sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Mortes crescem e STF impõe vacinação

Por Altamiro Borges

Segundo o levantamento divulgado na noite desta quinta-feira (17) pelo consórcio de veículos de imprensa, com base nos dados das secretarias estaduais de Saúde, o Brasil voltou a superar a trágica marca de mais de mil mortes por Covid-19 em um único dia. Distrito Federal e 16 estados tiveram alta nos óbitos.

O cenário é triste, dramático, desesperador. O país registrou 1.054 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, chegando ao total de 184.876 óbitos desde o início da pandemia. O Brasil não registrava mil óbitos em um dia desde 15 de setembro, quando foram contabilizadas 1.090 mortes.

Com essa nova alta no número de mortes, a média móvel nos últimos sete dias foi de 725 – a maior desde 21 de setembro, quando ela atingiu 748 mortes por dia em uma semana. A variação foi de mais 27% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando uma forte tendência de alta nos óbitos pela doença.

O "craque da logística" e o "capetão"

Quanto ao número de infectados, desde o começo da pandemia 7.111.527 brasileiros já tiveram ou estão com o novo coronavírus, com 68.832 desses confirmados no último dia – o segundo maior registro desde o começo da divulgação dos números pelo consórcio de imprensa.

Apesar dos dados alarmantes sobre mortes, internações e infecções, o general Eduardo Pazuello, o "craque em logística", não tem um plano consistente de vacinação. Já o genocida Jair Bolsonaro faz campanha contra a vacina – "não vou tomar e ponto". O “capetão”, porém, segue se isolando e colecionando derrotas.

Nova derrota no Supremo

Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que os governos locais estabeleçam medidas para vacinação compulsória da população contra a Covid-19. Segundo a decisão, União, estados e municípios podem fixar exigências legais para estimular a vacinação, mas não podem determinar a imunização forçada.

De acordo com relato da própria Agência Brasil, “o caso foi julgado de forma preventiva pelo STF. Até o momento, nenhum dos laboratórios que desenvolvem a vacina contra o novo coronavírus pediu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização do produto”.

“Com a decisão, nenhuma lei poderá prever que o cidadão seja levado à força para tomar a vacina, mas a eventual norma poderá prever a restrição de direitos pela falta de comprovação da vacinação, como deixar de receber um benefício, ser proibido de entrar em algum lugar ou ser impedido de realizar matrícula escolar na rede pública de ensino”.

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