sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Arthur Virgílio detona “fraude” do PSDB

Por Altamiro Borges

Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo e que já foi abençoado por setores da cloaca empresarial e da mídia chapa-branca como o candidato preferencial para as eleições presidenciais deste ano, não está conseguindo unir nem o seu próprio partido. A guerra no ninho é cada dia mais sangrenta. Nesta sexta-feira (23), o tresloucado Arthur Virgílio, prefeito de Manaus, detonou as prévias do PSDB que deveriam definir o postulante da sigla à sucessão. Magoado e irado, ele qualificou o processo partidário de “fraude” e já avisou que não participará da campanha tucana.

Paulo Preto, o super-Geddel do PSDB

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Finalmente começa aparecer parte da dinheirama de corrupção dos 20 anos de predomínio absoluto dos governos do PSDB em SP.

Reportagem da Folha de SP admite que a investigação do ministério público federal sobre a corrupção do tucanato “é marcada por lacunas e procedimentos que fogem à rotina de uma apuração do gênero”.

A revelação da Folha, neste sentido, causa estranheza, porque pela primeira vez um escândalo dos tucanos é revelado. Contando com um forte esquema de proteção e conivência na mídia, no MP, nas polícias e no judiciário, os tucanos sempre conseguiram se blindar e esconder as maracutaias.

Fecomércio e os jornalistas da Globo

Do blog Viomundo:

O presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz, foi preso pela Operação Jabuti, da Polícia Federal.

Ele teria desviado dinheiro da entidade - inclusive, suspeita-se, com o pagamento de R$ 20 milhões ao escritório da advogada Adriana Ancelmo, a mulher de Sérgio Cabral.

O escritório Teixeira, Martins & Advogados, que defende o ex-presidente Lula, também foi contratado, mas repudiou o vazamento feito pelo MPF e lançou nota (leia ao pé do post), alegando que todos os serviços foram prestados.

Em sua gestão, Orlando Diniz torrou quase R$ 3 milhões com jornalistas da Globo por palestras e participação em eventos - R$ 375 mil com o colunista Merval Pereira –, conforme denúncia do Intercept.

Efeitos nefastos de uma candidatura Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer é candidato e nem desmente isso. Através do porta-voz negou apenas que a intervenção no Rio tenha sido feita para cacifá-lo, não que pretenda concorrer. Se for candidato, Temer levará uma sova, e isso também é pacífico. A não ser que nos próximos meses consiga operar milagres que transformem o vampirão em santo. Nem por isso, devem ser subestimados os efeitos nefastos de uma eventual candidatura Temer, que podem ser resumidos num muito provável fortalecimento do campo golpista-conservador.

Intervenção no RJ: democracia em risco

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

Eu era guri lá em Joaçaba (SC) no golpe de 1964, que instalou 20 anos de ditadura, e tenho vivas na memória as imagens e os fatos. Primeiro, os tanques nas ruas, algo desproporcional a uma cidade que tinha um simples Tiro de Guerra. Depois, pessoas conhecidas, queridas, começaram a desaparecer e muitas delas nunca mais voltaram.

As justificativas eram difusas, emergenciais, de manutenção de uma ordem pública indefinida, de combate a um suposto terrorismo, de medida temporária e coisa e tal. As pessoas ficaram amedrontadas, desconfiando de tudo, só saindo de suas casas por necessidade.

Paraísos fiscais: os motéis do capital

Por Reginaldo de Moraes, no site Carta Maior:

Nos últimos anos tenho me dedicado ao estudo da educação superior americana. Em tempos mais recentes, minha atenção se concentra nos desafios de formação de força de trabalho diante de mudanças aceleradas nos processos produtivos, na organização das empresas e na estrutura ocupacional. Contudo, como em toda pesquisa, temas colaterais surgem inesperadamente. Um deles, no meu caso, foi a emergência dos tais paraísos fiscais, um dispositivo cada vez mais frequentemente utilizado pelas grandes corporações e, também, pelas grandes fortunas pessoais.

Austeridade, violência e intervenção militar

Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:

“As pragas que assolam o Rio: Febre Amarela, Temer, Pezão e Crivella”. (Faixa exibida em carro alegórico da Estação Primeira de Mangueira no Desfile das Campeãs do carnaval do Rio de Janeiro de 2018).

O Rio de Janeiro é uma prisão. Os abastados se prendem por opção. A ralé se vira e é presa sem opção. A violência faz parte do cotidiano das pessoas que vivem por estas terras, parte da famosa malandragem carioca é uma autodefesa desse estado permanente de caos.


Golpe armou uma bomba social

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Antes de começar a escrever este post passei horas nas redes sociais escrevendo comentários sobre a “revolução francesa” brasileira, que já começou.

Apesar de a intervenção federal determinada por Michel Temer no Rio ter sido preponderantemente gerada por seus interesses políticos, não se pode negar que a criminalidade disparou naquele Estado após contrair degenerescência econômica aguda.

Enquanto escrevo isto, o ministro da Justiça está na imprensa pedindo “cuidado” aos Estados vizinhos do Rio (SP, MG e ES), porque a bandidagem iria fugir do Rio para outros Estados, segundo ele.

EUA lançam conto de fadas 'humanitário'

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Duvido que qualquer observador honesto da política venezuelana tenha ficado surpreso com o anúncio de que a oposição não irá apresentar candidato para as eleições presidenciais de 22 de abril.

Essa decisão é apenas a sequência lógica do abandono das negociações com o governo Maduro, em 7 de fevereiro, 24 horas antes da data marcada para a assinatura do texto de um acordo já negociado e acertado em suas linhas gerais. Condenada por José Luiz Zapatero, presidente da Espanha entre 2004-2011, um dos fiadores do acordo entre governo e oposição, a ruptura apenas dramatizou uma decisão previsível.

IPEA confirma: golpe foi bom para os ricos

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os mais ricos ficaram ainda mais ricos desde que puxaram o tapete de Dilma Rousseff. Até aí nada demais pois a intenção era essa mesmo.

Mas um levantamento recente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) confirma o que para muitos poderia tratar-se de mera impressão. Para a entidade, a renda dos super-ricos cresceu mais de 2% no período entre 2014 e 2016 enquanto o restante da população teve uma redução de 3,3%. Ou seja, ficaram 5 pontos mais distantes um do outro.

Lava-Jato inicia 2018 atacando Tacla Durán

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Lava Jato é previsível. Ela inicia o ano de 2018 com ataques diretos ao advogado Rodrigo Tacla Durán, que ofereceu documentos abundantes provando as falcatruas da operação.

De quebra, a Lava Jato inicia uma nova etapa. Depois de afastar as grandes construtoras do mercado, abrindo espaço para grupos estrangeiros ocuparem espaço no país, a operação deve começar a “limpar o terreno” das construtoras médias e pequenas.

O modus operandi é sempre o mesmo: muitas prisões temporárias, sempre visando obter delações que sigam uma narrativa já pré-determinada por procuradores e Sergio Moro.

Vaticano: perto da China, longe dos EUA

Por Mauro Lopes, em seu blog:

A normalização das relações entre a Igreja Católica e a China, esperada para as próximas semanas é resultado de um dos mais notáveis feitos de Francisco: a mudança radical operada na geopolítica do Vaticano. Este giro talvez possa explicar a oposição crescente ao Papa de forças poderosas, pois na esfera da geografia política está a balança do poder global.

É uma virada espetacular. Foram 70 anos de conflito que estão para ser deixados para trás. O sinal definitivo de que as negociações estão maduras para um desenlace veio em 30 de janeiro, quando o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, declarou numa entrevista ao Vatican Insider: “A esperança é poder chegar um dia, quando seja a vontade do Senhor, em que não se fale mais de bispos ‘legítimos’ e ‘ilegítimos’, ‘clandestinos’ e ‘oficiais’ na Igreja chinesa, mas num encontro como irmãos”.

O advogado dos tucanos é a gaveta da PGR

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Reportagem de Rubem Valente e Reynaldo Turollo Jr, hoje, na Folha, mostra que o “Dr. Gaveta” continua sendo o maior – e melhor – advogado dos tucanos envolvidos em desvios de dinheiro em obras públicas.

Fica-se sabendo, por ela que a história dos R$ 113 milhões encontrados pelo Ministério Público da Suíça em contas em que Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, suposto operador de propinas nas obras do Rodoanel, dormitou nas gavetas da Procuradoria Geral da Republica desde agosto do ano passado sem que nenhuma providência – inclusive a remessa á Polícia Federal para investigação – desde aquela data.