Por Altamiro Borges
Antes mesmo de Jair Bolsonaro se tornar inelegível, conforme apontam todos os prognósticos sobre o julgamento que se inicia nesta semana no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os bolsonaristas já estão se matando. A cada dia tem uma nova e hilária briga entre os capangas do “capetão”. O último barraco foi entre o senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil do fascista, e a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Em entrevista à Folha, o presidente do PP e cacique do Centrão disse que a derrota do “mito” nas eleições do outubro passado foi por culpa, entre outras fatores, “daquele louco do Roberto Jeferson [o ex-chefão do PTB que disparou cerca de 50 tiros e arremessou três granadas contra agentes da Polícia Federal] com aquela louca da Carla Zambelli, saindo atrás de um negro no centro de São Paulo”.
De imediato, a deputada-pistoleira – como foi apelidada – reagiu indignada. Em seu Twitter, ela destilou veneno contra Ciro Nogueira. “Helicóptero do Cerrado não tem moral para falar de ninguém. Foi o pior ministro do governo Bolsonaro”. Para ela, o líder do Centrão agride os bolsonaristas para “tentar mais espaço no desgoverno Lula. Não tem só duas caras, tem ausência de ética também”.
A expressão “helicóptero do cerrado” usada por Carla Zambelli faz referência aos apelidos – “cerrado” e “helicóptero” – que Ciro Nogueira recebeu em uma planilha de propinas da Odebrecht. Em 2016, o executivo da empreiteira Benedicto Júnior fez uma delação premiada com uma suposta listagem com apelidos de políticos, entre eles, havia o nome do senador do Piauí.
Nessa baixaria da extrema-direita, os dois serviçais de Jair Bolsonaro parecem ter a sua cota de razão. Torço pela briga!
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