Perdida a invulnerabilidade que o endeusamento da Operação Lava Jato e, depois, seu cargo de Ministro da Justiça, parece que as portas do inferno se escancaram para receber Sergio Moro.
Agora o subprocurador geral Lucas Rocha Furtado pediu ao ministro Bruno Dantas, do TCU, que bloqueie todos os pagamentos à empresa Alvarez & Marsal, administradora da Odebrecht no processo de recuperação judicial, que integrou como um de seus sócios o ex-juiz, responsável por ter levado a empreiteira à bancarrota.
É o que publica Monica Bergamo, na Folha.
Furtado chama a atenção para a o fato de que Moro, “em um primeiro momento, atua em processo judicial que interfere no desempenho econômico e financeiro da empresa e, em em um segundo momento, aufere renda, ainda que indiretamente, com o processo de recuperação judicial para o qual seus atos podem ser contribuído".
O procurador admite que Moro possa ter usado uma espécie de “porta giratória” (revolving door), além de lawfare (perseguição com o uso abusivo da Justiça) e pede o compartilhamento dos diálogos da Operação Spoofing, onde estão retratados os diálogos entre o juiz e os promotores.
“Considerando as notícias de que o referido ex-juiz teria orientado procuradores do Ministério Público em questões relativas a informações constantes nos sistema daquela empresa” e que “na qualidade de juiz, a atuação do Sr. Sérgio Moro, seja nas decisões proferidas nos processos judiciais, seja nas exigências contidas nos acordos de leniência, pode ter contribuído para a situação de insolvência da empresa”, Furtado pede a Dantas que avalie “a suspensão de qualquer pagamento à empresa Alvarez & Marsal, no âmbito da Recuperação Judicial da empresa Odebrecht S.A, até que o Tribunal avalie o mérito da questão”.
Que fase, Moro!
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