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domingo, 29 de outubro de 2023

Como se faz a demonização de um povo

Charge: ManSour
Por Jair de Souza

No exato instante em que esboço estas linhas, um dos mais horrendos crimes contra a humanidade está em vias de consumação. Trata-se de um ato de crueldade e perversidade quase sem paralelo na história. Talvez, tão somente as práticas do nazismo hitlerista possam ser equiparáveis ao massacre que o Estado de Israel está perpetrando contra o indefeso povo palestino na faixa de Gaza.

Porém, apesar de todo este flagrante horror, que vem sendo transmitido em tempo real pelos meios de comunicação para todo o mundo, nos países ocidentais, não parece haver um sentimento de indignação forte o suficiente para obrigar a seus governantes a clamar pelo fim dessas atrocidades.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Pelo cessar-fogo imediato em Gaza

Ilustração de Eman Abu Arra
Do site do Cebrapaz:


O Cebrapaz – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz se dirige aos movimentos sociais brasileiros, aos amantes da paz, aos movimentos de solidariedade internacional, independentemente das orientações políticas e ideológicas e das confissões religiosas de seus membros, com um veemente chamado pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza e o imediato estabelecimento do cessar-fogo, como solução emergencial para deter os crimes de lesa-humanidade que estão sendo praticados por Israel contra o povo palestino, com o apoio do imperialismo estadunidense.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Não é guerra; é um genocídio em Gaza

Uma criança palestina morta a cada 9 minutos

Ilustração do livro Palestina de Joe Sacco
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em 15 dias de ofensiva genocida na Faixa de Gaza, Israel já matou 5.791 palestinos. Dentre as vítimas, 2.360 crianças e 1.230 mulheres, segundo informes de autoridades sanitárias do território acompanhadas por técnicos da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Em média, são quase 160 crianças palestinas mortas por dia, o que corresponde a praticamente 7 crianças mortas por hora – uma a cada 9 minutos.

Não consta em nenhum registro fotográfico, jornalístico ou documental, que uma única dessas crianças assassinadas estava armada, em combate; ou que fosse militante do Hamas ou estava entrincheirada.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Guerreiros, terroristas e civis inocentes

Bairro de Ridwan, na cidade de Gaza. Foto: The New Arab
Por Manuel Domingos Neto

A suprema estratégia guerreira é submeter o inimigo sem lutar. Neste afã, a exibição de força inexcedível é usual. A disseminação do terror foi prática de colonizadores, Estados autocráticos, monopolizadores da riqueza, intérpretes de divindades e contestadores da ordem.

A busca da supremacia guerreira orientou a superação de limites tecnológicos e constrangimentos morais. Confrontos de vida e morte suspendem regras e convenções que atrapalhem a vitória. O guerreiro moderno, querendo diferenciar-se do “primitivo”, inventou “crimes de guerra” tipificados em leis internacionais inócuas, chanceladas por uma fantasiosa “comunidade internacional”, mas persistiu agindo, em essência, como seus antepassados.

domingo, 22 de outubro de 2023

Israel assassina 150 crianças por dia em Gaza

Rafah, no sul da Faixa de Gaza, 22/10/23. Foto: Said Khatib/AFP
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O 11º dia da ofensiva genocida de Israel na Faixa de Gaza contabiliza resultados tétricos.

Segundo relatórios das autoridades sanitárias de Gaza publicados pela imprensa internacional, 13.162 palestinos ficaram feridos e 4.127 foram mortos até esta 6ª feira, 20/10.

Isso representa 15 palestinos mortos por hora – a maioria crianças, mulheres e idosos.

A quantidade de vítimas palestinas já corresponde a praticamente três vezes o número de israelenses mortos nos atentados do Hamas no 7 de outubro.

Revisando a história para impedir desgraças

Por Jair de Souza


Neste exato momento em que o processo de expulsão e extermínio do povo palestino pelas forças armadas do Estado de Israel está em vias de concluir, considero de fundamental importância rever (ou ver pela primeira vez) um documentário preparado há mais de 15 anos por Renen Berelovich, um ex-soldado do exército israelense.

Em A História Sionista, o autor faz uma profunda meditação e análise sobre as causas que provocaram o surgimento e acirramento de um sangrento conflito, em cujo estágio de máximo horror nos encontramos agora.

Sob a influência da perversidade de vários dirigentes de algumas igrejas falsamente cristãs, muita gente inocente tem sido induzida a aceitar, e até mesmo a apoiar, o massacre de todo um povo, acreditando que, desta maneira, estariam atendendo os desígnios de Deus. Como se Deus pudesse ser tão cruel e monstruoso a este ponto!

As raízes bíblicas do sionismo de Israel

Gaza. Foto: EFE
Por Frei Betto, em seu site:

Sionistas são aqueles que advogam a supremacia do Estado de Israel e impedem que os palestinos tenham um Estado independente, inclusive com direito a terem, como todo Estado constituído, Forças Armadas.

O atual conflito entre israelenses e palestinos deita raízes na Bíblia, em especial no Livro de Josué, que teria sido escrito no século XII a.C. Nem tudo nele possui base histórica. Segundo o relato, Deus teria assumido postura de colonizador e dito a Josué, herdeiro de Moisés, quando o povo hebreu terminava a travessia do deserto após se libertar do Egito: “Atravessa o rio Jordão e entra na terra que dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta dos pés de vocês, darei a vocês conforme prometi a Moisés” (1,2-3).

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

O holocausto palestino (da Nakba a Gaza)

Ilustração: Eman Abuarra
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"O povo alemão é um só corpo, mas sua integridade está ameaçada. Para manter a saúde do povo, é preciso curar o corpo infestado de parasitas.” – Adolf Hitler, Minha Luta

“Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás. Estamos lidando com animais humanos e agindo de acordo.” – Yoav Gallant, Ministro da Defesa de Israel


Concerto de elos, a História é tecida por fatos que se explicam uns pelos outros, como as ondas do mar, que se parecem autônomas, quando toda vaga é a sequência da anterior e ao mesmo tempo o impulso da onda seguinte. Um feito, um evento, uma transformação social, uma ruptura ou uma composição explicam outros sucessos, numa cadeia de interdependência causal em que atuam elementos políticos, econômicos, culturais e sociais, em níveis que não podemos estabelecer É essa correlação sequencial que dá sentido aos acontecimentos e à vida política, o produto dialético do encontro do conflito com a harmonia, entre racionalidade e irracionalidade, arbítrio e necessidade, força e debilidades, contradições e antíteses.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Israel mata jornalistas. Mídia sionista abafa!

Gaza, tragédia humanitária

Israel mantém genocídio em Gaza

O genocídio midiático dos palestinos

Manifestação em Londres em apoio à Palestina. Foto: Reuters
Por Ângela Carrato, no site Viomundo:

Os palestinos enfrentam simultaneamente dois genocídios.

O primeiro teve início em 1948, quando a ONU criou o estado de Israel e deixou para depois o estado palestino. Um depois que, até agora, transcorridos 75 anos, não aconteceu.

O segundo, tão terrível quanto privar um povo de espaço para viver, é tentar transformá-lo em “inimigo”, “sanguinário”, “terrorista” e “perigo para a humanidade”, como tem sido feito pela mídia corporativa internacional e brasileira desde então, com o clímax sendo alcançado na última semana, após os ataques do Hamas a Israel.

Há milênios, Sêneca, o filósofo grego, já dizia que “na guerra, a primeira vítima é a verdade”.

Não há, no século XX e nas primeiras décadas do atual século, nenhuma guerra que tenha começado sem ser antecedida por provocações e mentiras da mídia.

domingo, 15 de outubro de 2023

Israel, Gaza e as esquerdas massacradas

Ilustração: Mohammad Sabaaneh/Territórios Palestinos
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Debates entre pessoas sóbrias, numa mesa da família, ou de bêbados, numa mesa de boteco de beira de estrada, teriam o mesmo efeito hoje, se o tema fosse este: um dia, Bolsonaro planejou um ataque terrorista, com bombas, a quartéis do Exército.

Se essa pauta fosse usada, entre discordantes, para lembrar que Bolsonaro foi um terrorista fracassado e que por isso não pode hoje estar ao lado de pacifistas, o resultado seria nulo. Zero. Nada.

Porque os que percebem o tenente Bolsonaro como terrorista fracassado, absolvido nos anos 80 pelo acovardamento da Justiça da ditadura, não iriam convencer ninguém do outro lado, que acha que ele não é.

Mas o contrário pode acontecer e está acontecendo em meio ao debate sobre os conflitos em Gaza e Israel. Se alguém à direita disser a grupos vacilantes de classe média que as esquerdas têm simpatia por terroristas palestinos, é possível que obtenha sucesso. Já está obtendo.

Jornalistas defendem cessar-fogo em Gaza

Charge: Mahmoud Alrifai/Jordânia
Do site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):

Relatório publicado pelo Comitê das Liberdades do Sindicato dos Jornalistas da Palestina (PSJ, em inglês) declara que, desde o início do conflito na Faixa de Gaza, no último dia 7 de outubro até a noite dessa sexta-feira (13/10), 10 jornalistas palestinos foram mortos por mísseis aéreos de Israel. Outros dois profissionais estão desaparecidos. Ao menos 50 instituições de comunicação social foram destruídas e mais de 45 violações ao trabalho da imprensa foram registradas na Cisjordânia e em Jerusalém, enquanto os crimes se estendem aos jornalistas no Líbano.