Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Um dado bem ruim da pesquisa Datafolha, apontado pelo Antônio David - para quem acredita em pesquisa.
Em caso de segundo turno, Dilma tem 43% entre os entrevistados de renda familiar de 2 a 5 salários mínimos, contra 39% de Aécio Neves. Ou seja, empate técnico.
A presidente ainda lidera com 37%, contra 20% do tucano Aécio Neves e 11% de Eduardo Campos, do PSB.
Vai ao encontro do que escrevi recentemente, de que a eleição será decidida justamente por aqueles que ascenderam ao longo dos últimos 11 anos, que são vulneráveis ao discurso da mídia - especialmente da Globo - de que tudo vai muito mal no Brasil e que não encontram serviços públicos adequados às suas pretensões.
Parte deste contingente se juntou à classe média nas manifestações do ano passado, especialmente nas regiões metropolitanas, onde a crise urbana é grave. Eles querem mudança.
A Copa, neste sentido, é o pior legado que o ex-presidente Lula poderia ter deixado à presidente Dilma Rousseff. Este público vê os estádios maravilhosos recém construídos e certamente se pergunta: se é possível fazer isso para o futebol, por que não é feito para as escolas, os hospitais e as creches das quais precisamos - para não falar do transporte público?
Gente próxima do governo Dilma analisou a pesquisa e viu o copo meio cheio e meio vazio. Vazio porque aumentou a chance de segundo turno; cheio porque a presidente teria deixado de cair.
“O efeito simultâneo de queda [de popularidade] nos municípios pequenos e de subida nos grandes é a ‘curva indicadora’ mais clara do movimento de recuperação”, escreveu um deles.
Eu, Azenha, que não sou analista político mas apenas observador curioso, estou certo de que vai haver segundo turno. O eleitorado está bastante volúvel e será muito difícil fazer previsões. Porém, meus contatos com o público, na condição de repórter, me surpreendem. Não é nada científico, mas tenho a impressão de que a oposição avançou muito no convencimento do que poderíamos chamar de classe média baixa de que chegou a hora de trocar de governo.
Noto que pessoas que seriam eleitores em potencial do PT adotaram o mesmo discurso de criminalização do partido que se vê, ouve e lê na mídia corporativa. Dilma é uma figura extremamente distante do cotidiano destas pessoas, que não parecem ter com ela qualquer identidade de classe como tinham com o ex-presidente Lula.
Trocando em miúdos, será uma campanha de reeleição dificílima, com um potencial de crescimento grande inclusive da chapa Eduardo Campos-Marina Silva, quando e se houver polarização extrema entre Dilma e Aécio Neves.
Um dado bem ruim da pesquisa Datafolha, apontado pelo Antônio David - para quem acredita em pesquisa.
Em caso de segundo turno, Dilma tem 43% entre os entrevistados de renda familiar de 2 a 5 salários mínimos, contra 39% de Aécio Neves. Ou seja, empate técnico.
A presidente ainda lidera com 37%, contra 20% do tucano Aécio Neves e 11% de Eduardo Campos, do PSB.
Vai ao encontro do que escrevi recentemente, de que a eleição será decidida justamente por aqueles que ascenderam ao longo dos últimos 11 anos, que são vulneráveis ao discurso da mídia - especialmente da Globo - de que tudo vai muito mal no Brasil e que não encontram serviços públicos adequados às suas pretensões.
Parte deste contingente se juntou à classe média nas manifestações do ano passado, especialmente nas regiões metropolitanas, onde a crise urbana é grave. Eles querem mudança.
A Copa, neste sentido, é o pior legado que o ex-presidente Lula poderia ter deixado à presidente Dilma Rousseff. Este público vê os estádios maravilhosos recém construídos e certamente se pergunta: se é possível fazer isso para o futebol, por que não é feito para as escolas, os hospitais e as creches das quais precisamos - para não falar do transporte público?
Gente próxima do governo Dilma analisou a pesquisa e viu o copo meio cheio e meio vazio. Vazio porque aumentou a chance de segundo turno; cheio porque a presidente teria deixado de cair.
“O efeito simultâneo de queda [de popularidade] nos municípios pequenos e de subida nos grandes é a ‘curva indicadora’ mais clara do movimento de recuperação”, escreveu um deles.
Eu, Azenha, que não sou analista político mas apenas observador curioso, estou certo de que vai haver segundo turno. O eleitorado está bastante volúvel e será muito difícil fazer previsões. Porém, meus contatos com o público, na condição de repórter, me surpreendem. Não é nada científico, mas tenho a impressão de que a oposição avançou muito no convencimento do que poderíamos chamar de classe média baixa de que chegou a hora de trocar de governo.
Noto que pessoas que seriam eleitores em potencial do PT adotaram o mesmo discurso de criminalização do partido que se vê, ouve e lê na mídia corporativa. Dilma é uma figura extremamente distante do cotidiano destas pessoas, que não parecem ter com ela qualquer identidade de classe como tinham com o ex-presidente Lula.
Trocando em miúdos, será uma campanha de reeleição dificílima, com um potencial de crescimento grande inclusive da chapa Eduardo Campos-Marina Silva, quando e se houver polarização extrema entre Dilma e Aécio Neves.
3 comentários:
Infelizmente Dilma achou que tinha alguma chance de fazer as pazes com o Pig, lambeu as botas do Otavinho Ditabranda no primeiro mês do mandato e decretou a supremacia do controle remoto.
Quando um colega meu de trabalho (um grande fã do Tea Party) elogiou essa postura da Dilma, me convenci -de vez- que algo estava muito errado.
Pior é que o Haddad em São Paulo também se acostumou a tomar surras diárias da imprensa inimiga. Ele já disse que não está preocupado com a reeleição, e cada vez mais acho que a Dilma também não está.
Às vezes acho que, inconscientemente, nem Haddad nem Dilma fazem tanta questão assim de se reelegerem. O rojão é puxado demais, e o sofá de casa cada vez parece mais convidativo. Uma pena.
O Partido dos Trabalhadores se acostumou a apanhar calado. A Mídia Corporativa deita e rola sem o contraponto do PT. No RGS o presidente do partido vai a programas de debates e se põe como magistrado, ou seja, aceita todas as acusações da oposição, conquistando, assim, o "respeito" da mídia e dos políticos de oposição gaucha. Depois vê seu ego massageado pela direita e mídia que o considera um homem de "bem". A saída, senão for tarde demais,é colocar na casa civil CIRO GOMES para bater forte nos hipocritas e moralistas da oposição e da mídia que lembram a velha UDN.
Obs: O Presidente do PT no RGS não se elegeua vereador em Porto Alegre...
Chega de apanhar de graça.. É hora de revidar; nem todas as eleições se vencem com paz e amor, principalmente, nos dias em que vivemos onde tudo é polorizado...
Muito bom.
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