sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Bolsonaro dobrou o analfabetismo no Brasil

Charge: Gilmar
Por Altamiro Borges


Estudo divulgado nesta terça-feira (10) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) é mais uma prova contundente do desastre promovido pelo “capetão” Jair Bolsonaro em seus quatro anos de trevas. Ele mostra que o “percentual de crianças de sete a nove anos que não sabem ler e escrever passou de 20% para 40%” entre 2019 e 2022, afirma o relatório. Em seu site oficial, o Unicef alertou para “a urgência de priorizar as políticas públicas intersetoriais voltadas para crianças e adolescentes no Brasil, em especial a educação”.

“A pobreza vai além da renda, e precisa ser olhada em suas múltiplas dimensões. Estar fora da escola ou sem aprender, viver em moradias precárias, não ter acesso à renda, água e saneamento, não ter uma alimentação adequada e não ter acesso à informação são privações que fazem com que crianças e adolescentes estejam na pobreza multidimensional”, explicou Santiago Varella, especialista em Políticas Sociais do Unicef, em artigo que analisa os dados do relatório “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil”.

31,9 milhões em situação de pobreza multidimensional

Segundo o estudo, em 2022 o Brasil possuía 31,9 milhões de crianças e adolescentes em situação de pobreza multidimensional, ou seja, privadas de um ou mais direitos. O Unicef analisou o acesso a seis direitos básicos: renda, educação, informação, água, saneamento e moradia. “De todas as dimensões analisadas, a que mais piorou no país foi a alfabetização, chamando a atenção para a urgência de políticas públicas coordenadas em nível nacional, estadual e municipal para reverter esse quadro”, alertou Santiago Varella no texto citado.

Diante desses números dramáticos, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) postou em suas redes: “O que será que aconteceu com o Brasil de 2019 a 2022 para dobrar o analfabetismo? Uma dica: começa com Jair e termina com Bolsonaro”. Já o site do PT enfatizou: “Com a eleição do presidente Lula, as crianças voltaram a ser prioridade no Brasil. Diante da triste herança deixada por Jair Bolsonaro, o governo lançou, em junho, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que vai financiar ações concretas dos estados, municípios e Distrito Federal para a promoção da alfabetização de todas as crianças do país”.

"Não há inação" no governo Lula

O objetivo desse programa é garantir que 100% das crianças estejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, conforme a meta 5 do Plano Nacional de Educação. Até 2026, serão investidos R$ 3,6 bilhões na ação. “O governo está investindo também em novas escolas, ampliação do ensino de tempo integral e na garantia de acesso à internet de qualidade”.

“Congelada por seis anos nos governos Temer e Bolsonaro, Lula reajustou em até 39% o valor do repasse da merenda no programa que atende 40 milhões de crianças e adolescentes... É também prioridade a retomada das obras de mais de 3,5 mil creches e escolas inacabadas, com a liberação de quase R$ 4 bilhões até 2026, e ampliação da escola em tempo integral. Além de garantir escolas para as crianças, o governo Lula vai levar internet de qualidade para 138,3 mil escolas públicas de todo o país até 2026”, registrou o site do PT.

O esforço do novo governo em priorizar crianças e adolescentes inclusive já é reconhecido pelo próprio Unicef. Segundo postagem do site Metrópoles nesta quinta-feira (12), “para o especialista em políticas públicas do órgão, há alguns bons sinais vindos do poder público, seja a priorização de crianças e adolescentes no Plano Plurianual 2024/2027, que estabelece os principais eixos do gasto orçamentário, seja no anúncio de um novo plano nacional de alfabetização, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. ‘Não há inação, mas a gravidade desse dado deveria suscitar ainda mais investimentos’”.

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