Fusão PSL-DEM-PP: onde cabem 3, cabe um?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Provavelmente é mais uma “flor do recesso” – aquelas “notícias” que surgem nos intervalos da política parlamentar – mas o fato é que os boatos em torno da criação do “Partido do Centrão”, reunindo o PSL, o Democratas e os Partido (nada) Progressista são algo que tem, a olhos vistos, o “regador” do Planalto a estimular.

Seria, afinal, um partido para Bolsonaro?

Dificilmente será, por uma série de fatores, o primeiro deles sendo, evidentemente, a incapacidade de Jair Bolsonaro de dividir poder ou coordenar arranjos políticos, tanto que não só falhou, em dois anos e meio e poder, em controlar o PSL, em fazer o “Aliança38” e ate em domar o modestíssimo “Patriota” à conveniência de servir-lhe de montaria em 2022.

Braga Netto enterra a intervenção militar

Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:


Uma mudança radical está em curso no interior do governo Bolsonaro: o Centrão mostra-se muito mais profissional e preparado do que todas as Forças Armadas reunidas. Seus comandantes, acostumados a falarem grosso e verem os civis se acoelharem, agora encontraram inimigo a altura. Não se via nada no gênero desde a retirada da Laguna.

Naquele outono de 1867, um contingente de 3 mil soldados brasileiros que tentava entrar no território paraguaio foi humilhado pelas tropas de Solano López, pelo cólera, pelo tifo e pelo beribéri. A campanha durou pouco mais de um mês e o efetivo perdeu metade dos seus homens. Sem alternativa, fez meia-volta e retornou a Mato Grosso.

General Braga Netto, um elemento perigoso

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A nota do general Braga Netto [23/7] é petulante e, também, ameaçadora. Nela, o general não desmente cabalmente a ameaça de cancelamento da eleição do próximo ano, apenas rechaça o que considera uma tentativa da imprensa de “criar uma narrativa” [sic]. O uso costumeiro do vocábulo “narrativa” pelo clã de Rio das Pedras é, claro, mera coincidência.

Evocando autoridade talvez conferida pelas medalhinhas, insígnias e inúteis condecorações militares, “o Ministro da Defesa informa que não se comunica com os Presidentes dos Poderes por meio de interlocutores”.