Por Altamiro Borges
Siga o dinheiro – e não apenas os milhões desperdiçados em cloroquina. A investigação pode derrubar Jair Bolsonaro – o que talvez ajude a explicar seus ataques histéricos recentes. O Estadão estampa na manchete desta terça-feira (22): "Governo comprou vacina indiana por preço 1.000% mais alto" do que o estimado pelo próprio fabricante.
Segundo a reportagem, "telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado, ao qual o Estadão teve acesso, informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose)". Mas o Ministério da Saúde pagou US$ 15 pela unidade da Covaxin – a mais cara das seis vacinas compradas até agora pelo laranjal bolsonariano.
terça-feira, 22 de junho de 2021
Investimento estrangeiro despenca no Brasil
Por Altamiro Borges
A revista Exame – dedicada à cloaca burguesa, que bancou e segue sustentando o fascista Jair Bolsonaro – publicou nessa segunda-feira (21) que "o Brasil foi o país da América Latina que teve a maior queda de investimentos estrangeiros em 2020". A pandemia da Covid-19 não explica totalmente a drástica retração do Investimento Estrangeiro Direto (IED).
Apesar de seguir “passando a boiada” para os empresários ávidos por lucros e sem escrúpulos, parece que o capital externo já desconfia de uma tragédia no Brasil – com o morticínio causado pelo genocida, a devastação ambiental sem controle e o risco de conflagrações políticas. Estes fatores, entre outros, ajudariam a explicar a redução da grana externa.
A revista Exame – dedicada à cloaca burguesa, que bancou e segue sustentando o fascista Jair Bolsonaro – publicou nessa segunda-feira (21) que "o Brasil foi o país da América Latina que teve a maior queda de investimentos estrangeiros em 2020". A pandemia da Covid-19 não explica totalmente a drástica retração do Investimento Estrangeiro Direto (IED).
Apesar de seguir “passando a boiada” para os empresários ávidos por lucros e sem escrúpulos, parece que o capital externo já desconfia de uma tragédia no Brasil – com o morticínio causado pelo genocida, a devastação ambiental sem controle e o risco de conflagrações políticas. Estes fatores, entre outros, ajudariam a explicar a redução da grana externa.
500 mil vidas: a história cobrará respostas
Por Jandira Feghali, na revista CartaCapital:
Dores, orfandades, impotências, amores perdidos, gestantes morrendo com seus filhos no ventre, histórias interrompidas cada vez mais cedo, deixando famílias dilaceradas. São muitos outros cenários ainda que formam o atual retrato de perdas imensuráveis. Não preciso descrever todos porque são vistos diariamente nas telas, nas redes e nos impressos.
A questão é repetir a pergunta: por que chegamos neste lugar, onde, em números oficiais, mais de 500 mil pessoas tiveram suas vidas perdidas por infecção do coronavírus nesta pandemia, fazendo do Brasil o 2º país em número absoluto de mortes?
A questão é repetir a pergunta: por que chegamos neste lugar, onde, em números oficiais, mais de 500 mil pessoas tiveram suas vidas perdidas por infecção do coronavírus nesta pandemia, fazendo do Brasil o 2º país em número absoluto de mortes?
Bolsonaro perdeu a confiança
Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:
Dizer que Bolsonaro perdeu o controle, como os jornais disseram depois do ataque de nervos do sujeito nessa segunda-feira, é uma redundância.
Bolsonaro está permanentemente descontrolado e sob ataque de nervos.
O que Bolsonaro perdeu foi a confiança.
Bolsonaro não atacou a imprensa na entrevista de improviso em Guaratinguetá porque desejava mandar mais um recado à Globo.
É mais grave.
Bolsonaro está pedindo socorro, sem saber direito a quem.
O sujeito sentiu o abalo de dois fatos que o fragilizaram mais do que os estragos da CPI do Genocídio.
Dizer que Bolsonaro perdeu o controle, como os jornais disseram depois do ataque de nervos do sujeito nessa segunda-feira, é uma redundância.
Bolsonaro está permanentemente descontrolado e sob ataque de nervos.
O que Bolsonaro perdeu foi a confiança.
Bolsonaro não atacou a imprensa na entrevista de improviso em Guaratinguetá porque desejava mandar mais um recado à Globo.
É mais grave.
Bolsonaro está pedindo socorro, sem saber direito a quem.
O sujeito sentiu o abalo de dois fatos que o fragilizaram mais do que os estragos da CPI do Genocídio.
Governo militar e o morticínio de brasileiros
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Mesmo considerando dados oficiais subnotificados, o morticínio por Covid no Brasil superou meio milhão de brasileiros. E com viés de alta, como indica a média diária ao redor de 2 mil óbitos.
O Brasil avança para ser ter a maior mortandade em todo planeta. Em que pese representar 2,7% da população planetária, o país responde por 12,9% do total de perdas humanas no mundo – atrás, temporariamente, apenas dos EUA neste ranking tétrico.
As perspectivas poderão ser ainda mais assombrosas. O Plano de Imunização é marcado por incertezas e atrasos devidos ao descalabro do governo militar, que sabotou a compra de vacinas e de insumos para a produção nacional de imunizantes.
Mesmo considerando dados oficiais subnotificados, o morticínio por Covid no Brasil superou meio milhão de brasileiros. E com viés de alta, como indica a média diária ao redor de 2 mil óbitos.
O Brasil avança para ser ter a maior mortandade em todo planeta. Em que pese representar 2,7% da população planetária, o país responde por 12,9% do total de perdas humanas no mundo – atrás, temporariamente, apenas dos EUA neste ranking tétrico.
As perspectivas poderão ser ainda mais assombrosas. O Plano de Imunização é marcado por incertezas e atrasos devidos ao descalabro do governo militar, que sabotou a compra de vacinas e de insumos para a produção nacional de imunizantes.
Nota oficial da ABI: Renuncie, Presidente!
Do site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI):
Descontrolado, perturbado, louco, exaltado, irritadiço, irascível, amalucado, alucinado, desvairado, enlouquecido, tresloucado. Qualquer uma destas expressões poderia ser usada para classificar o comportamento do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, insultando jornalistas da TV Globo e da CNN.
Com seu destempero, Bolsonaro mostrou ter sentido profundamente o golpe representado pelas manifestações do último sábado. Elas desnudaram o crescente isolamento de seu governo.
Que o presidente nunca apreciou uma imprensa livre e crítica, é mais do que sabido. Mas, a cada dia, ele vai subindo o tom perigosamente. Pouco falta para que agrida fisicamente algum jornalista.
Seu comportamento chega a enfraquecer o movimento antimanicomial – movimento progressista e com conteúdo profundamente humanitário. Já há quem se pergunte como um cidadão com tamanho desequilíbrio pode andar por aí pelas ruas.
Descontrolado, perturbado, louco, exaltado, irritadiço, irascível, amalucado, alucinado, desvairado, enlouquecido, tresloucado. Qualquer uma destas expressões poderia ser usada para classificar o comportamento do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, insultando jornalistas da TV Globo e da CNN.
Com seu destempero, Bolsonaro mostrou ter sentido profundamente o golpe representado pelas manifestações do último sábado. Elas desnudaram o crescente isolamento de seu governo.
Que o presidente nunca apreciou uma imprensa livre e crítica, é mais do que sabido. Mas, a cada dia, ele vai subindo o tom perigosamente. Pouco falta para que agrida fisicamente algum jornalista.
Seu comportamento chega a enfraquecer o movimento antimanicomial – movimento progressista e com conteúdo profundamente humanitário. Já há quem se pergunte como um cidadão com tamanho desequilíbrio pode andar por aí pelas ruas.
EUA já não impõem seus desígnios à China
Os Estados Unidos acabam de lançar um ultimatum à China para que franqueie a seus agentes de espionagem o acesso a todos os seus dados relacionados com o aparecimento do vírus da covid-19, sob pena de sofrer fortes represálias. Os chineses responderam deixando claro que vão retrucar com igual ou maior violência às tentativas de ingerência inamistosa por parte dos Estados Unidos.
Até pouco tempo atrás, as ameaças de sanções feitas pelos representantes do imperialismo estadunidense tinham o poder de intimidar e encurralar a seus países desafetos, por maiores que estes fossem. Para fazer valer seus pontos de vista em detrimento do que aspiravam os demais, além de sua enorme superioridade militar, os Estados Unidos contavam com a força incomparável e a pujança de sua economia. Sim, assim eram de fato as coisas até recentemente.
A ignorância e a estupidez não são eternas
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Em um conhecido livro de literatura infantil está o relato sobre o “Pequeno Príncipe” (Saint-Exupéry, 1943), que chegou a um diminuto planeta, onde habitava um “faroleiro”, que cuidava de um farol a ser aceso quando caía a noite. Embora a rotação do pequeno planeta – nos últimos tempos – tivesse aumentado “vertiginosamente”, passando da noite para dia “em breves instantes, as regras para acendê-lo e apagá-lo”, queixava-se o faroleiro, “continuavam as mesmas”.
A realidade material mudava, portanto, mas as normas que o faroleiro deveria cumprir permaneciam estanques. No pequeno e valioso livro “La eficacia del derecho” (Centro de Estudios Constitucionales, Madrid 1990, pg. 96) onde está a referência a Saint-Exupéry, o Professor Pablo Navarro, ao escrever sobre a “dinâmica da realidade” sobre o Direito, construiu uma brilhante parábola – a partir da literatura – sobre as mudanças do mundo real e os seus efeitos sobre as normas.
Em um conhecido livro de literatura infantil está o relato sobre o “Pequeno Príncipe” (Saint-Exupéry, 1943), que chegou a um diminuto planeta, onde habitava um “faroleiro”, que cuidava de um farol a ser aceso quando caía a noite. Embora a rotação do pequeno planeta – nos últimos tempos – tivesse aumentado “vertiginosamente”, passando da noite para dia “em breves instantes, as regras para acendê-lo e apagá-lo”, queixava-se o faroleiro, “continuavam as mesmas”.
A realidade material mudava, portanto, mas as normas que o faroleiro deveria cumprir permaneciam estanques. No pequeno e valioso livro “La eficacia del derecho” (Centro de Estudios Constitucionales, Madrid 1990, pg. 96) onde está a referência a Saint-Exupéry, o Professor Pablo Navarro, ao escrever sobre a “dinâmica da realidade” sobre o Direito, construiu uma brilhante parábola – a partir da literatura – sobre as mudanças do mundo real e os seus efeitos sobre as normas.