O presidente da República Jair Bolsonaro jantou na noite desta quarta-feira (7) com empresários em uma casa nos Jardins, bairro nobre da cidade de São Paulo. Os mais de 340 mil brasileiros mortos pela covid-19 não tiraram o apetite dos homens de negócios. Pelo contrário. No cardápio, além de champanhe e camarão, o negacionismo habitual do presidente. Ele reafirmou que não vai fazer um “lockdown nacional” e atacou as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos. Também falou sobre o “tratamento imediato”, novo nome para o kit com remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19. E defendeu a abertura de templos e igrejas.
A pauta da noite era uma “agenda positiva, nada de críticas”, disse o empresário Washington Cinel, dono da companhia de segurança Gocil e anfitrião do evento. Na prática, no entanto, tratou-se de uma reação à carta aberta de centenas de economistas neoliberais, empresários e banqueiros divulgada há pouco mais de duas semanas com críticas à “negligência” do governo federal no combate ao novo coronavírus.
Estiveram presentes nomes de peso do setor financeiro, como o presidente do Banco Safra, David Safra; o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco, e o fundador do BTG Pactual, André Esteves. Também participaram nomes ligados à construção civil, planos de saúde, indústria farmacêutica, veículos de comunicação e varejo, totalizando 25 empresários.
Do lado do governo, foram convocados os ministros Paulo Guedes (Economia), Marcelo Queiroga (Saúde), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Fábio Faria (Comunicações).
A pauta da noite era uma “agenda positiva, nada de críticas”, disse o empresário Washington Cinel, dono da companhia de segurança Gocil e anfitrião do evento. Na prática, no entanto, tratou-se de uma reação à carta aberta de centenas de economistas neoliberais, empresários e banqueiros divulgada há pouco mais de duas semanas com críticas à “negligência” do governo federal no combate ao novo coronavírus.
Estiveram presentes nomes de peso do setor financeiro, como o presidente do Banco Safra, David Safra; o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco, e o fundador do BTG Pactual, André Esteves. Também participaram nomes ligados à construção civil, planos de saúde, indústria farmacêutica, veículos de comunicação e varejo, totalizando 25 empresários.
Do lado do governo, foram convocados os ministros Paulo Guedes (Economia), Marcelo Queiroga (Saúde), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Fábio Faria (Comunicações).
Temperatura
O encontro foi fechado, sem a presença da imprensa. Mas, de acordo com relatos publicados nos principais jornais do país, o tom foi amistoso, ignorando a realidade da maioria do povo brasileiro, espremida entre o medo do vírus e da fome. Os empresários, contudo, se abstiveram de criticar as ações (e a falta delas) no enfrentamento da covid-19. E elogiaram o programa de vacinação, segundo a revista Veja, apesar de apenas 10% da população ter sido imunizada até o momento.
Da mesma forma, a Folha de S.Paulo registrou clima de “otimismo”, e disse que Bolsonaro foi “ovacionado” pelos empresários ao defender a manutenção do teto de gastos. Também o aplaudiram quando elogiou o seu “Posto Ipiranga”, apesar do litro da gasolina beirar hoje os R$ 6 na maioria das capitais do país.
De acordo com o Valor Econômico, o presidente foi elogiado pelos presentes, que disseram faltar compreensão por parte do público e da imprensa para entender o quanto Bolsonaro é “autêntico”.
Declarações
“Não existe terra melhor do que essa!”, disse Bolsonaro, destacando que “os investidores estão acreditando no Brasil”. “Imagina se o (Fernando) Haddad tivesse ganhado a eleição?”, bradou o presidente, durante o seu discurso. “O Brasil teria afundado. Se os atuais presidenciáveis tivessem no meu lugar, tinha virado o caos social”, provocou.
“Falam mal de tudo que eu faço. A única coisa que a imprensa ainda não disse de mim é que eu sou boiola”, afirmou Bolsonaro, em mais uma demonstração de “autenticidade”, de acordo com seus apoiadores.
“Estamos com o senhor. O Brasil não volta para ladrão e vagabundo”, disse um dos presentes. “Vamos te dar apoio”, disse Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, que pediu a celeridade na aprovação de mais “reformas econômicas”.
O encontro foi fechado, sem a presença da imprensa. Mas, de acordo com relatos publicados nos principais jornais do país, o tom foi amistoso, ignorando a realidade da maioria do povo brasileiro, espremida entre o medo do vírus e da fome. Os empresários, contudo, se abstiveram de criticar as ações (e a falta delas) no enfrentamento da covid-19. E elogiaram o programa de vacinação, segundo a revista Veja, apesar de apenas 10% da população ter sido imunizada até o momento.
Da mesma forma, a Folha de S.Paulo registrou clima de “otimismo”, e disse que Bolsonaro foi “ovacionado” pelos empresários ao defender a manutenção do teto de gastos. Também o aplaudiram quando elogiou o seu “Posto Ipiranga”, apesar do litro da gasolina beirar hoje os R$ 6 na maioria das capitais do país.
De acordo com o Valor Econômico, o presidente foi elogiado pelos presentes, que disseram faltar compreensão por parte do público e da imprensa para entender o quanto Bolsonaro é “autêntico”.
Declarações
“Não existe terra melhor do que essa!”, disse Bolsonaro, destacando que “os investidores estão acreditando no Brasil”. “Imagina se o (Fernando) Haddad tivesse ganhado a eleição?”, bradou o presidente, durante o seu discurso. “O Brasil teria afundado. Se os atuais presidenciáveis tivessem no meu lugar, tinha virado o caos social”, provocou.
“Falam mal de tudo que eu faço. A única coisa que a imprensa ainda não disse de mim é que eu sou boiola”, afirmou Bolsonaro, em mais uma demonstração de “autenticidade”, de acordo com seus apoiadores.
“Estamos com o senhor. O Brasil não volta para ladrão e vagabundo”, disse um dos presentes. “Vamos te dar apoio”, disse Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, que pediu a celeridade na aprovação de mais “reformas econômicas”.
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