Foto: Ricardo Stuckert/I |
A grande pergunta que se fazem hoje os formadores de opinião e o grande público que acompanha de perto a política é sobre se – ou quanto – Lula resistirá à continuidade do bombardeio midiático que o fustiga desde 1989 sem que jamais, desde então, tenha arrefecido por uma única e miserável semana.
Recentemente, pesquisa Ibope trouxe à direita midiática um fio de esperança de que o “pesadelo” dos conservadores que o ex-presidente encarna no imaginário dessa corrente política, pode estar chegando ao fim.
A pesquisa em tela não mediu a popularidade de Lula. Aliás, há muito tempo que não é feita – ou feita e divulgada – uma pesquisa exclusivamente sobre a sua popularidade. A sondagem ofereceu nomes de prováveis candidatos a presidente em 2014 e, entre estes, os de Lula, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos.
Pela primeira vez, Dilma ultrapassou seu mentor político – e bem fora da margem de erro. Foi o que bastou para assanhar os devaneios tucano-midiáticos sobre o fim do “efeito teflon” de que Lula desfruta ao menos desde 2002, quando adquiriu imunidade impenetrável por campanhas de desmoralização que até quatro anos antes vinham funcionando.
Particularmente, parece-me pouco indício para aposta tão alta. Não terá sido a primeira vez que decretaram o fim político do ex-presidente. Durante as eleições deste ano, aliás, um programa da Globo News chegou a mostrar “analistas políticos” afirmando que ele colheria uma expressiva derrota em São Paulo e que sua força política havia chegado ao fim.
Como se viu depois, Lula colheu derrotas, sim, mas colheu uma vitória que poucos meses antes todos julgavam impossível: elegeu Fernando Haddad naquele que, além de ser o maior colégio eleitoral do país, era considerado o mais antipetista e antilulista. Até a mídia tucana reconheceu que foi uma vitória pessoal de seu maior inimigo.
Detalhe: a derrota do PT que Villa previu no vídeo acima, além de não ter ocorrido se transformou em vitória do partido sobre todos os outros em 2012.
Quanto à ultrapassagem do mentor de Dilma por ela mesma na pesquisa espontânea de intenção de voto do Ibope, sem tê-la analisado, sem ver o questionário submetido aos pesquisados, sem maiores detalhes, o que se pode imaginar é que a indicada por Lula receber aprovação tão maior do que as dos candidatos da oposição e até a dele mesmo, não chega a ser uma demonstração de que perdeu prestígio.
A sociedade sabe que um mandato presidencial dura oito anos com um referendo no meio. Seria um terremoto político se Dilma cedesse lugar a Lula daqui a dois anos. Isso sem falar que ele tem dito, reiteradamente, que ela só não disputará a própria reeleição se não quiser. O que pode estar ocorrendo, portanto, é essa tomada de consciência da sociedade de que Lula não estará na disputa.
Dito tudo isso, há fatos há considerar. Já faz muito tempo que Lula só aparece para o grande público de forma negativa, sendo associado a escândalos, julgamento no Supremo Tribunal Federal e, agora, até a infidelidade conjugal – conduta que, neste país latino, tampouco chega a ser execrada pela sociedade.
Só que Lula apanha e não se defende. E apesar de ter sido defendido por aliados e pela própria Dilma, há que perguntar até quando isso pode bastar.
Durante os oito anos em que esteve na Presidência, após cada ataque Lula tinha palanque para dar a sua versão dos fatos ou ao menos desqualificar seus críticos. Mesmo não respondendo diretamente às críticas, podia acusar os críticos e, assim, deixava para o povo a prerrogativa de escolher em quem acreditava.
Fora da Presidência, Lula não tem mais voz. Até porque, parece não querer. Isso, claro, porque sabe que qualquer coisa que diga será distorcida. Então ele apanha amarrado e amordaçado. Esse silêncio funcionou durante seu mandato e até recentemente, mas com o passar do tempo e a continuidade do bombardeio em algum momento o país quererá ouvir a sua versão dos fatos.
Segundo se sabe, porquanto não terminou o julgamento do mensalão Lula optou por não se manifestar sobre o atual quadro político. Vem sendo ventilado que ele teme agravar as penas do dito “núcleo político” da ação penal 470. Contudo, em algum momento ele terá que vir a público dar a sua versão sobre os ataques que tem sofrido.
Lula não precisa dos melhores argumentos ou de provas de que não cometeu crimes. Até porque, se não há provas de que os cometeu não precisa apresentar provas de que não os cometeu. Mas ele precisa falar ao país. É o maior líder político brasileiro e, se quiser se manter assim, terá que exercer sua liderança.
acho que muitos gostaríamos de ouvir o Lula. mas às vezes também parece que ficar quieto e esperar é melhor.A sucessão de histórias uma atrás da outra, o açodamento em apontar o dedo sempre pro mesmo lugar, está ficando cada vez mais atrapalhado e mais desacreditado. A citação do procurador na CPI do Cachoeira,retirada sob pressão política, e a entrevista do Ministro Fux deixam o Supremo e o famoso julgamento cada vez mais estranhos, pra dizer o mínimo, considerando tudo o que já aconteceu e foi bastante divulgado e criticado. Essa corrida da PF agora, atirando no que viu pra acertar o que imaginava, também... Será que os tiros não começam a sair pela culatra não? eu fico na dúvida.
ResponderExcluirLula não deve nada.
ResponderExcluirQuem não deve não teme.
O ônus da prova cabe a quem alega.
"Domínio do fato" é a teoria fraudada para condenar Dirceu e Genuíno, sem provas cabíveis.
Daí querer que Lula reaja a calúnias, difamações, injúrias, ilações, suposições, contra ele mesmo, é entrar no jogo sujo deles.
Ressalte-se que todas pseudo-acusações são decorrente de um ódio mortal, preconceituoso e dilacerante desta midiotaudensita a serviço de tucanalhas.
Responder a isto é respaldar uma nova teoria "supremista" a "Presunção da Culpabilidade."
Valha-nos deuses!!
Tentando postar o comentário de novo:
ResponderExcluirTem um blog que respeito que pede para Lula se manifestar e blá blá
blá...
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/12/a-hora-de-lula-falar.html
Sou totalmente contra.
Lula não deve nada.
Quem não deve não teme.
O ônus da prova cabe a quem alega.
"Domínio do fato" é a teoria fraudada para condenar Dirceu e Genuíno, sem provas cabíveis. Daí o julgamento da ação penal 470 irá entrar para história como maior erro do judiciário brasileiro.
Querer que Lula reaja a calúnias, difamações, injúrias, ilações,
suposições, contra ele, é entrar no jogo sujo deles.
Ressalte-se que todas as falsas acusações são decorrentes de um ódio mortal, preconceituoso e dilacerante desta midiota udenista a serviço dos tucanalhas.
Responder a isto é respaldar uma nova teoria "supremista" : a
"Presunção da Culpabilidade", ridículo...
Lula manifestar?
ResponderExcluirSou totalmente contra.
Lula não deve nada.
Quem não deve não teme.
O ônus da prova cabe a quem alega.
"Domínio do fato" é a teoria fraudada para condenar Dirceu e Genuíno, sem provas cabíveis. Daí o julgamento da ação penal 470 irá entrar para história como maior erro do judiciário brasileiro.
Querer que Lula reaja a calúnias, difamações, injúrias, ilações,
suposições, contra ele, é entrar no jogo sujo deles.
Ressalte-se que todas as falsas acusações são decorrentes de um ódio mortal, preconceituoso e dilacerante desta midiota udenista a serviço dos tucanalhas.
Responder a isto é respaldar uma nova teoria "supremista" : a
"Presunção da Culpabilidade", ridículo...