Risco de estrangulamento cambial?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Acostumado que está com notícias ruins e mesmo péssimas, o brasileiro já não se surpreende com mais nada. Uma nova quebra do país, provocada por estrangulamento cambial, seria mais um de tantos desastres dos anos recentes.

O risco existe. O Brasil vendeu um volume considerável de reservas internacionais desde meados de 2019, cerca de US$ 50 bilhões. Apesar disso, não conseguiu evitar acentuada depreciação do real.

De onde vem a pressão cambial? Não é da conta corrente do balanço de pagamentos. Esta tende, ao contrário, a melhorar. Com a economia em recessão profunda – projeta-se queda de 6% ou mais do PIB em 2020 – a demanda de importações entra em colapso. Como as importações caindo bem mais do que as exportações, o superávit comercial aumenta consideravelmente. Outros componentes do balanço de pagamentos em transações correntes também melhoraram, entre eles viagens internacionais e remessas de lucros e dividendos. A combinação de recessão com depreciação cambial está produzindo, como costuma acontecer, rápido ajustamento das contas externas correntes.

Covid-19 e a sentença de morte na Bolívia

Dolores Arce
Por Leonardo Wexell Severo

Nesta entrevista, a ativista Dolores Arce, ex-diretora-executiva do Centro de Produções Radiofônicas da Bolívia (Cepra) e ex-chefe das Rádios dos Povos Originários (RPOs) – vinculadas ao Ministério da Comunicação – e operadas por organizações sociais e comunidades, denunciou que em seu país “a pandemia foi aproveitada para fazer negociatas com valores superfaturados”. “O lucro das clínicas privadas é incontrolável: um teste de coronavírus varia entre US$ 100 e US$ 150, e a internação diária para pacientes com Covid-19 está acima de US$ 1.500, o que é uma sentença de morte para a grande maioria dos doentes”, afirmou. Conforme Dolores Arce, “a lista de escândalos das atuais autoridades é longa, pois bastaram apenas seis meses para saquear e desfalcar os cofres do Estado e desmantelar as empresas públicas”. “Não há pior vírus do que este governo golpista, que ficará na história como o que se aproveitou da pandemia para fazer negócios obscuros e se agarrar ao poder”, sintetizou.


Bolsonaro: “projeto secreto da cúpula militar”

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“Líder!, Líder!, Líder! …”.

Com esta exaltação ao estilo “Führer!, Führer!, Führer! …” da Alemanha dos anos 1930, os aspirantes-a-oficial da Academia Militar das Agulhas Negras recepcionaram o então deputado Jair Bolsonaro, recém reeleito para o 7º mandato na Câmara Federal.

Acompanhado dos filhos Eduardo e Carlos, Bolsonaro comparecia pela enésima vez a uma solenidade de formatura dos aspirantes da AMAN. Na ocasião, ele retribuiu a recepção efusiva dos cadetes com um discurso que é o marco do lançamento formal da candidatura dele à presidência, que só ocorreria 4 anos depois, em 2018:

A hora é agora para derrotar o neofascista!

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Junho colocou-nos diante da encruzilhada entre ditadura ou democracia de forma inequívoca, mas agora um vento novo sopra, embora não seja ainda uma ventania.

A hora de derrotar o projeto golpista e neofascista está soando.

Bolsonaro tem pressa porque pressente a virada do vento.

Quem prestou atenção à ultima fala de Rodrigo Maia sobre os 35 pedidos de impeachment notará que ele não mais falou que o julgamento do presidente em plena pandemia tornaria tudo mais difícil.

Afirmou que decidirá “na hora oportuna”. Enquanto essa hora não chega, os partidos já conversam reservadamente no Congresso sobre o impeachment. Os da oposição de esquerda e os da direita já convencidos de que é preciso livrar o Brasil de Bolsonaro, como PSDB e PMDB.

Ir para as ruas, agora?

Por João Guilherme Vargas Netto

O movimento sindical através de seus dirigentes tem cumprido, desde o memorável 1º de Maio virtual, suas tarefas defendendo os trabalhadores, reafirmando a relevância do sindicalismo e propondo a união nacional contra a pandemia, contra o caos social e pela democracia.

Acossado pela doença, que não dá trégua, defende o isolamento social e estritos protocolos sanitários nas empresas essenciais em funcionamento. Exige também, com ênfase, o auxílio imediato ao povo trabalhador informal e às micros e pequenas empresas. Repudia a mal intencionada ajuda às empresas que estimula as demissões e defende a manutenção dos empregos.

Estes generais vão defender 'lei e ordem'?

Por Fernando Brito, em seu blog:

São tantas e tão públicas as manifestações de violência policial e parapolicial – como a estúpida agressão à médica espancada no Grajaú – que é desnecessário ficar repetindo-as aqui.

Importa mais que se perceba que chegamos a isso pela a glorificação da polícia, sob o argumento de que ela deveria ter poderes extralegais, o poder se “sentar o dedo em vagabundo” e que fazê-la seguir os estritos limites da lei seria emasculá-la.

Toda esta história é conhecida na política – especialmente aqui o Rio, onde se tornou uma “verdade” praticamente incontestável, sob pena se quem o fizesse tornar-se politicamente ‘maldito’.