, “o governador em exercício do Rio de
Janeiro, Cláudio Castro, exonerou o assessor Filipe Pereira, filho do Pastor
Everaldo e que foi preso junto com o pai no final de agosto por suspeita de
integrarem esquema de pagamento e distribuição de propinas na administração
estadual".
O pimpolho tinha o cargo de assessor especial de Wilson Witzel (PSC), o governador carioca que levou um "tiro na cabecinha" e foi afastado do cargo por denúncias de corrupção. "A exoneração de Filipe aconteceu exatamente dois meses após a sua prisão", lembra o site.
"Neste período, o assessor, que já foi deputado federal
e secretário-geral do PSC, continuou recebendo normalmente seu salário de quase
R$ 15 mil. Segundo a TV Globo, ele tirou férias ao ser solto, dias após ser
preso, e recebeu seus vencimentos mensais, no valor de R$ 14.921,81",
detalha o UOL.
Corrupção na saúde em plena pandemia
Diferente do pai, o assessor de Wilson Witzel permaneceu na cadeia apenas pelo período de um mandado de prisão temporária, assim como seu irmão Laércio Pereira. Já o Pastor Everaldo teve a prisão convertida para temporária e segue detido. Os três foram presos em 28 de agosto pela Operação Tris in Idem.
Segundo a reportagem da TV Globo, Filipe Pereira era figura
sempre presente nas reuniões que Wilson Witzel fazia para discutir questões da
Secretária de Saúde, órgão investigado pelo Ministério Público Federal (MPF)
pelo esquema de propina que deflagrou a crise política que resultou no afastamento
do governador.
“O esquema de superfaturamento de contratos e pagamento de
propina foi detalhado pelo ex-secretário da Saúde Edmar Santos em acordo de
delação premiada. Ele deixou o cargo ainda em maio, nos primeiros meses da
pandemia do novo coronavírus, e foi preso em julho, sendo solto cerca de um mês
depois”, conclui o UOL.
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