quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Não haverá 'divórcio' entre PMDB e governo

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O sonho do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-RJ), de ver um “divórcio” entre seu partido e o governo Dilma Rousseff não deve se concretizar, pelo menos segundo avaliação de deputados da base governista e da cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos.

A história do cada vez mais segmentado PMDB não autoriza prever, a não ser como hipótese, que a maior legenda do Congresso Nacional decida abandonar em bloco o barco do governo no período até 2018. O partido, considerado fundamental para a chamada governabilidade, é hoje o maior do Congresso Nacional, com 68 deputados e 18 senadores. O PT vem em segundo lugar, com 59 deputados e 13 senadores, seguido do PSDB (53 e 11, respectivamente).

A estupidez que a mídia dissemina


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quase escrevi, ontem, sobre a onda de comentários na rede sobre a sujeira em Copacabana e as bobagens que, por isso, se dizia sobre a inferioridade do povo brasileiro por isso. Claro que vi também as outras, com que se respondeu a este “viralatismo”, mostrando que é imundície pós reveillon é universal e ri muito com o twitter do Guga Chacra, ótimo comentarista internacional do Estadão sobre o fato de pessoas irem para a virada do Ano Novo de fraldas pela falta de banheiros na Times Square, em Nova York.

Argentina: ódio e revanche de Macri

Por Raul Fitipaldi, no site Desacato:

Os primeiros 30 dias do governo de Maurício Macri estão por concluir. Como me comentou a colega argentina Nora Veiras, do programa 6,7,8, não há como desconhecê-lo. Macri conduz o Executivo argentino pela via democrática do voto representativo. Não há como negar sua procedência para estar onde está. A pequena margem da sua vitória não é tema que discuta a legalidade do lugar que ocupa. O que sim não é recomendável é reconhecer suas medidas e as do seu governo como democráticas, muito menos como populares, já que a maioria estão tingidas por uma pátina de ilegalidade, ou de legalidade discutível.

Amigo de Aécio enterra mídia mineira

Por Ângela Carrato, na página Estação Liberdade:

Álvaro Teixeira da Costa, o principal dirigente dos Diários e Emissoras Associados em Minas Gerais, tinha razão. Se Aécio Neves e os tucanos não vencessem as eleições de 2014, as coisas iriam ficar feias para a empresa. Certo disso fez sua parte. Além da linha editorial chapa branca dos veículos do grupo - jornais Estado de Minas e Aqui, TV Alterosa e portal Uai - ter exaltado o PSDB e combatido sem trégua o PT e seus apoiadores, valendo-se de tudo quanto é esquema sujo, ele próprio se superou. Transformou uma das dependências da TV Alterosa em Comitê Tucano, usou a intranet para convocar funcionários a participar de atos de campanha pró-Aécio na Praça da Liberdade, pressionou e coagiu quem não rezasse por sua cartilha, além dele próprio ter estado presente ao ato.

Lei de Meios argentina sofre desmonte

Por André Pasti, na revista CartaCapital:

Logo após assumir o mandato, em 10 de dezembro passado, o novo presidente argentino Mauricio Macri investiu esforços na desconstrução da regulação democrática da comunicação no país.

Por meio de decretos de urgência, sem qualquer debate com o Parlamento e a sociedade civil, o presidente modificou toda a estrutura prevista na chamada Lei de Meios, em vigor desde 2009, para garantir pluralidade e diversidade na mídia argentina.

Nos primeiros dias de governo, Macri nomeou um interventor para a AFSCA (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), agência reguladora do país, que fiscaliza a aplicação da lei, e destituiu autoridades que possuíam mandato até 2017.

Tensão política cresce na Venezuela

Por Vanessa Martina Silva, no site Opera Mundi:

Os deputados eleitos em dezembro do ano passado para a nova formação da Assembleia Nacional da Venezuela tomaram posse nesta terça-feira (05/01), em sessão marcada por confrontos e controvérsias. Isso porque uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça do país impediu a posse de quatro dos assembleístas eleitos, sendo três opositores e um do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela).

Uma conversa interditada no Brasil

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O hiato da passagem de ano, quando a sociedade se recolhe e o Estado Midiático opera a meia fase, produz um ensaio de desintoxicação que desnuda a asfixia da norma.

A norma é o agendamento diuturno da sociedade por interesses unilaterais que se apresentam como os de toda a nação.

O objetivo da parte que se avoca em expressão do todo é claro: interditar a conversa urgente da população brasileira com ela mesma.

A pressa do PSDB ameaça a democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois que a Central Única dos Trabalhadores divulgou uma pesquisa demonstrando o apoio absoluto da maioria dos brasileiros às regras da aposentadoria e a defesa da Previdência Social, num patamar que seria mais adequado definir como unanimidade, cabe registrar um ponto essencial do momento político.

Para o governo Dilma Rousseff, que está diante da difícil tarefa de reconstruir um governo após o desastre consumado no primeiro ano de mandato, a pesquisa recorda a importância de preservar seus compromissos com valores que marcaram sua história e suas campanhas eleitorais, o que inclui a defesa da Previdência.

"Conselhão" e o desenvolvimento brasileiro

Editorial do site Vermelho:

“Convocarei o Conselho de Desenvolvimento Social, formado por trabalhadores, empresários e ministros, para discutir propostas de reformas para o nosso sistema produtivo, especialmente no aspecto tributário, a fim de construirmos um Brasil mais eficiente e competitivo no mercado internacional” – esta talvez seja a afirmação mais promissora feita pela presidenta Dilma Rousseff no artigo que publicou em 1º de janeiro (“Um feliz 2016 para o povo brasileiro”).

A Fazenda, entre o manual e a solução

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A decisão do Ministro da Fazenda Nelson Barbosa de quitar de vez as chamadas “pedaladas” de 2015, valendo-se de recursos da Conta Única do Tesouro Nacional, é uma demonstração evidente do pragmatismo necessário contra a visão ideológica do ex-Ministro Joaquim Levy.

A Conta Única do Tesouro Nacional é uma reserva depositada no Banco Central, recebendo as disponibilidades financeiras da União. É uma maneira de não ficar dependente do caixa do Tesouro.

A sujeira no Réveillon e os vira-latas

Por Ivan Longo, na revista Fórum:



Vem circulando pelas redes sociais, desde o último dia 1º, uma montagem comparando a quantidade de lixo deixado em uma praia de Miami (EUA) e na praia de Copacabana (RJ) após a festa de Ano Novo. O intuito da postagem, que foi compartilhada por centenas de internautas, era o de depreciar o brasileiro diante do cidadão estadunidense, conforme sugeriu o próprio autor da montagem na legenda.

A democracia e os tambores da guerra

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Foi um mau ano para os partidos no poder que enfrentaram eleições. Eles vêm sofrendo derrotas completas ou ao menos relativas. O foco tem se voltado para as eleições em que os chamados partidos de direita saem-se melhor - às vezes, muito melhor - que partidos no poder considerados de esquerda. Exemplos notáveis são Argentina, Venezuela e Dinamarca. Talvez possa-se acrescentar os Estados Unidos.