quinta-feira, 27 de junho de 2024

Trabalho precário enfraquece os sindicatos

Charge: Amorim
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) realizada pelo IBGE aponta que o número de trabalhadores sindicalizados no Brasil caiu para 8,4 milhões, 8,4% dos 100,7 milhões de ocupados no país.

A pesquisa, divulgada no último dia 21 de junho, mostra que em onze anos, de 2012 até 2023, diminuiu em 6 milhões o número de sindicalizados. Entre 2022 e 2023, a queda foi de 713 mil.

O movimento sindical tem a responsabilidade política de analisar as causas deste fenômeno de regressão no número de sindicalizados – e consequente enfraquecimento sindical – e buscar saídas para reverter este quadro.

Os pesquisadores do IBGE contribuem para o debate levantando hipóteses explicativas para essa queda acentuada no número de trabalhadores associados às suas entidades de classe.

Deportação de família palestina atende FBI

Reprodução
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A deportação do cidadão palestino Muslim Abuumar, sua esposa grávida de sete meses, mais seu filho de seis anos e a sogra de 69 anos está repleta de ilegalidades.

A deportação contraria a Lei de Migração, nº 13.445/2017, que define que “ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política” [art. 45, parágrafo único].

Não foram observados os procedimentos judiciais, os prazos legais e o direito à ampla defesa e ao devido processo legal [artigo 48].

O parágrafo 1º do artigo 50 da Lei estabelece que “a deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias”.

Jornalões fogem de Assange

Foto postada no twitter de Stella Assange
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Procurem nos editoriais de Folha, Globo e Estadão, paladinos da liberdade de imprensa (para grampear Dilma), uma linha, uma só, sobre a libertação de Julian Assange.

Assange livre é um constrangimento para a farsa das liberdades defendidas pelos jornalões, com o mesmo molde do discurso bolsonarista.

O sentimento do que possa ser liberdade é compartilhado hoje do mesmo jeito por Bolsonaro, Folha, Globo, Estadão e Steve Bannon. Como farsa.

Em desespero, Ucrânia e EUA escalam a guerra

Charge: Paco Baca/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Como previsto, a guerra na Ucrânia está escalando a níveis muito perigosos.

O fracasso militar da contraofensiva ucraniana e diplomático da conferência de “paz” na Suíça, o isolamento de Zelensky na chamada “maioria global”, a falta de efetividade das sanções econômicas contra a Rússia, a crescente insatisfação com os custos do conflito na Europa e nos EUA etc. estão levando o Ocidente a medidas temerárias, que ameaçam aprofundar e ampliar uma guerra que envolve potências nucleares.

O ataque à cidade de Sebastopol, na Crimeia, com mísseis estadunidenses ATACMS carregados de bombas de fragmentação deixou um rasto de cinco mortos, inclusive duas crianças.

Obviamente, o alvo não era militar, o que agrava o ataque.

Sindicalize-se!

Charge: Laerte
Por João Guilherme Vargas Netto


A taxa de sindicalização, que é a porcentagem dos trabalhadores associados aos sindicatos em relação ao número de ocupados ou empregados, vem caindo no Brasil desde 2017 e aceleradamente nos últimos anos.

Quando analisamos a série histórica do IBGE, que vem desde 2012 e merece ser estudada criteriosamente, constatamos um período inicial de estabilidade na taxa (em torno de 15%) que durou cinco anos (quase metade do período) e depois vem a queda continuada e acelerada, chegando aos 8,4% em 2023, anunciados agora.

São três os fatores principais que influem na taxa de sindicalização (cada um agindo sobre os outros): ideológicos, estruturais e políticos – acrescidos todos pela própria vontade de recrutamento das direções sindicais.

A desinformação como modelo de negócio

Charge: Keyvan Varesi/Cartoon Movement
Por Ergon Cugler, no Jornal da USP:


Em 2020, o mundo assistiu perplexo ao avanço não apenas do vírus sars-cov-2 durante a pandemia da covid-19, mas também aos efeitos da desinformação e da desordem informacional tomando conta das arenas públicas. Eis então que o termo “infodemia” é alavancado, representando um grande fluxo de informações que se espalham através do ambiente digital e sobrecarregam a sociedade com distintas e antagônicas “versões dos fatos”.

Dinheiro público só para a mídia hegemônica

Charge: Namal Amarasinghe
Por Elaine Tavares, no site Pobres e Nojentas:

Santa Catarina abriga pouco mais de sete milhões de pessoas e é considerado um estado bastante conservador. Conforme dados da Anatel, têm 300 emissoras de rádio funcionando, as quais, principalmente as do interior do estado, detêm importante espaço na manufatura da opinião pública. Na área da televisão, são 24 retransmissoras, igualmente atuando de maneira decisiva na formação da opinião pública catarinense. Obviamente que a expressiva maioria destas emissoras de rádio e TV são empresas comerciais, que existem dentro da lógica do capital, para produzir lucros aos seus donos. Justamente por isso é absolutamente comum que estejam alinhadas aos grupos dominantes no campo da política. E, como desvelou Karl Marx, sendo o estado o balcão de negócios da burguesia, é também “natural” que os donos da comunicação em Santa Catarina façam parte da partilha dos recursos públicos.