quarta-feira, 23 de abril de 2014

Surge o Eduardo Campos "pró-mercado"

Da revista CartaCapital:

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, deu uma entrevista ao periódico norte-americano The Wall Street Journal nesta segunda-feira 21 em que apresentou uma nova faceta quanto a políticas econômicas. De acordo com a publicação, o ex-governador de Pernambuco “está adotando propostas pró-mercado na tentativa de derrubar a atual presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de outubro”.

Entre os pontos defendidos por Campos está uma “revisão” da Petrobras. Apesar de não falar em privatização, o pré-candidato disse que a estatal “deve ter uma gestão profissional”. “(A Petrobras) precisa ser protegida de qualquer tipo de influência política”, afirmou Campos sobre a medida do governo federal de forçar a estatal a vender diesel e gasolina a preços abaixo do mercado para ajudar no controle da inflação.

O jornal norte-americano ainda destacou as propostas de Campos para o Banco Central. Isso porque, à publicação, ele se mostrou “inclinado” a apoiar um Banco Central independente “para ajudar a aumentar a confiança na maior economia da América Latina”. Na opinião do pessebista, a medida encorajaria “os investidores e ajudar o Brasil a retomada do crescimento rápido”. Atualmente o BC tem autonomia operacional, mas está vinculado ao Ministério da Fazenda.

O jornal ainda apresentou o ex-ministro do governo Lula como “um economista pouco conhecido fora de sua casa, na região Nordeste do Brasil”. “Ele alugou um apartamento em São Paulo e está a gastar um tempo considerável no Sudeste para construir o reconhecimento do seu nome”, diz o texto.

O Wall Street Journal destacou, enfim, que Eduardo Campos se apoia na “economia estagnada” e no “desejo” da população de mudança para tentar vencer as eleições. “No ano passado, milhões de brasileiros saíram às ruas em várias cidades para protestar contra o aumento dos preços e serviços públicos pobres”, afirma a reportagem ao comparar as manifestações com o “fraco” crescimento econômico do Brasil. “Seu Produto Interno Bruto cresceu 2,3​% em 2013 e deverá crescer ainda mais lento este ano”, explica o periódico.

“As pessoas percebem que (Dilma) não deixou o Brasil melhor, que as mudanças pararam de acontecer e que os fundamentos econômicos perderam consistência", complementa Campos.

Um comentário:

  1. A mudança e a modernidade que ele pretende para outubro, são as mesmas doses de velharia e desgraça,que aconteceram na década perdida de 90, com os tucanos e seus genéricos amestrados, loteando o país e suas estatais, com aumentos semanais de combustíveis,racionamento de energia e arrocho salarial, com idas diárias ao FMI, desmantelamento da indústria nacional e empobrecimento geral da população.
    Que bela renovação essa do Seu Eduardo. Certamento terá o meu voto (no dia em que o drácula desmaiar ao ver sangue).

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