sexta-feira, 24 de julho de 2015

A crise e a política da crise

Por Elias de Oliveira Sampaio, no site da Fundação Perseu Abramo:

O ano de 2015 vem se desenhando como o primeiro ano de uma série de anos muitos difíceis que podem estar por vir. Não se trata de pessimismo e muito menos de desesperança, mas o ambiente social, político e econômico brasileiro se encontra em um momento de tensão jamais visto após a ditadura militar. Maior do que uma crise em si, há um “sentimento de crise” pairando sobre nosso país numa dimensão muito maior, até o momento, do que os efeitos concretos dos problemas que vem se estruturando.

A Itália vai ser a próxima Grécia?

Por Deutsche Welle, na revista CartaCapital:

Há alguns poucos anos, a Itália ameaçava cair e arrastar toda a Europa para uma depressão por causa da sua economia estagnada, sua dívida mastodôntica e sua incapacidade de cortar a gordura do seu inchado setor público.

Embora o coro de vozes anunciando o apocalipse – e os investidores que apostaram contra uma reviravolta – tenha arrefecido, a terceira maior economia da zona do euro ainda está titubeando, incerta sobre seu futuro.

Jornalista da Globo quer ganhar menos

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

O jornal O Globo vem fazendo uma série de reportagens denunciando distorções no sindicalismo brasileiro. Na edição desta quinta-feira (23), O Globo publica, inclusive, um editorial dedicado ao tema, sobre o qual falaremos mais adiante. Desvios, abusos e roubos, é certo, existem no mundo sindical e os sindicalistas que lutam de verdade não só conhecem esta realidade como a combatem, assumindo todos os riscos que isto implica.

Agenda positiva não é inaugurar obra

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Dizem os jornais que a presidenta Dilma Rousseff vai intensificar suas viagens pelo Nordeste e inaugurar algumas das muitas obras que estão em curso, certo que nem todas no ritmo em que deveriam estar, pelos cortes orçamentários e pelo temor generalizado que espalhou-se entre gestores e empresas contratadas de não se vulnerarem ao fazer os inevitáveis ajustes de percurso que obras de grande magnitude exigem.

É muito bom que aconteça, mas não é o bastante na situação em que o Brasil se encontra politicamente e, com isso, economicamente.

O aborto de "bandidos" no útero

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Um dia, nós chegaremos a um estágio no qual seremos capazes de determinar se a criança no útero da mãe tem tendências criminais e, se sim, a mãe não será autorizada a dar à luz.''

A declaração teria sido por Laerte Bessa (PR-DF), relator do projeto de redução da maioridade penal, ao jornal inglês The Guardian e resgatada pela revista Fórum, no melhor estilo Minority Report – aquele filme em que Tom Cruise prende os bandidos antes deles cometerem os crimes. Uma outra declaração dada por ao jornal afirma que, em duas décadas, reduziremos a maioridade para 12 anos.

'Estadão' vira porta-voz da PF

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O "aparelhamento" da Polícia Federal por parte dos setores derrotados nas urnas há quatro eleições presidenciais chegou a tal ponto que agora o jornal Estado de São Paulo age como autêntico porta-voz da instituição.

Acusada de pôr tarjas pretas sobre o nome de José Serra, a PF - através do Estadão - se defende dizendo que a razão era o fóro privilegiado do senador.

Governo Dilma paga para apanhar

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Teve grande destaque a reportagem da revista Piauí deste mês, que narra a guinada à direita da rádio Jovem Pan, de São Paulo. Ao lado de perfis de nomes de ponta do conservadorismo protofascista nacional, como Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade, o texto revela o que todo mundo sabe: que o jabá político rola solto no jornalismo brasileiro.

América Latina enfrenta 'golpe midiático'

Por Pedro Aguiar, no site Opera Mundi:

O maior confronto enfrentado na América Latina atualmente é “a batalha midiática”, desde pelo menos o ano de 2002, quando a tentativa frustrada de derrubar Hugo Chávez na Venezuela deu início a um novo tipo de golpe de Estado, o “golpe midiático”, transferindo aos meios de comunicação privados o papel de partido político nas oposições aos governos da “guinada à esquerda”.

A avaliação foi feita pelo jornalista e professor Ignacio Ramonet, ex-editor do jornal Le Monde Diplomatique, na palestra de abertura do congresso “Comunicação e Integração Latino-Americana”, realizado entre os dias 22 e 23 de julho em Quito, capital do Equador.

De Santiago a Caracas, golpismo dos EUA

Por Franck Gaudichaud, no site da Fundação Maurício Grabois:

“A todo instante”, escrevia em 1959 o jornalista Herbert Matthews, “uma realidade se impõe: se não tivéssemos a América Latina como parceira, nossa situação seria dramática. Sem acesso aos produtos e mercados latino-americanos, os Estados Unidos ficariam reduzidos à condição de potência de segunda classe” (The New York Times, 26 abr. 1959). Dessa preocupação nasceu, já no início do século XIX, a imagem da região como uma espécie de “quintal” a ser protegido – e subjugado –, custasse o que custasse. O projeto se revestiu, inicialmente, com os contornos de uma preocupação solidária: em 1823, o presidente James Monroe condenava o imperialismo europeu e proclamava “a América para os americanos”. Mas sua doutrina não tardou a se transformar em um instrumento de dominação do norte sobre o sul do continente.

Até onde irá papa Francisco?

Por Mauro Lopes, no site Outras Palavras:

O editor de Outras Palavras, Antonio Martins, amigo de anos a fio, ora mais perto, ora mais longe, propôs-me um artigo com o título acima. O mote do artigo seria a encíclica lançada há três semanas pelo Papa Francisco, sobre o planeta. Acabou que decidi esperar a realização do II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, organizado pela Igreja em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, durante a viagem de Francisco à América Latina (Equador, Bolívia e Paraguai). Um convite inusitado, pois vazado por um cristão católico radical num site em que, pré-Francisco, talvez fosse inimaginável tal espaço.

Como Pulitzer avaliaria a mídia nativa?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Acima do conhecimento, acima das notícias, acima da inteligência, o coração e a alma de um jornal residem em seu senso moral, sua coragem, sua integridade, sua humanidade, sua simpatia pelos oprimidos, sua independência, sua devoção ao bem estar público, sua disposição em servir à sociedade.”

A frase acima tem mais de cem anos, e é de autoria de um dos maiores jornalistas da história, Joseph Pulitzer.

Jô Soares reclama da Globo

Por Altamiro Borges

Na madrugada desta quinta-feira (23), o apresentador Jô Soares reclamou explicitamente da redução do horário do seu programa na TV Globo. Conforme registro do site Yahoo!, durante o encerramento do quadro "Meninas do Jô" – que reúne algumas das jornalistas mais serviçais da emissora –, ele se queixou, ao vivo, da garfada de 25 minutos na atração. "Uma das coisas que mais me aflige é fazer esse programa mais curto", afirmou. O Portal Imprensa também destacou a reclamação e ainda apimentou o caso: "Nos bastidores, Jô Soares já mostrava sua insatisfação com a mudança promovida na atração que, desde o começo da temporada 2015, tem duração de 50 minutos de transmissão".

A imobilidade urbana de Alckmin

Por Altamiro Borges

Se depender do governador Geraldo Alckmin (PSDB), São Paulo vai parar de vez. A mobilidade urbana, tão demandada pela sociedade, vai se transformar na mais infernal imobilidade, com longas horas no trânsito e transportes públicos precários. Na semana passada, a Folha revelou que quatro importantes corredores de ônibus no Estado estão com as obras paradas. O jornal tucano até tenta aliviar a barra do “picolé de chuchu”, argumentando que os atrasos decorrem de “falhas nos projetos originais, disputas judiciais” e... da crise econômica no Brasil. Mas não dá para esconder a irresponsabilidade do PSDB, que comanda São Paulo há mais de 20 anos e nunca tratou como prioridade os transportes urbanos.

A greve nacional dos petroleiros

www.fup.org.b
Da Rede Brasil Atual:

Mobilizados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores do setor de petróleo iniciam greve de 24 horas a partir da zero hora desta sexta-feira (24). O ato representa o início de uma batalha que os petroleiros terão pela frente para impedir o que avaliam como ameaça de extinção de milhares de postos de trabalho, caso a Petrobras ponha em prática seu novo Plano de Gestão e Negócios (2015/2019), que visa ao corte de US$ 89 bilhões em investimentos e despesas, bem como a venda de ativos de patrimônio da companhia, na ordem de US$ 57 milhões.