Por Altamiro Borges
Segundo o levantamento divulgado na noite desta quinta-feira
(17) pelo consórcio de veículos de imprensa, com base nos dados das secretarias
estaduais de Saúde, o Brasil voltou a superar a trágica marca de mais de mil
mortes por Covid-19 em um único dia. Distrito Federal e 16 estados tiveram alta
nos óbitos.
O cenário é triste, dramático, desesperador. O país registrou 1.054
mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, chegando ao total de
184.876 óbitos desde o início da pandemia. O Brasil não registrava mil
óbitos em um dia desde 15 de setembro, quando foram contabilizadas 1.090
mortes.
Com essa nova alta no número de mortes, a média móvel nos últimos sete dias foi de 725 – a maior desde 21 de setembro, quando ela atingiu 748 mortes por dia em uma semana. A variação foi de mais 27% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando uma forte tendência de alta nos óbitos pela doença.
O "craque da logística" e o "capetão"
Quanto ao número de infectados, desde o começo da pandemia 7.111.527
brasileiros já tiveram ou estão com o novo coronavírus, com 68.832 desses
confirmados no último dia – o segundo maior registro desde o começo da
divulgação dos números pelo consórcio de imprensa.
Apesar dos dados alarmantes sobre mortes, internações e
infecções, o general Eduardo Pazuello, o "craque em logística", não
tem um plano consistente de vacinação. Já o genocida Jair Bolsonaro faz
campanha contra a vacina – "não vou tomar e ponto". O “capetão”, porém,
segue se isolando e colecionando derrotas.
Nova derrota no Supremo
Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou
que os governos locais estabeleçam medidas para vacinação compulsória da
população contra a Covid-19. Segundo a decisão, União, estados e municípios
podem fixar exigências legais para estimular a vacinação, mas não podem
determinar a imunização forçada.
De acordo com relato da própria Agência Brasil, “o caso foi
julgado de forma preventiva pelo STF. Até o momento, nenhum dos laboratórios
que desenvolvem a vacina contra o novo coronavírus pediu autorização da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização do produto”.
“Com a decisão, nenhuma lei poderá prever que o cidadão seja
levado à força para tomar a vacina, mas a eventual norma poderá prever a
restrição de direitos pela falta de comprovação da vacinação, como deixar de
receber um benefício, ser proibido de entrar em algum lugar ou ser impedido de
realizar matrícula escolar na rede pública de ensino”.
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