domingo, 8 de agosto de 2021

Só há uma saída: derrotar Bolsonaro

Por Vanessa Grazziotin, no Blog do Renato:

Enquanto o Brasil bate o recorde no número de desempregados, a população perde renda e se vê excluída de programas sociais; diminui drasticamente o acesso dos jovens aos bancos universitários.

Enquanto Bolsonaro provoca sofrimento na maioria pobre da nossa gente, assistimos os ricos ficarem mais ricos, o sistema financeiro ampliar as suas benesses e os bancos aumentarem seus lucros. Nos últimos dias, por exemplo, a imprensa noticiou que o lucro do Banco Bradesco aumentou 63% no segundo trimestre deste ano, atingindo R$ 6,3 bilhões.

Lamentavelmente podemos dizer que o Brasil vive um dos seus maiores dramas, um verdadeiro caos.

Brasil virou um circo de horrores

Charge: Vitor Neves/Portugal
Por Ariovaldo Ramos, na Rede Brasil Atual:


O presidente do Brasil ataca ministros do STF da forma mais grosseira possível. Os ministros reagem, segundo especialistas, com mão pesada demais, e suspendem a proposta de diálogo com os presidentes dos demais poderes. Um grande número de oficiais generais das três forças armadas foi agraciado com a patente de marechal ou congênere, reservadas só a heróis de guerra. Inclusive o coronel conhecido como um dos maiores torturadores da maligna ditadura, ganhou a patente de marechal.

Falta o manifesto dos militares

Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:


A defesa das eleições e da democracia já mobilizou artistas, escritores, juízes, religiosos e economistas. Temos manifestos produzidos em todas as áreas contra a tentativa de golpe.

Temos abaixo-assinados categóricos de subprocuradores a banqueiros.

Mas não temos ainda uma manifestação pública dos militares legalistas.

Temos notas demais de generais reformados que saem em socorro de Bolsonaro.

Na semana passada, os clubes de oficiais da reserva do Exército, da Marinha e da Aeronáutica emitiram uma declaração pública em defesa do “voto auditável”.

No início do ano, o presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, divulgou um manifesto em que atacava a CPI do Genocídio, defendia Bolsonaro e definia Lula como representante das trevas.

Semipresidencialismo e anti-imperialismo

Charge: https://pataxocartoons.blogspot.com/
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Com a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, Jango deveria assumir a Presidência. A regra constitucional era auto-aplicável, dispensava interpretações: o vice-presidente da República “Substitui o Presidente, em caso de impedimento, e sucede-lhe, no [caso] de vaga” [CF/1946, art. 79].

Apesar da clareza solar da Constituição, setores das classes dominantes e militares se opuseram à posse de Jango. Entendiam que o trabalhista “ameaçava a ordem e as instituições”.

Em paralelo, na América Latina se assistia à ofensiva dos EUA no contexto da guerra fria. A potência imperial intervinha diretamente nos países e financiava partidos e organizações da direita hemisférica.

Ministério do Trabalho: O santo e o milagre

Por João Guilherme Vargas Netto


Enquanto se discute no Congresso Nacional a MP 1.058 que estabelece as bases administrativas do recriado ministério do Trabalho e Previdência o governo vem plantando na mídia grande o que pretende com o novo órgão, além de acomodar o Centrão.

Pelo que se depreende das notícias e das experiências anteriores o novo ministério se encarregará de radicalizar as consequências da deforma trabalhista em três aspectos principais, no que se refere ao Trabalho.

Psicanalistas e a personalidade de Bolsonaro

Por Rudá Ricci, no Diário do Centro do Mundo:


Bom dia. Venho conversando com psicanalistas para compreender melhor a personalidade de Bolsonaro e as motivações do bolsonarismo.

Em especial, com Luís Carlos Petry. Farei um fio do que colhi até agora. Lá vai.

1) A primeira distinção é entre conservadorismo e personalidade marcada pela pulsão de morte. O conservadorismo se constitui em uma ideologia política enquanto a personalidade autoritária está no plano da personalidade, parte da constituição psíquica do indivíduo.

2) Bolsonaro e o bolsonarismo, por sua vez, combinam elementos do fascismo com o do nazismo, numa espécie de “revival” do que ocorreu na Itália, na Espanha (ver Noite de São Lourenço), na Alemanha wagneriana

Para entender a contraofensiva do império

Por Atilio A. Boron, no site Carta Maior:


Muitas pessoas intoxicadas pela “mídia de desinformação” de massa ou pelo “sicariato midiático” (porque essas organizações com suas notícias falsas, blindagens e ocultação de informações são tão letais quanto os bandidos do cartel de drogas) expressam sua resignação, em alguns casos sua surpresa, ante o aumento do bloqueio decretado pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba (e também contra a Venezuela e a Nicarágua). São arquiconhecidas as ambições de domínio que Washington tem sobre as terras ao sul do Rio Grande.

Sai o ouro, fica a lama

Por Fernando Brito, em seu blog:

Terminada a justa atenção do país, ainda que notívaga, para o desempenho de nossos atletas olímpicos, os olhares serão, esta semana, atraídos para onde precisam ser: a gravíssima crise político-institucional em que está o país.

Já amanhã, Arthur Lira convocará os líderes partidários para marcar data para a votação de esdrúxula proposta de apuração manual das eleições – pois é disto que se trata, e não de auditoria dos resultados eletrônicos por impressão em papel do voto.

É unânime a previsão de que será derrotada, embora, como resuma hoje Bernardo Mello Franco, em O Globo, “mantém o balcão aberto para negociações com o Planalto”.