Charge: Genin |
Na quarta-feira (24), finalmente a Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão contra ricaços que financiaram os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Antes, só os bagrinhos que invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal tinham sido alvos da PF. A ação contra os financiadores dos terroristas faz parte da 23ª etapa da Operação Lesa Pátria.
Segundo o noticiário, os mandados visaram dois empresários de Barueri, em São Paulo. Um dos alvos foi o bilionário Mário Ari Luft, dono de uma firma de logística que atua no transporte de cargas para o agronegócio e armazenagem. De acordo com o jornal O Globo, ele teria financiado ônibus para levar bolsonaristas a Brasília e também teria participado ativamente da orientação dos movimentos golpistas junto a outras lideranças.
Os empresários investigados teriam cometido, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime. De acordo com balanço da PF divulgado no início do ano, a Operação Lesa Pátria já cumpriu 97 mandados de prisão preventiva e 313 de busca e apreensão. Com o desdobramento desta semana, os números de buscas passam para 316.
De acordo com o site Metrópoles, o ricaço Mário Ari Luft, de 80 anos, é “fundador do Grupo Luft, destaque no setor logístico brasileiro e empresa atuante no transporte de cargas e armazenagem para o agronegócio, mercado de saúde e varejo. Em 2022, Stephanie Golin Luft, filha de Mário e Marinez Golin, acusou o pai de fraudar seu patrimônio com o objetivo de reduzir a herança de valor estimado em R$ 1,125 bilhão, a que ela teria direito. De acordo com Stephanie, Mário Luft teria cedido bens e sociedades empresariais. A jovem ainda contestou o fato de seus meio-irmãos terem recebido a herança adiantada”.
Já o site UOL informa que a operação de busca e apreensão ocorreu no mesmo mês “em que os ataques em Brasília completaram um ano. Os mandados foram cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal. O Supremo Tribunal Federal determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A PF apura que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões”. Não foi informado, ainda, o nome do segundo empresário investigado.
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