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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

terça-feira, 25 de novembro de 2025

A estratégia de Putin e a ruína de Zelensky

Foto: Aleksandr Kazakov/Sputnik
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Zelensky não está em boa situação. Está entre a “espada de aço” e a “privada de ouro”.

Em primeiro lugar, Zelensky perdeu a guerra, uma guerra que ele poderia ter terminado já em abril de 2022, em condições mais vantajosas que as de agora e com um número de vítimas muito menor.

Foi convencido, no entanto, por Boris Johnson, por Biden e pela obsoleta e lamentável Otan a persistir numa guerra inútil, com a promessa de apoio incondicional e vitória certa.

Quebrou a cara. Apesar da resistência e da tentativa (fracassada) de uma contraofensiva, a Ucrânia viu-se atolada numa guerra de desgaste (attrition warfare), que a vem fazendo perder ainda mais território e um número irreparável e insubstituível de soldados.

Perdeu 24% de seu território (e continua a perder) e não tem mais capacidade para repor os mortos e aqueles que se tornaram incapacitados para servir.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Resistências e contratendências no mundo (2)

Charge: Latuff/Brasil de Fato
Por Altamiro Borges

Diante de tantos fatores negativos – crise econômica, guerras sanguinárias, crescimento de forças fascistas e agressividade imperialista –, a humanidade resiste. Surgem contratendências a essa onda destrutiva e regressiva.

Um dos principais polos se dá com o fortalecimento do Brics, que realizou sua 17ª Cúpula no Rio de Janeiro, em julho último. Fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em junho de 2009, ele foi ampliado no ano passado com a adesão do Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã e atualmente representa 39% do PIB global e 49% da população do planeta.

A luta dos trabalhadores num mundo em ebulição

Charge: David García Vivancos/Cartoon Movement
Por Altamiro Borges


O mundo passa por um período de incertezas, tensões e retrocessos, fenômenos que afetam diretamente a vida e as lutas dos trabalhadores. O capitalismo atravessa uma crise prolongada e sistêmica, e o capital joga todo seu ônus nas costas dos explorados, com mais desemprego, menos salários e precarização do trabalho.

A crise também acirra as contradições entre as nações, gerando guerras e conflitos – com gastos cada vez maiores em armas e milhares de mortos. Os EUA, como um império decadente, tornam-se ainda mais agressivos, promovendo tarifaços e ameaçando os povos do mundo inteiro.

Esse cenário sombrio serve de base para o crescimento de partidos neofascistas em vários países. A extrema direita se aproveita do caos econômico e do descrédito das instituições para disseminar ódio, preconceitos e violência.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

From Russia, with love

Sessão plenária da 22ª reunião anual do Clube Valdai.
Foto: 
Grigoriy Sisoev/Rossiya Segodnya
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

O mundo atravessa uma quadra de extraordinária complexidade e elevados riscos. Estamos ameaçados por perigos de guerra nuclear, por problemas sociais e demográficos, pela destruição ambiental e pelos impactos incalculáveis do progresso tecnológico acelerado, em especial da inteligência artificial. Faz-se necessária, mais do que nunca, uma discussão verdadeiramente global, não excludente, da qual possam participar todas as nações.

Escrevo da Rússia desta vez. Vim para cá para participar, em Sochi, de um evento de grande importância para os russos: o encontro anual do Clube Valdai, um fórum de discussão de assuntos de interesse mundial. Neste ano, o tema central do encontro foi “O mundo policêntrico: instruções para uso”.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Trump e Netanyahu não querem a paz em Gaza

Charge: Kivara Ammar
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Todas as intervenções feitas pelos EUA e o Ocidente no Oriente Médio e no Magreb resultaram em mortes, sofrimento, fome e caos.

Pioraram muito a situação dos países que foram objeto das garras estúpidas e destrutivas do Império.

Foi assim no Iraque, que até hoje não se recuperou do caos trazido pela intervenção. Foi assim na Líbia, que se transformou em um território anômico dominado por gangues diversas.

É assim na Síria, que caiu nas mãos de membros da Al-Qaeda.

Muito provavelmente, espero estar errado, acontecerá a mesma coisa em Gaza.

O Hamas, goste-se ou não do grupo, era o governo, o Estado em Gaza.

O mundo deixará de prestar atenção em Gaza

terça-feira, 7 de outubro de 2025

O cansaço da guerra na Ucrânia

Foto: Sergei Bobylev/Sputnik
Por Marcelo Zero, no site Viomundo

Finalmente, parece que chegaremos a um cessar-fogo no grande inferno em que se tornou Gaza.

A pressão internacional e estadunidense sobre o governo de extrema-direita de Netanyahu parece estar surtindo algum efeito.

Até mesmo países da Europa, que antes apoiavam incondicionalmente o massacre que a extrema-direita israelense promove em Gaza, agora passaram a reconhecer o Estado palestino e demandam o fim daquilo que a Corte Internacional de Justiça e o Tribunal Penal Internacional caracterizam como genocídio.

Entretanto, o empenho louvável pela paz em Gaza deveria se estender também à Ucrânia.

A Europa, em especial, tem de abandonar sua postura belicista e sua paranoia russofóbica, e apoiar um processo de paz que crie um equilíbrio geopolítico na Eurásia.