Por Altamiro Borges
Aprovada em maio passado, finalmente foi instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista, com senadores e deputados, para apurar as denúncias do “trensalão tucano” – o esquema de propina que envolve multinacionais do transporte e vários integrantes de governos do PSDB há quase duas décadas. Preocupado, o Estadão já disparou que a “CPI do Metrô” – o jornal sempre evita citar os tucanos – é uma “vingança” do PT, uma reação à CPI da Petrobras. No mesmo rumo, Josias de Souza, assíduo frequentador do ninho do tucano, afirma que “o PT se entendeu com o Planalto e decidiu aderir à tática do barulho. O partido de Dilma Rousseff retomou a seguinte linha: quem com CPI fere, com CPI será ferido”.
Segundo Cíntia Alves, em matéria no Jornal GGN na quinta-feira (7), a instalação da CPI do “trensalão” representa um baque para o PSDB de São Paulo. “Há anos a oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) critica a mão de ferro do tucano em relação à Assembleia Legislativa do Estado. Com ampla maioria na Casa, o governador não teve, durante o primeiro mandato, dificuldades para aprovar projetos e, de quebra, também evitou a criação de qualquer CPI que pudesse colocar sua gestão em xeque. Na Assembleia, o governador só perdeu o controle parcialmente uma única vez, quando saiu do papel a CPI dos Pedágios, este ano. Contornou a situação emplacando um exército de aliados para comandar os trabalhos”.
A existência de uma comissão de inquérito em Brasília poderá, finalmente, romper o bloqueio. “A investigação sobre formação de cartel, fraude em licitações e pagamento de propina para favorecer empresas que atuaram em obras do Metrô e da CPTM deu os primeiros passos. O senador Eduardo Suplicy (PT), membro mais velho da CPI, marcou para 2 de setembro a escolha do presidente e relator para que o núcleo possa, de fato, iniciar os trabalhos”. Os tucanos já sentiram o golpe. Segundo a própria Folha, eles já enviaram uma equipe de assessores a Brasília para traçar as estratégias de defesa – exatamente a mesma operação realizada pela Petrobras e que gerou capa na Veja e tanta gritaria na mídia tucana.
Ainda segundo Cíntia Alves, “a ordem é reduzir os impactos na campanha de Geraldo Alckmin. As denúncias do caso Alstom/Siemens atravessam as gestões de Mário Covas, José Serra e do atual governador”. Para bagunçar ainda mais o seu projeto de reeleição, também na semana passada foi criada a CPI da Sabesp pela Câmara Municipal da capital paulista. Ela deverá apurar os impactos da gravíssima crise de abastecimento de água em São Paulo. Tanto no Congresso Nacional como na Câmara Municipal, os tucanos não têm maioria e não terão como obstruir as investigações. “Resta saber qual será o impacto destas CPIs nas urnas. Por enquanto, Alckmin lidera isolado as pesquisas de intenção de voto”.
*****
Aprovada em maio passado, finalmente foi instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista, com senadores e deputados, para apurar as denúncias do “trensalão tucano” – o esquema de propina que envolve multinacionais do transporte e vários integrantes de governos do PSDB há quase duas décadas. Preocupado, o Estadão já disparou que a “CPI do Metrô” – o jornal sempre evita citar os tucanos – é uma “vingança” do PT, uma reação à CPI da Petrobras. No mesmo rumo, Josias de Souza, assíduo frequentador do ninho do tucano, afirma que “o PT se entendeu com o Planalto e decidiu aderir à tática do barulho. O partido de Dilma Rousseff retomou a seguinte linha: quem com CPI fere, com CPI será ferido”.
Segundo Cíntia Alves, em matéria no Jornal GGN na quinta-feira (7), a instalação da CPI do “trensalão” representa um baque para o PSDB de São Paulo. “Há anos a oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) critica a mão de ferro do tucano em relação à Assembleia Legislativa do Estado. Com ampla maioria na Casa, o governador não teve, durante o primeiro mandato, dificuldades para aprovar projetos e, de quebra, também evitou a criação de qualquer CPI que pudesse colocar sua gestão em xeque. Na Assembleia, o governador só perdeu o controle parcialmente uma única vez, quando saiu do papel a CPI dos Pedágios, este ano. Contornou a situação emplacando um exército de aliados para comandar os trabalhos”.
A existência de uma comissão de inquérito em Brasília poderá, finalmente, romper o bloqueio. “A investigação sobre formação de cartel, fraude em licitações e pagamento de propina para favorecer empresas que atuaram em obras do Metrô e da CPTM deu os primeiros passos. O senador Eduardo Suplicy (PT), membro mais velho da CPI, marcou para 2 de setembro a escolha do presidente e relator para que o núcleo possa, de fato, iniciar os trabalhos”. Os tucanos já sentiram o golpe. Segundo a própria Folha, eles já enviaram uma equipe de assessores a Brasília para traçar as estratégias de defesa – exatamente a mesma operação realizada pela Petrobras e que gerou capa na Veja e tanta gritaria na mídia tucana.
Ainda segundo Cíntia Alves, “a ordem é reduzir os impactos na campanha de Geraldo Alckmin. As denúncias do caso Alstom/Siemens atravessam as gestões de Mário Covas, José Serra e do atual governador”. Para bagunçar ainda mais o seu projeto de reeleição, também na semana passada foi criada a CPI da Sabesp pela Câmara Municipal da capital paulista. Ela deverá apurar os impactos da gravíssima crise de abastecimento de água em São Paulo. Tanto no Congresso Nacional como na Câmara Municipal, os tucanos não têm maioria e não terão como obstruir as investigações. “Resta saber qual será o impacto destas CPIs nas urnas. Por enquanto, Alckmin lidera isolado as pesquisas de intenção de voto”.
*****
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: