Por Altamiro Borges
Na patética "mensagem de Natal", transmitida na noite desta quinta-feira (24) em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente-capitão abusou das mentiras e do cinismo. Ladeado pela primeira-dama, já apelidada de "Micheque", Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é uma "referência" no combate ao coronavírus.
Na maior caradura, o "capetão" se jactou do auxílio emergencial – escondendo que a sua equipe econômica, chefiada pelo abutre Paulo Guedes – resistiu ao valor de R$ 600 e à duração do benefício. Ele também nada falou sobre a campanha nacional de vacinação, que é alvo de críticas e de vexaminosas comparações com outros países.
O Brasil deve atingir nos próximos dias 200 mil mortes por Covid-19 e os hospitais devem ficar ainda mais lotados após as aglomerações das festanças do final do ano. A "mensagem de Natal" do fascista entrará para a história como mais uma peça de publicidade desumana e mentirosa do laranjal bolsonariano.
"Certa histeria" na sua live macabra
Pouco antes de utilizar a cadeia nacional de televisão, o "capetão" participou de mais uma de suas macabras “lives” semanais. Nela, mais solto, ele voltou a destilar veneno. Entre outras besteiras negacionistas, criticou “certa histeria” nas restrições às viagens impostas por governos estaduais para conter o avanço da pandemia.
Vingativo, o "capetão" também aproveitou para metralhar seu ex-aliado e atual rival João Doria, governador de São Paulo. Sem citar seu nome, disparou: "Vai ficar todo mundo em casa que vou passear em Miami, pelo amor de Deus. Fecha São Paulo e vai passear em Miami? Isso é crime".
Bolsonaro ainda reforçou a sua cruzada contra a vacinação. Sem apresentar provas, ele criticou a CoronaVac, desenvolvida no Instituto Butantan em parceria com a indústria chinesa Sinovac. "A eficácia daquela vacina de São Paulo está lá embaixo. Não vou divulgar percentual porque se errar 0,001% vou apanhar da mídia".
O presidente também abordou a eleição na Câmara Federal e Senado. “No fundo, todo mundo torce”, disse o farsante – que joga pesado para viabilizar a vitória do deputado Arthur Lira, cacique do Centrão. Para ele, uma das prioridades será “botar em votação o projeto de lei para revogar o estatuto do desarmamento”.
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