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Marcadas para 24 de novembro, as eleições presidenciais em Honduras podem produzir um curioso fenômeno. Xiomara Castro, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya – deposto por um golpe militar, orquestrado pelos EUA, em junho de 2009 – pode ser a vencedora. Ela lidera a maioria das pesquisas de opinião pública. A candidata ganhou notoriedade por sua postura firme e corajosa durante os 121 dias em que Manuel Zelaya se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital do país.
Os golpistas hondurenhos – e seus admiradores nos EUA e no Brasil – não esperavam por este resultado. Por pressão externa e interna, Manuel Zelaya retornou ao país em maio de 2011. Junto com Xiomara Castro e outros simpatizantes, que se mantiveram em Honduras e lideraram vários protestos populares, ele organizou um novo partido – Libre (Libertad y Refundación). A ex-primeira-dama despontou como a principal referência da oposição e foi escolhida para disputar as eleições presidenciais.
A mídia colonizada já tenta desgastar a imagem da nova liderança. Em artigo na Folha desta segunda-feira (30), o colunista Fabiano Maisonnave, conhecido por suas estripulias antichavistas na Venezuela, apresenta Xiomara Castro como “inexperiente” – “não tem curso superior e nunca havia sido candidata”. Ela seria uma invenção do ex-presidente. “Na última quarta, a Folha acompanhou a sua participação em um fórum sobre energia... Às vezes ficava sem fôlego, sugerindo nervosismo”, relata o “imparcial” correspondente do jornal da famiglia Frias.
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Folha, rever os conceitos é bom, mais para voces será dificil, o debito com seus financiadores é alto.
ResponderExcluirSei muito pouco de Honduras, embora ter acompanhado quase que 24 horas por dia do final de junho de 2009 a janeiro de 2010.
ResponderExcluirO golpe foi uma molecagem: Militares sequestraram Zelaya, enquanto ele dormia, puseram em um avião militar invadiram a Nicarágua e o descartaram. Depois o congresso deu respaldo a isto reconhecendo Michelete que já havia tomado posse.
Isto, aparente pelo fato de Zelaya se propor a consultar o povo se este queria ou não uma constituinte.(a direita detesta conhecer a opinião do povo)
O sofrimento imposto aquele povo pobre, com uma grande maioria urbana morando em aglomerados miseráveis, mais ou menos organizados. Quem tem uma bicicleta deve ter problema para guardá-la, o mobiliário deve ser montado dentro das casas.
A barbárie, torturas e mortes parece ter acompanhado o governo seguinte ao imposto com o golpe.
Obama, Clinton e OEA desprezaram o incomodo desumano imposto aos hondurenhos.
A família Zelaya tem uma grande identificação com o povo hondurenho.
Legal!
ResponderExcluirEngraçado, mas a Folha afirmou desde o primeiro editorial, em 2009, que o que houve em Honduras foi um golpe de Estado. Na visão binária do Altamiro Borges, não dá pra ser crítico das duas coisas ao mesmo tempo, o mundo pra ele é um gigantesco Fla-Flu, em que ele pretende ser o chefe da torcida organizada.
ResponderExcluirO editorial foi publicado dois dias depois do golpe e se chama "Golpe em Honduras". E só ler
Golpe em Honduras
A DEPOSIÇÃO do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, por forças militares faz uso do mesmo expediente que afirma querer combater: violações da Constituição. Ainda que houvesse razões para tentar impedir medidas inconstitucionais iminentes, não se pode aceitar o golpismo como solução.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz3006200902.htm