terça-feira, 25 de abril de 2017

PSB ameaça abandonar o covil golpista

Por Altamiro Borges

Os fotógrafos do Palácio do Planalto têm registrado o recente mau humor de Michel Temer. Ele até parece meio depressivo. E não é para menos. As últimas pesquisas confirmam que a sua popularidade despenca de forma acelerada. Já a economia, que teria uma retomada “instantânea”, segundo a mídia chapa-branca, caminha para o desfiladeiro. Para piorar, a base parlamentar do Judas, que era exibida ao “deus-mercado” como o seu grande trunfo, começa a dar dores de cabeça. Na primeira votação do regime de urgência da “reforma” trabalhista, o usurpador foi derrotado. Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal e jagunço dos patrões, teve que manobrar descaradamente – a exemplo do ditador Eduardo Cunha – para conseguir emplacar o golpe regimental. Agora, uma nova bomba. O PSB, o quinto maior partido da base governista, ameaça deixar o covil golpista.

Odebrecht e o marido de Cantanhêde

Por Renato Rovai, em seu blog:

Os jornais de hoje trazem sem grande destaque uma notícia que de alguma forma pode ser a ponta do iceberg de um grande esquema de corrupção do PSDB paulista.

O delator Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht, teria entregado aos investigadores da Lava uma planilha na qual relaciona recursos da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo a um pagamento de R$ 2 milhões para a GW Comunicação, empresa que entre seus sócios tinha o marqueteiro Luiz Gonzáles, responsável por campanhas dos tucanos desde a época de Mário Covas até mais recentemente com Serra e Geraldo Alckmin.


Cantanhêde e seu esposo Gilnei no lançamento do livro Todo aquele imenso mar de liberdade, do jornalista Carlos Marchi (à esquerda)

Mídia ignora críticas à reforma de Temer

Do site Repórter Brasil:

Os principais veículos de informação do país fizeram uma cobertura positiva da proposta de Reforma da Previdência enviada pelo governo Michel Temer ao Congresso Nacional, deixando pouco espaço para opiniões divergentes, segundo levantamento realizado pela Repórter Brasil. Os veículos das organizações Globo foram os menos críticos: 91% do tempo dedicado ao tema pela TV Globo e 90% dos textos publicados no jornal O Globo foram alinhados à proposta do Palácio do Planalto. Nos impressos O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, 87% e 83% dos conteúdo fizeram uma cobertura positiva. O Jornal da Record foi o mais equilibrado, com 62% do tempo sendo favorável à Reforma.



'Projeto Brasil Nação' será lançado em SP

Enviado por Eleonora de Lucena

Intelectuais, artistas, profissionais liberais, estudantes, lideranças políticas e sociais lançam na quinta-feira, dia 27 de abril, o manifesto do Projeto Brasil Nação, que já colheu mais de 7 mil assinaturas. O ato será às 18 horas, na faculdade de direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo.

O evento terá a participação de Luiz Carlos Bresser-Pereira, Celso Amorim, Raduan Nassar, Fábio Konder Comparato, Leda Paulani, entre muitos outros. Conta com o apoio do Centro Acadêmico XI de Agosto.

A cota de Bolsonaro na chacina de Colniza

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Gigante pela própria natureza, o país está além da capacidade – e, ao que parece, também da vontade – de controle das autoridades e possui um efetivo muito aquém para vigiá-lo. Não é portanto de surpreender que ainda vejamos disputas de terra feitas na base da bala, como há 400 anos.

O massacre recente no Mato Grosso, no qual nove trabalhadores rurais foram mortos num vilarejo em Taquaruçu do Norte, era uma questão de tempo. Só naquele estado existem mais de seis mil famílias vivendo em zonas de conflito agrário. E ali no entorno de Colniza a tensão e a violência vêm num crescendo pelo menos desde 2004. Era bola cantada, assim como há centenas de outras bolas cantadas neste exato momento.

Lava-Jato tortura Palocci para atingir Lula

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Olha que podridão.

A dobradinha entre MPF e Judiciário é ilegal obviamente, já que deveria existir separação de poderes e interesses.

O MPF deveria buscar a verdade, e não encetar uma “guerra” contra ninguém. Neste caso, de “guerra”, deveria haver um Judiciário para conter o MPF. Mas o Judiciário também entra na “guerra”.

A Lava Jato está prendendo todas as pessoas próximas de Lula, e ameaçando-as com prisão perpétua, caso não delatem o ex-presidente – quer dizer, caso não corroborem as versões da acusação.

Luciana Genro está errada sobre a Lava-Jato

Por Thiago Araujo e Lucas Sada, no site Justificando:

O presente artigo visa oferecer uma resposta às formulações pretensamente críticas de Luciana Genro, militante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pós-graduada em Filosofia do Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Relutamos em criticar um artigo que, marcado por flagrante incompetência teórica, deveria ser relegado ao ostracismo, mas tratando-se de uma representante de uma agremiação política fundada pelos saudosos Leandro Konder (1936-2014) e Carlos Nelson Coutinho (1943-2012), nos parece imprescindível resgatar os fundamentos que outrora constituíram o núcleo-duro de um projeto verdadeiramente revolucionário.

Acusações a Lula e Dilma não têm lógica

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acusações na base do “ele me disse”, “ela sabia”, “nós conversamos” são, claro, apenas versões que carecem de provas para que gerem efeitos judiciais.

São versões, não são, obviamente, provas.

Não sendo provas, mas declarações, têm de passar em dois testes: o da verosimilhança e o da lógica.

Este é o ponto comum de incongruência dos depoimentos de Léo Pinheiro, sobre Lula, e do casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura, sobre Dilma.

Temor dos conservadores cresce a cada dia

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O Globo realmente a cada dia se supera em matéria de manipulação da informação. Nos últimos dias essa constatação tem sido até mais gritante. Em uma de suas últimas edições um editorial do jornal da família Marinho se superou. Aproveitaram o embalo do depoimento de Leo Pinheiro, manda chuva da OAS que está cumprindo pena de prisão em Curitiba, incriminando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como que se o que declarou na delação premiada fosse verdade absoluta.

Na verdade, a maior preocupação dos detentores do poder de forma ilegítima, e nele incluídos os setores midiáticos conservadores, como a própria Organizações Globo, são as pesquisas indicando o crescimento da popularidade do ex-presidente.

Eu, a Carta e o Judiciário que nos cobra

Por Leandro Fortes, em seu blog:


A história é a seguinte: em 25 de maio de 2012, há quase cinco anos, portanto, publiquei uma matéria na revista e no site da CartaCapital revelando que o araponga da Aeronáutica Idalberto Matias Araújo, o Dadá, considerado o braço direito do bicheiro goiano Carlinhos Cachoeira, negociou com o então diretor da sucursal da revista Época, em Brasília, Eumano Silva, a publicação de informações contra a empresa Warre Engenharia, uma concorrente da empreiteira Delta em Goiás.

Por causa da reportagem, publicada pelo grupo na Época (“O ministro entrou na festa”), a Warre figurou na lista de suspeitas da Operação Voucher da Polícia Federal, que mais tarde resultou na queda do então ministro Pedro Novais (Turismo). Para quem não lembra, Cachoeira era uma espécie de sócio oculto da construtora Delta – fato amplamente revelado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

O fim das ilusões conciliadoras

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Os três governos petistas - dois de Lula e o primeiro de Dilma - foram, sem dúvida. arranjos conciliadores em sentido amplo do termo. Abrigavam partidos que representavam interesses diversos, incluindo setores do capital nacional, internacional, do agronegócio etc. Foram governos de conciliação também no sentido ideológico ao abrigarem partidos conservadores como o PP, o PTB, o PRB, entre outros.


Cadeia muda versão de delatores contra Lula

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em junho do ano passado, a Folha de S.Paulo noticiou que a delação do executivo Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da OAS condenado a 16 anos de prisão, “travou” porque ele inocentara o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, segundo o jornal, o executivo falou que “as obras que a OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de a empresa agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido”. Ou seja, não havia crime. E Sergio Moro recusou a delação.