domingo, 11 de fevereiro de 2024

Bolsonaristas apanham nas redes sociais

Charge: Adnael
Por Altamiro Borges


Dados coletados e analisados pela consultoria Quaest mostram que Jair Bolsonaro e suas milícias levaram uma surra também nas redes sociais na quinta-feira (8), data histórica da deflagração da operação da Polícia Federal contra o “núcleo político” das tentativas golpistas no país. No computo geral, o ex-presidente foi criticado em 58% das postagens que trataram da ação que cumpriu quatro mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Outras 42% defenderam o golpista na internet, um campo que sempre foi hegemonizado pela extrema direita.

Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a ação da PF alcançou 56 milhões de contas – à frente das operações como a da espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a que atingiu o vereador Carluxo Bolsonaro, a da falsificação dos cartões de vacina, a do escândalo das joias das arábias e a da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-faz-tudo do “capetão”. O alcance só ficou abaixo do 8 de janeiro de 2023, data da invasão e depredação das sedes do Palácio do Palácio, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A surra dos bolsonaristas nas redes sociais foi doída. Eles ficaram totalmente na defensiva, acuados. Enquanto os internautas avessos ao fascista festejaram a megaoperação da PF, bombando expressões como ‘Bolsonaro na cadeia’ e debochando dos alvos das investigações, como no uso do jargão ‘toc toc’, as milícias digitais da extrema direita caíram no chororô, no maior mimimi vitimista. Os fascistas insistiram na desculpa esfarrapada da perseguição política e rosnaram contra o STF, principalmente contra o ministro Alexandre de Moraes”.

Como apontou Leonardo Sakamoto em artigo no UOL, essa surra nas redes pode inclusive alterar a percepção da sociedade sobre a responsabilidade do ex-presidente. Na última pesquisa Quaest sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, divulgada em janeiro, “47% dos entrevistados avaliaram que Jair Bolsonaro teve influência sobre a ação, contra 43% que pensavam o contrário – um empate técnico pela margem de erro”. A tendência agora, com base nas provas da PF, é que mais gente culpe o “capetão” pelo terrorismo em Brasília. A conferir!

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