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O site Notícias da TV informa que “a alta direção da Record determinou nesta quarta-feira (10) que o Jornal da Record passe a ser exibido gravado. A pauta do programa será definida por volta de 18h30, e a gravação, às 19h, uma hora antes de ir ao ar. Será a primeira vez que a emissora de Edir Macedo vai usar esse modelo em um jornalístico. Produtores e repórteres do principal noticiário da empresa temem censura a temas críticos a Jair Bolsonaro (PL)”.
A informação foi publicada inicialmente pelo TV Pop e confirmada pelo Notícias da TV. “A coluna apurou que a ordem veio de diretores ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, liderada por Edir Macedo, dono da rede. O motivo alegado foi uma série de erros técnicos no último mês na exibição ao vivo”. Mas a desculpa não convenceu os jornalistas críticos da emissora, que temem mais controle e censura na empresa.
A mudança no formato vai afetar a cobertura do Jornal da Record, prejudicando o trabalho jornalístico. “A ordem para as afiliadas é tentar não deixar tão explícito que tudo está gravado, inclusive a entrada dos repórteres, que devem ser feitas como se fosse ao vivo. Antes da exibição, haverá uma revisão rápida das matérias e do que foi dito em reportagens e pelos âncoras Celso Freitas e Christina Lemos. É esse temor maior de quem edita o telejornal. Fontes ouvidas pelo Notícias da TV apontam que há medo de cortes em temas sensíveis ao presidente”.
O “capetão” é chegado do “bispo” Edir Macedo. Há inclusive negócios milionários em curso entre o governo e a TV Record, como a compra de três novelas da emissoras – por R$ 3 milhões cada uma. A postura chapa-branca do canal da Iurd vem desde o início da gestão do fascista. Em 2020, por exemplo, a emissora censurou comentários críticos da âncora Adriana Araújo ao governo devido ao tratamento genocida e negacionista na pandemia da Covid-19. A jornalista deixou a emissora no ano seguinte e abriu processo na Justiça do Trabalho.
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