quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Reforma ministerial e as comunicações

Da revista Fórum:

A bolsa de apostas da reforma ministerial começa a ter novidades mais concretas. Está claro até para a última esquina de Brasília que o ministro das Comunicações Ricardo Berzoini vai para a coordenação política. Não se sabe ainda para que pasta, mas isso já não é mais novidade.

Berzoini tanto pode assumir uma Secretaria Geral da Presidência turbinada, com funções mais próximas às da época do governo Fernando Henrique Cardoso, como também pode ou ir para a das Relações Institucionais, já ocupada por ele no mandato passado, mas que pode ser extinta, ou ir até para a Casa Civil. Essa última hipótese estava descartada até ontem, mas hoje passou a ser cogitada em decorrência da animosidade que Lula teria sentido de boa parte dos aliados com o atual ministro.

O ex-presidente estaria convencido de que boa parte da crise hoje teria relação com a forte rejeição que Mercadante tem no Congresso. E entendeu o jogral de “não vamos indicar ninguém” dos principais líderes do PMDB como uma sinal mais forte de que com Mercadante não dá.

Para assumir as Comunicações, o que parece ser mais lógico para aqueles que estão no dia a dia do Planalto é Dilma deslocar Edinho Silva para lá, fundindo essa pasta com a Secom.

Mas o PMDB também teria interesse neste ministério. E Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo, pode vir a ser acomodado neste ministério se o Turismo vier a ser fundido outra pasta.

Hoje outra hipótese passou a ser aventada. Sentindo o bafo quente do impeachment na nuca, Dilma poderia aceitar transferir Mercadante de lugar. E neste caso o ministério das Comunicações seria uma saída honrosa. Além do que, entre os petistas, ele é o que tem melhor relação com a mídia tradicional.

O que parece, porém, quase certo é que a reforma ministerial vai ficar para a semana que vem. A vitória dos vetos de ontem à noite permite ao governo trabalhar com mais tranquilidade para definir os próximos passos.

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