Mostrando postagens com marcador Sindicalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sindicalismo. Mostrar todas as postagens

domingo, 19 de março de 2023

Movimentos sociais vão às ruas contra juros

Por André Cintra, no site Vermelho:

A luta do governo Lula pela redução da taxa básica de juros ganhou a adesão dos movimentos sindical e social. Na próxima terça-feira (21), as entidades vão promover o “Dia de Luta por Juros Baixos! Fora Campos Neto”. Atos em todo Brasil vão denunciar a hegemonia do rentismo no Banco Central, liderada por seu presidente, o bolsonarista Roberto Campos Neto.

O protesto nacional vai ocorrer antes da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para terça (21) e quarta (22). A expectativa do mercado é que a reunião mantenha em 13,65% a taxa Selic. Para os movimentos, é urgente ir às ruas para cobrar juros mais baixos. O Encontro de Organização das Lutas Populares – que foi realizado em 2 de março e chamou o Dia de Luta – demarcou a posição unitária das entidades.

sexta-feira, 17 de março de 2023

Normalização na ação política e sindical

Charge: AZ.
Por João Guilherme Vargas Netto


Tenho defendido a métrica da normalização para avaliar o efeito de quaisquer iniciativas, seja no âmbito político geral, seja na própria ação sindical. A medida de seu efeito normalizador é hoje o mais certeiro indicador da eficácia e da relevância da iniciativa tomada, o que contraria a passividade e o açodamento.

Em defesa e ilustração desta tese recorro à sabedoria de Rui Barbosa, cuja morte completa agora 100 anos. Em 1893, em visita à Bahia disse:

“Banir da República a inquietação e a instabilidade; tal, neste momento a maior preocupação minha, a preocupação de todos os que se empenham seriamente em tornar a República frutificativa e progressista”.

sexta-feira, 10 de março de 2023

Desenvolvimento e democracia

Por João Guilherme Vargas Netto


Permitam-me usar uma expressão do tempo do onça: na segunda-feira, dia 6, a sede do sindicato dos engenheiros de São Paulo botava gente pelo ladrão.

Na casa cheia e transbordante houve o lançamento da revista Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Hora de Avançar (editada pela jornalista Rita Casaro) com artigos técnicos coordenados pelos engenheiros Carlos Monte e Fernando Palmezan que abordavam diversos aspectos do crescimento econômico, com soberania, prosperidade e justiça social.

O projeto Cresce Brasil teve neste ano de reconstrução e união do país a sua 10ª edição nacional, patrocinado pela FNE e por seus 18 sindicatos filiados, sob o comando do engenheiro Murilo Pinheiro, presidente do sindicato e da federação.

quarta-feira, 8 de março de 2023

França resiste contra o golpe na Previdência

Cartaz da CGT
Por Altamiro Borges


Os franceses servem como exemplo na sua unitária, corajosa e prolongada resistência ao golpe contra a Previdência Social intentada pelo presidente Emmanuel Macron e pela primeira-ministra Elisabeth Borne. Nesta terça-feira (7), a França registrou mais um dia de greve nacional contra a reforma previdenciária. A sexta mobilização contra o projeto neoliberal do governo foi a maior desde o início dessa jornada, em janeiro, reunindo mais de 1,2 milhão de pessoas nas ruas, conforme dados divulgados pelo próprio Ministério do Interior.

terça-feira, 7 de março de 2023

Os novos passos da luta dos entregadores

Um século de Previdência Social no Brasil

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Os estudiosos da Previdência Social no Brasil consideram que o Decreto-Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923, de iniciativa do deputado federal Eloy Chaves, inaugura o sistema previdenciário brasileiro. Neste ano, a lei completou um século!

A Lei Eloy Chaves, como ficou conhecida, criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para os ferroviários. Foi a primeira sistematização legal para garantir proteção previdenciária para uma categoria de trabalhadores.

Esta lei não caiu do céu. Neste período da República Velha no Brasil, houve grandes greves e mobilizações, com destaque para a greve geral de 1917. Para conter a onda de protestos, uma das iniciativas de Eloy Chaves foi criar essa lei para os ferroviários.

domingo, 5 de março de 2023

A mega negociação político-salarial

Por João Guilherme Vargas Netto


Mãos à obra agora que já foi instituído o grupo de trabalho para a elaboração de proposta da política de valorização do salário mínimo.

Ele será composto por representantes do governo, das centrais sindicais, do Dieese e do Ipea (organizados todos pela secretaria técnica) e terá 45 dias, prorrogáveis por outros 45, para apresentar sua proposta. Estão previstos também convites a especialistas e a representantes de organizações dos empregadores para as discussões, a critério do coordenador do GT; as participações dos trabalhos não serão remuneradas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Juventude, trabalho e o subdesenvolvimento

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


O professor Euzébio Jorge, doutor em desenvolvimento econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), escreveu um importante e atualíssimo livro – “Juventude, Trabalho e o Subdesenvolvimento”.

A obra, base de sua tese de doutorado, foi produzida sob orientação do professor Márcio Pochmann. Com quase 400 páginas, o livro ambiciona traçar um panorama atual da inserção dos jovens no mercado de trabalho.

O estudo em tela parte de quatro premissas:

- Mesmo nos períodos de crescimento econômico e avanços sociais não houve mudanças estruturais no mercado de trabalho para a juventude;

- Não se alterou a forma e os meios de inserção do jovem no mercado de trabalho;

- O processo de acumulação capitalista no país se aproveita da pobreza e insuficiência das políticas sociais para ampliar o trabalho precário na juventude;

- O trabalhador jovem tem baixo poder de negociação de suas condições de trabalho.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

A luta pela valorização dos trabalhadores

Foto: Lucas Martins
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


No último dia 18 de janeiro o presidente Lula e o ministro do Trabalho Luiz Marinho realizaram uma plenária com cerca de 600 sindicalistas de dez centrais sindicais. Foi a primeira atividade de massa no governo Lula III.

Em ambiente democrático, dez presidentes de cada uma das centrais sindicais presentes apresentaram suas demandas ao presidente e ao ministro. O núcleo da pauta não poderia ser outro: valorização do trabalho e fortalecimento sindical.

Os sindicalistas relembraram os efeitos desastrosos das reformas trabalhista e previdenciária, a instituição da terceirização irrestrita, inclusive nas atividades-fim, o avanço da precarização do trabalho, do desemprego e do arrocho salarial.

Salário mínimo e o protagonismo sindical

Por João Guilherme Vargas Netto


Peço desculpas por ser repetitivo, mas estou convencido e quero convencer os outros.

A melhor forma de comemorar um grandioso 1º de maio 2023, unitário e vitorioso, será dedicá-lo à conquista de uma política permanente de valorização do salário mínimo.

Esta pauta central (obviamente em um conjunto mais amplo de reivindicações) pode ser um grande diferencial que caracterize o protagonismo do movimento sindical, já que o governo de Lula pretende fazê-lo e o movimento pode ajudá-lo em sua pretensão.

É preciso reprisar que o decreto de reajuste pontual do salário mínimo é de atribuição presidencial, mas a aprovação de uma política permanente (que enfrenta adversários interesseiros e influentes) é atribuição do Congresso Nacional, renovado e conservador. O próprio decreto presidencial de reajuste deveria, pedagogicamente, concretizar o resultado da política permanente.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

União e reconstrução


Por João Guilherme Vargas Netto


Quando Lula recebeu as resoluções da Conclat-2022 disse (o testemunho é de João Franzin) que o documento não era só uma pauta de reivindicações, era um plano de governo.

Agora, Lula presidente e o movimento sindical tendo escapado de mais quatro ano sob o Bolsonaro podem, ambos, cumprir a pauta e o plano.

Em primeiro e absoluto lugar refiro-me à política de valorização do salário mínimo cuja fórmula já é conhecida e cujos efeitos positivos na sociedade e na economia são provados.

Ela fará chegar ao “fundo do quadro” dos milhões de brasileiros a promessa de campanha e o esforço unitário das direções sindicais.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

O barco não pode afundar

Por João Guilherme Vargas Netto


Às voltas com os escombros administrativos, o ministério do Trabalho suspendeu por 90 dias os procedimentos para registro sindical, sensibilizou-se frente à crise da Americanas e prepara sua participação, junto com outros ministérios, representantes das centrais sindicais e Dieese, na comissão encarregada de discutir a política de valorização do salário mínimo. O ministro tem sido enfático em sua preocupação com o tema.

Mas o que tem chamado a atenção de todos que acompanham estes primeiros dias efetivos do governo (depois do período de transição e dos desatinos golpistas) é o abandono em que se encontrava o ministério, suas estruturas e seus funcionários. A todas as dificuldades para o bom exercício do governo e composição das equipes somam-se as decorrentes desta situação calamitosa.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Reino Unido tem a maior greve em 11 anos

Foto: Carl Court
Por Altamiro Borges


No berço do capitalismo, os trabalhadores reagem à exploração e retomam grandes jornadas de luta. Nesta quarta-feira (1), o Reino Unido completou sua maior greve em 11 anos. Segundo os sindicatos britânicos, ela já conta com a adesão de mais de 500 mil grevistas de diversos setores. A paralisação envolve maquinistas de dez empresas ferroviárias, servidores de 150 universidades, 300 mil professores e cerca de 100 mil funcionários de ministérios, portos e aeroportos. É a mais expressiva desde a greve dos servidores públicos em 2011.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Tempos interessantes no sindicalismo

Arte: Fernand Léger
Por João Guilherme Vargas Netto


Os brasileiros não podem, não devem e não querem continuar vivendo os “tempos interessantes” da historieta chinesa com seu cortejo de atropelos, alarmes e golpismos.

Para o movimento sindical torna-se imperioso passar aos assuntos correntes, às tarefas práticas de enfrentamento dos problemas reais.

Tome-se como exemplo a tenebrosa crise anunciada da Americanas. É preciso defender, no emaranhado de maus procedimentos e de irresponsabilidades confessadas, o direito dos trabalhadores – sejam comerciários, outras categorias ou terceirizados – que não podem pagar o pato da crise.

Inúmeras iniciativas vêm sendo tomadas, desde ações jurídicas de acautelamento e prevenção de danos, à sensibilização do governo para a gravidade da situação. Um ato unitário e solidário do conjunto das direções sindicais a ser realizado no Rio de Janeiro na sexta-feira pretende demonstrar à sociedade, ao governo e à empresa o empenho efetivo dos dirigentes em defender o emprego e os direitos dos trabalhadores. Este ato sintetizará o protagonismo do movimento sindical e precederá inúmeros outros em lojas de diversos estados.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Defensor

Por João Guilherme Vargas Netto


Durante a ditadura alguns sindicatos usavam essa palavra e mesmo um ícone para definir seu compromisso com os associados.

Esta é a palavra que hoje deve sintetizar as preocupações de todos os dirigentes sindicais dos comerciários em sua vasta e diversificada rede de entidades frente às ameaças e aos perigos enfrentados pelos empregados da Americanas.

Defender os direitos dos trabalhadores, principalmente os empregos, articular de maneira inteligente e afirmativa a unidade de ação solidária do movimento sindical e sensibilizar o governo, a opinião pública e os meios de comunicação, eis as tarefas.

Uma primeira reunião de entidades com o representante da empresa aumentou as preocupações de todos devido ao não comprometimento dele em preservar os empregos e garantir os direitos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Normalização da relação com o sindicalismo

Detalhe de mural do artista Mike Alewitz
Por João Guilherme Vargas Netto


Derrotados os arreganhos golpistas do 8 de janeiro e com o andamento das apurações das responsabilidades pelos crimes, o Brasil inteiro anseia pela normalização.

Normalização para o governo é governar, fazendo aquilo que jocosamente Delfim Netto estipula: abrir a quitanda, ter berinjelas para vender e troco na gaveta.

Organizar a administração, cumprir as promessas, implementar os projetos, remover os entulhos e garantir a democracia.

Para o movimento sindical normalização é fazer o que deve ser feito.

Para o sindicato dos comerciários de São Paulo visitar os empregados da Americanas assustados com as consequências dos descalabros na empresa, dando-lhes a garantia de que contarão com o sindicato e não ficarão sozinhos. 

domingo, 8 de janeiro de 2023

Governo Lula-3 e a pauta dos trabalhadores

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


No dia 7 de abril de 2022 foi realizada a nova Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat-2022), convocada por nove centrais sindicais. A Conclat aprovou a Pauta da Classe Trabalhadora ancorada em quatro pontos: emprego, direitos, democracia e vida.

Em um representativo ato político, o Fórum das Centrais Sindicais entregou a Pauta da Conclat aos pré-candidatos Lula e Alckmin. Os dirigentes sindicais enfatizaram, na ocasião, a necessidade de revogar os marcos regressivos da legislação trabalhista e previdenciária.

Três prioridades dessa Agenda foram encaminhadas antes mesmo da posse dos eleitos. Com a aprovação da PEC da Transição, ficaram assegurados o pagamento do Bolsa Família de 600 reais, o aumento real do salário mínimo e o fim do teto de gastos.