quinta-feira, 10 de junho de 2021

A “sangria” da TV por assinatura

Por Altamiro Borges

Segue a "sangria" da televisão por assinatura em decorrência da explosão da internet, do "pibinho" de Jair Bolsonaro e da perda de credibilidade da mídia tradicional – entre outras causas. Em sua coluna no site UOL nesta quarta-feira (9), Ricardo Feltrin informou que a “TV paga ‘sangra’ e perde mais 156 mil assinantes em abril”.

Os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que a agonia do setor continua e não há perspectiva de melhoras. "Em abril, o setor viu a fuga de outros 156,9 mil assinantes, que deixaram voluntariamente o serviço ou o tiveram cortado pelas próprias operadoras por falta de pagamento", relata o jornalista.

Segundo Ricardo Feltrin, "dos quase 20 milhões de assinantes que a TV paga tinha no final de 2014, hoje restam ainda 14,1 milhões. A média de perda mensal de usuários este ano tem sido de cerca de 170 mil. Isso é bem mais que o dobro da média do ano passado (70 mil), o que mostra que os problemas estruturais que levam ao cancelamento estão se agravando”.

Um fenômeno mundial

Ainda segundo a matéria, desde dezembro o setor já perdeu mais de 600 mil assinantes. Em abril, a operadora que mais perdeu base de assinantes foi a Sky (89,4 mil) – a segunda maior do país, com 4,1 milhões de assinantes. A Claro, maior de todas, perdeu no mesmo mês 79 mil assinantes e hoje conta com 6.68 milhões de assinaturas. A Oi, que tem 1,73 milhão de assinantes, foi a única que registrou ligeiro ganho – mais 13,1 mil. E a Vivo, que tem 1,21 milhão de assinantes, perdeu 12 mil deles.

Como faz questão de realçar o colunista do UOL, a “sangria” da TV paga não se dá só no Brasil. É um fenômeno mundial derivado dos fatores listados acima. Nos EUA, com a explosão do streaming, o número de assinantes da Netflix já se igualou ao número de assinantes da TV paga. A tendência parece irreversível, o que desespera as operadoras e as emissoras tradicionais.

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