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José Serra participou ontem da “sabatina” da Folha e Uol. O
clima da entrevista, como já era esperado, não foi tão agressivo como nas
realizadas com Fernando Haddad ou mesmo com Celso Russomanno. Deu até para a colunista
Bárbara Gancia, uma tucana travestida de anarquista, declarar seu amor ao eterno
candidato. Ela disse, empolgada, que Serra é “um grande, ótimo administrador,
ninguém tem dúvida”. Ao final, o tucano até tentou disfarçar a declaração de
voto: “Não sei se ela vai votar em mim, mas espero que sim”.
Sobre o candidato do PRB, Serra afirmou apenas que “ele não tem
propostas”. Nos pontos em que poderia ser colocado na parede, o tucano usou a
técnica de que a melhor defesa é o ataque – e contou com a benevolência de
alguns entrevistadores da Folha/Uol. Na maior caradura, ele negou ser padrinho
do atual prefeito, Gilberto Kassab, e ainda avaliou a sua gestão como “boa”. Sobre
o apoio do deputado Valdemar Costa Neto (PR), um dos réus no STF, o tucano tergiversou:
“Todo mundo sabe que mensalão é PT”.
Serra também evitou falar sobre as graves denúncias documentadas
no livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr.. Incomodado, ele voltou a
afirmar que o livro “é um lixo, é uma bandidagem, é coisa de petista”. E ainda
acusou o premiado jornalista de “bandido”. As respostas confirmam que José
Serra, o “guru” de Kassab e principal personagem da “privataria tucana”, está
desesperado. Mas a sabatina não foi tão ruim assim para ele. Afinal, Bárbara
Gancia declarou o seu amor pelo eterno candidato!
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