quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Comunicação: além da batalha diária
Por Ricardo Zamora, no site Sul-21:
Em abril do ano passado, publiquei um artigo intitulado O que a Secom faz além da batalha diária. Dentre as várias intenções, quis mapear um conjunto de iniciativas realizadas pela Secretaria de Comunicação Social do terceiro governo do presidente Lula, onde ocupei, até janeiro de 2025, o cargo de Secretário-Executivo do ministro Paulo Pimenta.
Busquei evidenciar que, muito além da disputa diária pela opinião, a Secom desenvolveu um conjunto de políticas públicas de comunicação, as quais, no mais das vezes, não são percebidas pelas pessoas, mesmo aquelas que acompanham o trabalho do governo federal. Por exemplo: elaboramos e executamos ações na área de comunicação popular e periférica; realizamos iniciativas de combate às fake news; criamos ferramentas para garantir transparência às ações do governo.
A complexidade do mercado de trabalho no Brasil
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:
Encontra-se disponível para os interessados estudo do IBGE com informações sobre a realidade social do Brasil. A publicação, de 2024, recebeu o título de “Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira”.
O documento, em sua apresentação, informa que o estudo trata de estrutura econômica e mercado de trabalho, padrão de vida e distribuição de rendimentos, educação, condições de saúde e condições de vida segundo estratos geográficos.
Nos limites deste artigo, nosso foco será uma breve apreciação do capítulo que trata da estrutura econômica e mercado de trabalho. O estudo dos indicadores desse capítulo é ferramenta indispensável para, entre outras possibilidades, subsidiar a ação sindical.
434 que ainda estão aqui e os 8.350 que não
Por Gustavo Guerreiro
“Ainda estou aqui” ganhou destaque nas últimas semanas como um grito de resistência no cinema nacional, narrando a dor dilacerante de uma família que teve seu pai arrancado pela ditadura militar. Como o filme magistralmente retrata, conhecemos os 434 – sabemos seus nomes, suas histórias, suas lutas. São os mortos e desaparecidos políticos que habitam a memória coletiva do povo brasileiro, cujas famílias ainda buscam justiça. Mas há outros gritos de um Brasil profundo, igualmente dolorosos, que parecem não encontrar eco na consciência social dos brasileiros: os 8.350 indígenas assassinados no mesmo período. Por que suas histórias não ganham as telas? Por que seus nomes não estão gravados nos monumentos à memória? Por que suas famílias não têm o mesmo espaço para clamar por justiça? Talvez porque, para boa parte dos brasileiros, eles nunca estiveram verdadeiramente “aqui”.
“Ainda estou aqui” ganhou destaque nas últimas semanas como um grito de resistência no cinema nacional, narrando a dor dilacerante de uma família que teve seu pai arrancado pela ditadura militar. Como o filme magistralmente retrata, conhecemos os 434 – sabemos seus nomes, suas histórias, suas lutas. São os mortos e desaparecidos políticos que habitam a memória coletiva do povo brasileiro, cujas famílias ainda buscam justiça. Mas há outros gritos de um Brasil profundo, igualmente dolorosos, que parecem não encontrar eco na consciência social dos brasileiros: os 8.350 indígenas assassinados no mesmo período. Por que suas histórias não ganham as telas? Por que seus nomes não estão gravados nos monumentos à memória? Por que suas famílias não têm o mesmo espaço para clamar por justiça? Talvez porque, para boa parte dos brasileiros, eles nunca estiveram verdadeiramente “aqui”.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
General Girão (PL-RN) é punido por golpismo
Charge: Miguel Paiva |
Antes tarde do que mais tarde. Aos poucos, alguns expoentes das ações golpistas no país estão sendo punidos. O general Braga Netto, que foi ministro do covil fascista e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, está preso – um fato inusitado na história nativa. Outros milicos de alta patente, inclusive os que planejaram os assassinatos de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, também estão no xilindró. Boa parte dos golpistas, porém, ainda goza de liberdade. A começar do chefão da Orcrim (Organização Criminosa), Jair Messias Bolsonaro. Mas o cerco se fecha!
A aliança entre as big techs e Trump
Charge: Marian Kamensky |
A imprensa conservadora e a direita brasileira são bastante curiosas em suas avaliações sobre as ameaças à democracia.
Exibem uma compulsiva e pungente preocupação com grandes potências militares, econômicas e geopolíticas, como Cuba e Nicarágua, por exemplo, que, como se sabe, exercem forte e solerte influência em todo o mundo.
Outra pujante potência, no auge de seu poderio, a Venezuela, tornou-se, por sua parte, uma verdadeira obsessão. Pelo que lemos e ouvimos, Maduro não é só maior ditador da história da humanidade, mas também uma gravíssima ameaça ao Brasil e a toda a América Latina.
Crime em Tremembé escancara ódio ao MST
Foto: Douglas Mansur/Comunicação MST |
Dois mortos e cinco feridos. Este é o saldo trágico do ataque sofrido pelo Acampamento Olga Benário do MST em Tremembé, interior de São Paulo, nesta sexta-feira (10). Além de escancarar a virulência da disputa fundiária no Brasil, já que o crime é relacionado à especulação imobiliária na região, também explicita a falta de políticas públicas de segurança para os assentamentos da reforma agrária e o envenenamento da opinião pública contra os trabalhadores rurais sem terra.
Provocação da Meta exige forte reação
Reprodução da internet |
São enormes as consequências do anúncio de Mark Zuckerberg, controlador da Meta, big tech detentora do WhatsApp, do Facebook e do Instagram, com valor de mercado superior a um trilhão de dólares, de que encerrará seu programa de moderação nos Estados Unidos, seguindo o exemplo do X, do bilionário Elon Musk. A decisão, no contexto da posse de Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos, compõe o cenário de ofensiva da extrema-direita em âmbito mundial. Faz parte do projeto de poder que tem nos monopólios a essência da dominação imperialista, na contemporaneidade concentrados nas oligarquias financeiras e tecnológicas.
domingo, 12 de janeiro de 2025
Fantástico afunda em audiência, apesar do Lula
Foto: Ricardo Stuckert/PR |
O site de entretenimento TV Pop revela que o Fantástico, a revista dominical da TV Globo, teve o pior desempenho anual de toda sua histórica no último programa do ano passado, em 29 de dezembro. Ele amargou 13,5 pontos de média de audiência. A decadência não é recente e coloca em risco o próprio futuro da mais tradicional atração do império global, que completará 52 anos de existência em 2025.
“Os índices consolidados de audiência da Grande São Paulo, obtidos pela reportagem do TV Pop com fontes do mercado, revelam que o Fantástico marcou uma média de apenas 16,8 pontos em suas 52 edições transmitidas no decorrer de 2024. Trata-se do pior desempenho da história do programa, que já acumula uma perda de 51% de seus telespectadores desde 2001, quando teve os seus melhores números deste século, com 34,3 pontos. Em 23 anos, mais de 3 milhões e 350 mil pessoas deixaram de assistir ao jornalístico da Globo apenas na principal metrópole do país”.
Desafio da comunicação e a troca na Secom
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Um erro comum entre pessoas do campo progressista, de certa forma corroborado por setores da imprensa comercial, é a superestimação do papel da Secretaria de Comunicação do governo federal, a Secom.
Alguns vão além e consideram que a mera saída do ministro Paulo Pimenta da chefia da comunicação governamental e a entrada em cena do publicitário Sidônio Pereira colocará um ponto final nas falhas de comunicação do governo Lula 3, vistas por um grande número de militantes e dirigentes da esquerda democrática como o principal problema da gestão.
A Secom, embora tenha importância inegável, pois faz a assessoria de imprensa do governo e do presidente da República, controla as verbas publicitárias, elabora a política de comunicação do governo e divulga as ações do Executivo, além de interligar e coordenar a comunicação entre os orgãos de governo, tem suas limitações institucionais.
Questão fiscal como parte da luta de classes
Charge: Bira |
Com a recente aprovação pelo Congresso da proposta de recorte de gastos enviada pelo Governo Federal, ficaram bastante evidentes alguns aspectos de como são travadas as batalhas dentro da luta de classes em nosso país.
Se, mesmo fazendo enormes concessões aos interesses das classes dominantes, o projeto governamental procurava garantir a defesa de alguns pontos favoráveis ao campo popular, a atuação da maioria reacionária nos órgãos parlamentares no processo de discussão da medida acabou por encaminhar a definição num rumo em que o povo trabalhador saiu em situação ainda pior do que já se encontrava.
Mas, por que esta questão de tributação fiscal e isenção de impostos tem tudo a ver com a luta de classes? É isto o que vamos tentar esclarecer nas próximas linhas deste texto.
Os desafios da comunicação sindical
Por João Guilherme Vargas Netto
Em um país polarizado politicamente como o Brasil existem, entretanto, várias unanimidades. Uma delas é o desconhecimento quase total do papel ativo do movimento sindical dos trabalhadores e de suas direções na criação e manutenção da política de valorização do salário-mínimo e na conquista de ganhos reais de salários dos empregados nas inúmeras campanhas e negociações durante o ano de 2024.
Estes resultados têm sido essenciais para a positividade da conjuntura e são subestimados e mesmo desconhecidos no que se refere ao papel dos sindicatos.
Este é um fato que confirma a fraqueza da comunicação sindical entre os trabalhadores e as trabalhadoras, entre os formadores de opinião e os jovens, nas redes de internet, nas várias instâncias de governo e nos partidos políticos.
Em um país polarizado politicamente como o Brasil existem, entretanto, várias unanimidades. Uma delas é o desconhecimento quase total do papel ativo do movimento sindical dos trabalhadores e de suas direções na criação e manutenção da política de valorização do salário-mínimo e na conquista de ganhos reais de salários dos empregados nas inúmeras campanhas e negociações durante o ano de 2024.
Estes resultados têm sido essenciais para a positividade da conjuntura e são subestimados e mesmo desconhecidos no que se refere ao papel dos sindicatos.
Este é um fato que confirma a fraqueza da comunicação sindical entre os trabalhadores e as trabalhadoras, entre os formadores de opinião e os jovens, nas redes de internet, nas várias instâncias de governo e nos partidos políticos.