sábado, 15 de setembro de 2018

Datafolha desnorteia a mídia golpista

Por Altamiro Borges

Não dá para confiar muito nos institutos de pesquisas. “Datafalha”, “Globope” e outros têm interesses políticos e comerciais/mercenários e usam as sondagens para obter vantagens. Apesar dessa ressalva, é inquestionável que as duas últimas pesquisas do Datafolha, divulgadas nesta semana, deixaram a mídia monopolista meio desnorteada. Ela teme cada vez mais o resultados das urnas em outubro. Três informações do Datafolha explicam esse desespero,

O esforço inútil do "deus-mercado"

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:


O dólar fechou ontem a R$ 4,197, a maior cotação desde a criação do Real, porque o mercado sabe ler.

E entendeu que, faltando três semanas para a eleição, o que temos hoje é uma vaga garantida para Jair Bolsonaro e uma outra sendo disputada por dois candidatos de esquerda, Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT).

E sabe o mercado que Bolsonaro perderia, dizem as pesquisas, para um e para outro. Depois de dar umas pancadas no petista, Ciro ontem admitiu que irá apoiá-lo se ele é que chegar ao segundo turno.

Os efeitos da crise do Brasil

Por Patrícia Andrade de Oliveira e Silva, no site Brasil Debate:

Historicamente, na cooperação internacional brasileira, é evidente sua característica pacífica de inserção, concentrando-se nas questões de ordem econômica, com destaque para as alianças comerciais. Nesse sentido, Guimarães (1) demonstra que, como a maioria dos países periféricos, o Brasil, optou por uma inserção internacional por meio de alianças e acordos de livre comércio e/ou a sua integração através de blocos de Estados, ainda que liderados pelos países desenvolvidos, em especial em subordinação aos interesses americanos.

Haddad deixou Bonner caído no chão

Por Renato Rovai, em seu blog:

O Jornal Nacional de hoje foi um escândalo. O publicitário Willian Bonner se comportou como xerife texano e não permitiu que o candidato do PT, Fernando Haddad, falasse. Foram 62 interrupções em 27 minutos de programa. Como diria Nelson Rodrigues, algo do sobrenatural de Almeida. Não é jornalismo fazer 62 interrupções em 27 minutos.

Mas mesmo com isso, Haddad derrotou Bonner em uma frase. “A Globo também é investigada pela Receita Federal”. Não dá cinco segundo essa frase. Haddad só precisou de cinco segundos pra acabar com a Globo no Jornal Nacional.

O fuzil do Bolsonaro

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro é um capitão aposentado. Aposentado mais cedo, por circunstâncias necessárias ao Exército brasileiro. Era um militar capaz de botar fogo nos quartéis ou fora deles. Afastado da farda, entrou na política do Rio de Janeiro. Elegeu-se vereador, chegou a deputado federal por várias legislaturas e, agora, pretende ser presidente da República.

Talvez esteja a poucos passos disso. Não se surpreendam. Assim apontam as pesquisas de intenção de voto, após Lula ser afastado da disputa. Afastado Lula, estenderam os tapetes para Bolsonaro. O Judiciário cuidou disso. A mídia, com seus interesses, também.

Haddad não é um poste, tem luz própria

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A definição da candidatura de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, inicia novo cronograma para a eleição presidencial. O tempo é pouco e é hora de olhar para a frente. O momento da defesa da candidatura de Lula foi cumprido com lealdade, mas passou. Um dos maiores equívocos em torno do novo candidato é reforçar sua dependência absoluta de Lula. Haddad não é um poste, tem luz própria. É um homem preparado, experiente e com muito a aportar à campanha.

Um milhão de mulheres derrotarão Bolsonaro?

Por Marília Moschkovitch, no site Outras Palavras:

Há poucos dias foi criado – e viralizou – no Facebook um grupo chamado “Mulheres Contra Bolsonaro”. Em seguida, com a viralização, vários homônimos também surgiram. O grupo “original”, se é que se pode chamar assim, alcançou rapidamente a marca impressionante de 1 milhão de membros. Ninguém entendeu muito bem como (e nem pelas mãos de quem) o grupo surgiu, mas o fenômeno é: um milhão de mulheres expressando publicamente, ou ao menos entre si, a repulsa ao candidato presidencial da extrema direita. Não demorou para que o feito fosse comemorado: um milhão de mulheres aparentemente se juntando e se organizando contra Bolsonaro. Eventos sendo chamados para “ir às ruas” e demonstrar que são (somos) muitas as mulheres contrárias ao que representa essa candidatura.

O sangue frio de Haddad no JN

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Meu amigo Joaquim de Carvalho diz que um candidato perde se tiver que ficar se explicando.

Fernando Haddad foi às cordas no início da sabatina no Jornal Nacional.

Não respondeu de maneira convincente às acusações da dupla Bonner e Renata Vasconcelos de que o PT fez o governo mais corrupto desde Nabucodonosor e Tutancâmon.

Gaguejou e se deixou intimidar.

Mas cresceu depois. Não é fácil. Foram 62 interrupções em 28 minutos de interrogatório, registrou a Revista Fórum.

General Mourão ameaça a democracia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Num país assolado pelo trauma dos vices, irrompe no cenário a maior ameaça à democracia desta campanha eleitoral, mas parece que a nação anestesiada ainda não se deu conta disso.

Vice do tosco capitão Jair Bolsonaro, esse fanfarrão de extrema-direita, fora de combate desde o atentado de Juiz de Fora, o general quatro estrelas Hamilton Mourão irrompeu na campanha presidencial em seu lugar, como um tanque de guerra desgovernado, modelo 1964.

O objetivo de Moro foi alcançado

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

Nesta semana, foi concluído o processo iniciado quando o juiz de primeira instância Sérgio Moro sentenciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão – além de impedir que ele ocupe qualquer cargo público pelos próximos 19 anos. O motivo: ter (supostamente) recebido um apartamento de três andares e pouco mais de 200 metros quadrados, no decadente balneário do Guarujá, como propina em troca de contratos na Petrobras.

A sentença já era esperada. No fim das contas, desde o início da chamada “Operação Lava Jato” está mais que clara a obsessão fundamentalista deste juiz de provinciano contra o ex-presidente mais popular do último meio século no Brasil e principal figura política do país nos nossos tempos.

Uma eleição decisiva para América Latina

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Intitulada “O progressismo e o neoliberalismo em um mundo em desenvolvimento”, a segunda mesa do seminário Ameaças à Democracia e a Ordem Multipolar – realizado pela Fundação Perseu Abramo (FPA) nessa sexta-feira (14) – foi marcada por um amplo debate a respeito das relações conflituosas entre a democracia e o neoliberalismo. A questão brasileira foi analisada no contexto histórico desde o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, até as eleições que acontecem em outubro no país, com a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre entrevistas e jornalismo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jean Wyllys

Eu sou jornalista e trabalhei durante quase dez anos em jornal impresso, de modo que já realizei muitas entrevistas na minha vida. Posso explicar a vocês algumas noções básicas do ofício?

Numa entrevista, você, jornalista, começa fazendo uma pergunta - e a palavra “pergunta” significa aqui pergunta mesmo, e não uma longa exposição da sua opinião, porque numa entrevista, a opinião que interessa é a do entrevistado, não a do jornalista. Depois de fazer a pergunta, você deixa o entrevistado responder.

Globo passa a atacar Haddad diariamente

Do blog Socialista Morena:

É oficial: as organizações Globo já não disfarçam mais que são um partido político e estão atacando Fernando Haddad nas redes sociais sem parar desde que ele foi oficializado candidato à presidência pelo PT. Os principais focos das “críticas” ao petista são ao fato de ele ser o nome escolhido por Lula e o “perigo” que a possível eleição dele possa trazer à nossa economia já em frangalhos.

Haddad deu um baile no Jornal Nacional

Por Gilberto Maringoni

Fernando Haddad deu um baile hoje (14), no Jornal Nacional!

Seu brilhante desempenho me evocou lembranças. Fiz uma campanha para governador de São Paulo (PSOL), em 2014, que tem residual importância histórica.

Assistindo o petista - em situação mil vezes mais importante e dramática - me voltaram sensações que talvez todo candidato em desafios semelhantes tenha. Digo dos candidatos que não rezam pela cartilha dominante.