Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Nesta quinta-feira (7), após as festividades do Dia da Independência, o presidente Lula viaja para Nova Déli, na Índia, para participar da 18ª Cúpula do G20, o grupo que engloba as vinte principais economias do planeta. No evento, o Brasil assumirá pela primeira vez na história a presidência do bloco. Será mais um importante lance no tabuleiro geopolítico mundial do protagonismo do novo governo, com sua política externa “altiva e ativa”, após quatro anos em que o país foi reduzido a situação de pária internacional pelo fascista Jair Bolsonaro.
Segundo relatos oficiais, na presidência do G20, Lula pretende pautar ações com base nos três eixos centrais da diplomacia brasileira na atualidade: defesa da soberania e da proteção da floresta amazônica; o combate à fome e às desigualdades sociais; e a nova governança global, com reformas dos organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e seu conselho de segurança.
"Que esse mundo seja mais justo"
O próprio presidente chamou a atenção para o significado do evento em suas redes sociais na sexta-feira (1). “Semana que vem irei para a Índia, no encontro do G20. Um encontro importante para o Brasil. Eu vou lá para discutir com ele uma coisa que me incomoda: a desigualdade. Desigualdade de gênero, racial, no acesso à saúde e à educação. É preciso que esse mundo seja mais justo”.
“O Brasil voltou”. Esse slogan vai virando realidade de forma acelerada. No curto espaço de oito meses, o novo governo assumiu a presidência do Mercosul, bloco que reúne Argentina, Paraguai e Uruguai; sediou a Cúpula da Amazônia, no início de agosto; e teve sua candidatura aprovada para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, em Belém (PA).
No caso específico do G20, a presidência do Brasil – de dezembro de 2023 a novembro de 2024 – reveste-se de importância estratégica. Atualmente, o bloco é o principal fórum de cooperação econômica internacional. Ele reúne a União Europeia e mais 19 nações: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. Esses países respondem por quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e por aproximadamente 75% do comércio internacional, o que dá a dimensão do seu peso econômico. O G20 tem 70% da população global.
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