Charge: Genildo |
Os bolsonaristas adoram posar de valentões, mas no primeiro tranco eles se acovardam. Esse parece ser o caso do deputado estadual Amauri Ribeiro, do União Brasil de Goiás. Na terça-feira passada (6), ele rosnou da tribuna da Assembleia Legislativa que “deveria estar preso” por ter apoiado os atos golpistas do 8 de janeiro. Três dias depois, porém, sua defesa enviou petição ao Supremo Tribunal Federal implorando para que o farsante não fosse preso.
Segundo nota do site UOL, “o advogado Demóstenes Torres, que representa o parlamentar, mandou o documento ao STF. Ele elaborou a petição após o colunista Lauro Jardim, de O Globo, ter publicado que a PF encaminharia ao Supremo o pedido de prisão do deputado... A medida da PF seria uma consequência da declaração dada por Amauri Ribeiro de que teria auxiliado os atos golpistas inclusive com dinheiro”.
"Vândalos, bandidos e delinquentes"
A petição que pede a rejeição do “eventual pedido de prisão” argumenta que as falas do bolsonarista foram tiradas de contexto e que o deputado agora considera “vândalos, bandidos e delinquentes” os participantes dos protestos em Brasília. Já na semana passada, ao ser questionado pelo deputado Mauro Rubem (PT-GO) sobre o financiamento dos atos golpistas, o falso valentão esbravejou: “Respondendo a sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação, que defende esse país e que não concorda com esse governo corrupto e bandido”.
Amauri Ribeiro também defendeu o terrorista Benito Franco, militar da ativa da PM-GO e ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), que foi preso em 19 de abril durante a Operação Lesa Pátria da Polícia Federal. “A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês”.
Agora, porém, o deputado bolsonarista recua, chama os seus amiguinhos de “vândalos, bandidos e delinquentes” e pede perdão ao STF. Essa não é primeira vez que Amauri Ribeirão atenta contra o decoro parlamentar. Como lembra o jornal O Globo, em 2021 ele ameaçou a vereadora Luciula do Recanto (PSD), afirmando que ela merecia “um tiro na cara”. Ele também se tornou réu por racismo e homofobia ao postar no Instagram uma foto preconceituosa. Para o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, o objetivo do deputado bolsonarista foi “demonizar” pessoas gays, retratando-as como uma ameaça ao modelo heterossexual.
Todo fascista é fanfarrão
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