Por Altamiro Borges
O “Capitão Cloroquina”, o novo apelido do genocida que desgoverna o Brasil, festejou muito as vitórias obtidas nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado na semana passada. Respirando mais aliviado, Jair Bolsonaro avalia que afastou, pelo menos temporariamente, o risco da abertura de um processo de impeachment, salvou seus filhotes encrencados, destravou sua pauta fascista de “costumes” e melhorou as condições para sua reeleição em 2022.
domingo, 7 de fevereiro de 2021
STF, Lula e a Lava-Jato
Por Luiz Felipe Miguel
Diz a jornalista Mônica Bergamo que, mesmo reconhecendo a parcialidade de Moro, o Supremo não devolverá os direitos políticos a Lula.
Diz a jornalista Mônica Bergamo que, mesmo reconhecendo a parcialidade de Moro, o Supremo não devolverá os direitos políticos a Lula.
Isso porque se debruçará apenas sobre os malfeitos ocorridos no julgamento relativo ao apartamento de Guarujá.
Caindo essa sentença, restaria de pé a condenação, igualmente farsesca, relativa ao sítio de Atibaia.
Moro também comandou a maior parte do processo do sítio, o que é mais do que suficiente para indicar a contaminação por sua parcialidade. Deixou o caso apenas quando assumiu o cargo com que Bolsonaro lhe recompensou os bons serviços prestados em favor de sua eleição.
Fake news como arma bolsonarista
Por Giovane Marcelino
Construída como tática eleitoral para destruir reputações de adversários e popularizar narrativas equivocadas e perigosas, como o negacionismo à ciência nas medidas de proteção a Covid-19, a máquina de fake news bolsonarista avançou da Capital Federal aos pequenos municípios, subvertendo a democracia e colocando em risco a vida e a economia no Brasil. O necessário combate ao complexo mecanismo de divulgação de calúnias e inverdades precisa ir além da CPI das Fake News e de medidas corporativas como a da plataforma YouTube, que excluiu a página bolsonarista “Terça Livre” essa semana.
Construída como tática eleitoral para destruir reputações de adversários e popularizar narrativas equivocadas e perigosas, como o negacionismo à ciência nas medidas de proteção a Covid-19, a máquina de fake news bolsonarista avançou da Capital Federal aos pequenos municípios, subvertendo a democracia e colocando em risco a vida e a economia no Brasil. O necessário combate ao complexo mecanismo de divulgação de calúnias e inverdades precisa ir além da CPI das Fake News e de medidas corporativas como a da plataforma YouTube, que excluiu a página bolsonarista “Terça Livre” essa semana.
A esquerda está de volta no Equador
Por Mariana Serafini, no site Carta Maior:
Neste domingo (7) os equatorianos vão às urnas para escolher o próximo presidente. Da última vez que fizeram isso, em 2017, eles decidiram continuar com o projeto político de Rafael Correa, a Revolução Cidadã, mas foram traídos por Lenín Moreno, que se elegeu sob a influência do correísmo e imediatamente após assumir o cargo deu uma guinada completa à direita. Passados cinco anos, mesmo com a perseguição implacável de Lenín contra seus opositores, a esquerda está de volta no Equador e promete retomar a Revolução Cidadã, agora adaptada às novas necessidades, uma vez que o país é um dos mais atingidos pelo coronavírus nas Américas.
Neste domingo (7) os equatorianos vão às urnas para escolher o próximo presidente. Da última vez que fizeram isso, em 2017, eles decidiram continuar com o projeto político de Rafael Correa, a Revolução Cidadã, mas foram traídos por Lenín Moreno, que se elegeu sob a influência do correísmo e imediatamente após assumir o cargo deu uma guinada completa à direita. Passados cinco anos, mesmo com a perseguição implacável de Lenín contra seus opositores, a esquerda está de volta no Equador e promete retomar a Revolução Cidadã, agora adaptada às novas necessidades, uma vez que o país é um dos mais atingidos pelo coronavírus nas Américas.
Os pés de barro de Bolsonaro
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Desde quando comprar eleições para as mesas diretoras do Congresso Nacional e se jogar nos braços do fisiologismo vigarista do Centrão confere prestigio, popularidade e dá voto para um governante?
Desde quando tonar pública uma pauta de votações no Congresso Nacional, como fez Bolsonaro e seus aliados no Legislativo, voltada para o obscurantismo nos costumes e para a venda de patrimônio público, é capaz de alavancar projetos de reeleição?
Desde quando se pode esperar um mar de rosas na relação do governo com os políticos do Centrão, uma vez que a conhecida voracidade desta turma de péssima imagem pública por cargos e verbas será um obstáculo para Guedes entregar ao mercado as “reformas” e as privatizações?
Desde quando comprar eleições para as mesas diretoras do Congresso Nacional e se jogar nos braços do fisiologismo vigarista do Centrão confere prestigio, popularidade e dá voto para um governante?
Desde quando tonar pública uma pauta de votações no Congresso Nacional, como fez Bolsonaro e seus aliados no Legislativo, voltada para o obscurantismo nos costumes e para a venda de patrimônio público, é capaz de alavancar projetos de reeleição?
Desde quando se pode esperar um mar de rosas na relação do governo com os políticos do Centrão, uma vez que a conhecida voracidade desta turma de péssima imagem pública por cargos e verbas será um obstáculo para Guedes entregar ao mercado as “reformas” e as privatizações?
Rival de Bolsonaro é uma pandemia econômica
Por Fernando Brito, em seu blog:
É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.
Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.
O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.
É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.
Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.
O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.
A pressão pela retomada da reforma agrária
Por Nilton Tubino e Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:
Em 9 de dezembro de 2020 foi protocolada no STF a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 769, que trata da paralisação da reforma agrária no Brasil. A ADPF foi elaborada por movimentos de luta pela terra e partidos políticos (PT, PSOL, PSB, PCdoB e Rede) e tem entre os signatários a ex-procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat e o ex-ministro da Justiça, também ex-procurador, Eugênio Aragão. No STF, sua relatoria foi designada ao ministro Marco Aurélio Melo.
Tempos sombrios para o SUS na pandemia
Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:
O resultado, nesta segunda-feira (1º), das eleições para as presidências da Câmara de Deputados e do Senado agravou profundamente um cenário de ampliação da crise sanitária provocada pelo mau gerenciamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.
A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.
Mandala: rede mundial de mídias alternativas
Por Antonio Martins e Mika Ronkko, no site Outras Palavras:
Na áspera luta para vencer os oligopólios da mídia hegemônica, deu-se um pequeno passo a mais, no último sábado (30/1). Foram lançadas, numa atividade do Fórum Social Mundial (virtual)-2021, a ideia de uma rede mundial de mídias alternativas e uma estratégia para torná-la real, em alguns meses. O projeto tem o nome provisório de Mandala. Se bem sucedido, cumprirá três objetivos. Do ponto de vista editorial, oferecerá a centenas de publicações contra-hegemônicas, espalhadas pelo mundo, acesso a um enorme acervo de novos conteúdos, informativos e analíticos. Este material – textos, vídeos, imagens e áudios – será compartilhado em regime de reciprocidade, sem contrapartida mercantil. No plano simbólico surgirá, portanto, uma alternativa às lógicas do copyright; da “propriedade intelectual”; da restrição de acesso às ideias e bens culturais. Terceiro – mas não menos importante: estará estabelecido um canal de diálogo político entre mídias que são, também, espaços de reflexão sobre os caminhos para superar o capitalismo. Este intercâmbio parece ainda mais importante em tempos turbulentos – repletos de ameaças mas também de oportunidades. [Outras Palavras orgulha-se de ser parte do esforço que lançou a iniciativa.]
Na áspera luta para vencer os oligopólios da mídia hegemônica, deu-se um pequeno passo a mais, no último sábado (30/1). Foram lançadas, numa atividade do Fórum Social Mundial (virtual)-2021, a ideia de uma rede mundial de mídias alternativas e uma estratégia para torná-la real, em alguns meses. O projeto tem o nome provisório de Mandala. Se bem sucedido, cumprirá três objetivos. Do ponto de vista editorial, oferecerá a centenas de publicações contra-hegemônicas, espalhadas pelo mundo, acesso a um enorme acervo de novos conteúdos, informativos e analíticos. Este material – textos, vídeos, imagens e áudios – será compartilhado em regime de reciprocidade, sem contrapartida mercantil. No plano simbólico surgirá, portanto, uma alternativa às lógicas do copyright; da “propriedade intelectual”; da restrição de acesso às ideias e bens culturais. Terceiro – mas não menos importante: estará estabelecido um canal de diálogo político entre mídias que são, também, espaços de reflexão sobre os caminhos para superar o capitalismo. Este intercâmbio parece ainda mais importante em tempos turbulentos – repletos de ameaças mas também de oportunidades. [Outras Palavras orgulha-se de ser parte do esforço que lançou a iniciativa.]
Sem acordo, Justiça proíbe Ford de demitir
Duas liminares concedidas pela Justiça do Trabalho na noite desta sexta, 5, determinaram a imediata suspensão das demissões nas fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) e do pagamento dos salários dos trabalhadores até que sejam concluídos acordos coletivos com os trabalhadores. Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa em assembleia realizada na quarta-feira.
Além disso, no caso de Taubaté (SP), a empresa foi proibida de alienar bens e maquinários da fábrica. São decisões de primeira instância, portanto cabe recurso.