sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Bolsonaro corta R$ 5,6 bilhões na área social

Imagem da internet
Por Altamiro Borges

Após quatro anos de destruição das políticas públicas de redução das desigualdades, o “capetão” Jair Bolsonaro – distante dos holofotes da mídia e dos palanques eleitorais – orquestra mais golpes contra o povão. Levantamento feito pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) comprova que os cortes previstos pelo governo no Orçamento da União para 2023 nas áreas sociais somam R$ 5,6 bilhões.

“Os dados mostram o real projeto do Bolsonaro, caso ele vença as eleições. Em 2023, praticamente não haverá recursos para o Farmácia Popular, para o Mais Médicos, para o controle do câncer, para obras de prevenção a desastres, para o Sistema Único de Assistência Social e para a construção de habitações populares, cisternas no semiárido e creches”, explicou o parlamentar à Folha de S.Paulo.

De acordo com o levantamento, uma das áreas mais afetadas será a da construção de creches, que tinha previsão orçamentária de R$ 100 milhões para 2022 e, para o próximo ano, contará com apenas R$ 2,5 milhões, uma queda de 98%. Já o programa “Caminho da Escola”, que garante transporte aos estudantes, teve corte de 96%, caindo de R$ 10 milhões para R$ 425 mil.

Farmácia Popular e prevenção de desastres

O programa Farmácia Popular disporá apenas de R$ 841,7 milhões no próximo ano, 59% a menos do que em 2022, para bancar a gratuidade de medicamentos, e R$ 176,7 milhões, ou 60% a menos, para as compras com coparticipação. Segundo o senador, 21 milhões de pessoas poderão deixar de ter acesso a medicamentos para diabetes, asma, hipertensão, Parkinson e glaucoma.

No caso do Serviço Único de Assistência Social (Suas), a proteção básica e a especializada tiveram redução de 95% dos recursos e os R$ 48,5 milhões disponíveis não são suficientes nem para garantir o funcionamento dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Nem mesmo a área de prevenção de desastres ficou ilesa: os recursos disponíveis caíram de R$ 2,8 milhões para R$ 250 mil.

Enquanto corta drasticamente os recursos para as áreas sociais, o fascista fez questão de garantir na Lei de Diretrizes Orçamentárias a grana para os fisiológicos do Centrão no famigerado orçamento secreto. “Bolsonaro sancionou na LDO R$ 19,4 bilhões das emendas de relator. Não adianta dizer que não é dele a responsabilidade”, denuncia Jean Paul Prates.

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