Fortalecer comunicação é missão dos governos

Foto: Reprodução da transmissão ao vivo
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


“Somos um país colonizado e, por isso, pagamos até hoje a conta de não termos tido autonomia para pensar e planejar nosso futuro. A comunicação é, seguramente, um dos caminhos que precisamos trilhar para superar esse problema”. A reflexão do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, marcou a abertura do Seminário ‘Os desafios da comunicação numa era de desinformação e ataques à democracia’, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta quinta-feira (1), em Salvador/BA.

PL das fake news é vital para a democracia

Charge: Brian Britigan
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Na abertura de seminário sobre comunicação, ontem (1º) à noite, em Salvador, o titular da Secretaria da Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, ressaltou a importância da aprovação do chamado PL das Fake News para o “futuro da democracia”. “Não podemos nos curvar ao chamado modelo de negócio das bigtechs“, afirmou Pimenta. Relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o Projeto de Lei (PL) 2.630/2020 está em tramitação na Câmara.

Metas fiscais? Monetárias? E as sociais?

Ilustração: Erin Dwia/C40
Por Paulo Nogueira Batista Jr.


O Brasil tem metas para a inflação desde 1999. Acabamos de lançar metas para o resultado primário das contas públicas. Por que não teríamos, também, metas sociais? Por que só metas monetárias e fiscais? Eis a pergunta que não quer calar.

Se dependesse do mercado financeiro e dos economistas da mídia corporativa, os objetivos sociais, aceitos retoricamente como “importantes”, “relevantes”, “essenciais”, seriam estabelecidos de forma bem genérica, flexível e vaga. Em contraste com os monetários e fiscais, especificados com cuidado, detalhes e rigor, especialmente os fiscais. Na ausência dessas especificações, não haverá confiança na política econômica, asseguram os economistas ortodoxos, com ampla ressonância midiática. Já os objetivos sociais, vistos na prática como menos relevantes, podem ficar na esfera do meramente vago.

Mãos à obra no sindicalismo!

Ilustração do site Esk
Por João Guilherme Vargas Netto


No dia 5 de maio o Executivo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei da valorização do salário mínimo (PL 2385/2023) atendendo à reivindicação da Conclat-2022 e cumprindo a promessa do presidente Lula.

Todos sabemos o conteúdo deste projeto que retoma a política de valorização já testada e aprovada na economia e na sociedade corrigindo o salário pela inflação e pelo crescimento do PIB de dois anos passados, garantindo sempre o reajuste pela inflação se o crescimento do PIB for negativo.

Cabe agora ao governo, à sua articulação política e aos partidos da base encaminharem a discussão e a aprovação do projeto, enfrentando as dificuldades por ventura existentes em sua tramitação.

O golpismo, em marcha

Charge: Arnaldo Branco/Blog da KikaCastro
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Quando começo a pensar no próximo filme, meu desejo é realizar uma obra-prima, o filme dos filmes. Então as filmagens começam, surgem as primeiras dificuldades, e percebo que no máximo conseguirei fazer um bom filme. Ao final, são tantos os contratempos, empecilhos etc., que acabo me contentando em fazer um filme." - François Truffaut

A Realpolitik – o “realismo” governante do mundo e de nossas vidas –, desdenha do sonho para impor-se como a arte do possível. Assim a humanidade se organizou e chega aos nossos dias. Regida pelos ditos espíritos pragmáticos, entre os quais se encontram os vencedores, a política se faz servidora do império das circunstâncias, um arco conceitual que caminha da Terra ao infinito. Os tempos atuais parecem haver defenestrado a utopia. O visionário, o antecipador é expulso de cena. Quase sempre o “realismo” obriga o líder a adequar-se às condições objetivas, ou, nas palavras de Truffaut, render-se às dificuldades, aos contratempos aos empecilhos para, impedido de vencer, pelo menos não perder, o que já seria um “ganho”. Sonhando em escalar o topo, o líder pode, vencido pelas circunstâncias, conformar-se no repouso do sopé. São correções de rota, revisão de objetivos e, fundamentalmente, composição de interesses visando à tomada ou conservação do poder, quase sempre em novos modos e novas medidas. Assim, a Nova República, na regência de José Sarney, compõe-se com o regime decaído e enseja a preeminência militar na reconstrução civil.