terça-feira, 23 de março de 2021

O atraso na posse do novo capacho da Saúde

Por Altamiro Borges

A revista Veja garante que dois fatores atrasam a posse do novo capacho da Saúde, o médico bolsonarista Marcelo Queiroga. A nomeação do ministro deveria ter sido publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22), mas foi novamente adiada – frustrando quem espera pelo desfecho de mais essa crise no laranjal que acelera o colapso no sistema e as mortes no Brasil.

Uma das razões é que ainda não foi definido o destino do general Eduardo Pazuello. "O presidente Bolsonaro quer protegê-lo das investigações que apuram a responsabilidade dele na crise do desabastecimento de oxigênio em Manaus e cogita colocá-lo num posto no Palácio do Planalto. Como ministro da Saúde, Pazuello tem direito ao foro privilegiado”.

O segundo motivo para o atraso na nomeação é "porque Queiroga ainda aparece como 'sócio-administrador' de uma empresa médica no sistema de registros da Receita Federal – a Cardiocenter Centro de Diagnósticos e Tratamento de Doenças Cardiológicas, que fica no centro de João Pessoa (PB).

Ação penal contra Marcelo Queiroga

A lei 8.112/1990 veta que servidores públicos participem de “gerência ou administração de sociedade privada”, exigindo que se desliguem para assumir cargos no governo. Segundo a revista, o médico "também constava na semana passada como sócio administrador de outra clínica, a Hemocard... Mas o seu nome já não aparece mais no registro".

Já o site O Antagonista/Crusoé, que ajudou a eleger o fascista Jair Bolsonaro e hoje virou seu inimigo visceral, apimenta um pouco mais a história do atraso. Segundo uma notinha, "o médico Marcelo Queiroga, quase novo ministro da Saúde, é réu em uma ação penal por crime contra o patrimônio público". E dá detalhes do rolo:

"No início dos anos 2000, ele administrou o Hospital Prontocor, um pronto-socorro cardiológico privado de João Pessoa que tem uma dívida milionária com o governo federal... Ele deixou de recolher as contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos empregados". Se for isso, o “capetão” escolhe mesmo a dedo seus capachos. O currículo – ou folha corrida – tem que ser qualificado!

Na trincheira sem ajuda

Enquanto “Eduardo Pesadelo” não sai e “Marcelo Quedroga” não assume, os brasileiros continuam morrendo nos corredores dos hospitais lotados, sem oxigênio, remédios e equipamentos. Uma notinha na Folha mostra o desespero dos secretários estaduais de Saúde, que reclamam que “não há 'absolutamente ninguém' para estabelecer diálogo ou tomar decisões... Recorrendo a uma analogia de guerra, ao gosto dos militares da Saúde, um dos secretários diz que cada um deles está em sua trincheira, isolado, pressionado pelas tropas inimigas, sem ajuda”.

Um comentário:

  1. Olá, Miro,,,,,,,, uma das "saídas" cogitadas é dar novo npome ao ministério. competem:
    a) Ministério da Saudação;
    b) Ministério da Saudade.

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