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Jair Bolsonaro deve estar angustiado. E não é apenas devido à possibilidade de ir para a cadeia em função dos seus vários crimes. O “capetão” também está preocupado com o seu salário. Na semana passada, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu para que o órgão suspenda a remuneração paga ao fascista pelo PL, que foi mantida pelo partido mesmo após ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral.
E não é pouca grana, não! O tal “presidente de honra” do Partido Liberal recebia dos cofres públicos R$ 41,6 mil por mês. Apesar dos tapados bolsominions ainda acreditarem no mito do homem simplório, Jair Bolsonaro gosta de luxo – desde a época em que construiu o negócio das “rachadinhas” com suas ex-esposas e seus três filhotes. Além do salário do PL, agora sob risco, ele recebe uma aposentadoria de R$ 11.945,49 brutos do Exército por ser capitão reformado e garfa também uma aposentadoria parlamentar mensal de mais de R$ 30,2 mil.
Violação ao princípio da moralidade administrativa
Diante de tanta grana, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado solicitou ao TCU a “suspensão cautelar” do salário pago pelo PL e pediu “a apuração sobre possíveis irregularidades” nestes pagamentos. “A utilização de recursos públicos para remunerar pessoa que foi condenada pelo Poder Judiciário, no âmbito do TSE, é a meu ver violação direta e mortal do princípio da moralidade administrativa. Não se mostra cabível que o Partido Liberal realize a destinação de seus recursos, de origem pública, ao filiado declarado inelegível”.
A decisão foi saudada por muita gente. Após lembrar que o ex-presidente fujão, a ex-primeira-dama e seu staff de seguranças e assessores custam aos cofres públicos R$ 260 mil mensais – “sem contar as aposentadorias de Bolsonaro como militar e deputado –, Ricardo Kotscho elogiou a atitude de Lucas Furtado em matéria no UOL nesta sexta-feira (14). “O contribuinte brasileiro é muito bonzinho, e nem reclama, mas o subprocurador-geral do MP junto ao TCU resolveu tomar providências para acabar com pelo menos parte dessa mordomia”.
Valdemar sofre pressão por aumento salarial
Já uma parte da rachada bancada do PL não só criticou a solicitação do Ministério Público como, na sua total sabujice, ainda está pedindo um reajuste salarial para o “capetão”. Segundo postagem do site Metrópoles na quinta-feira (13), “auxiliares de Jair Bolsonaro têm cobrado de Valdemar Costa Neto um aumento do salário e melhoria das regalias que o partido banca para o ex-chefe do Palácio do Planalto. Esses aliados defendem, por exemplo, que a legenda banque o aluguel de uma casa maior e de carros melhores para o ex-presidente”.
“Por ora, o presidente do PL tem resistido aos pedidos dos aliados de Bolsonaro. Valdemar, porém, já topou reformar a cozinha do escritório político em que Jair Bolsonaro despacha em Brasília”.
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