quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Sheherazade apanha dos monstros que criou
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Rachel Sheherazade está sendo atacada pelos monstros que criou e cultivou com carinho ao longo dos últimos cinco anos (pelo menos).
Ela, que defendeu o linchamento de um rapaz negro no SBT Brasil, marco da barbárie jornalística, entrou na campanha contra Jair Bolsonaro com a hashtag “ele não”.
“Sou mulher. Crio dois filhos sozinha. Fui criada por minha mãe e minha avó. Não. Não somos criminosas. Somos HEROÍNAS!”, escreveu.
Ela, que defendeu o linchamento de um rapaz negro no SBT Brasil, marco da barbárie jornalística, entrou na campanha contra Jair Bolsonaro com a hashtag “ele não”.
“Sou mulher. Crio dois filhos sozinha. Fui criada por minha mãe e minha avó. Não. Não somos criminosas. Somos HEROÍNAS!”, escreveu.
PSDB entra na fila do inferno de Bolsonaro
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Enquanto Haddad busca votos e Bolsonaro envia mensagens de tom golpista diretamente do hospital, o destino de Alckmin e do PSDB permanece um mistério depois que as pesquisas de intenção de voto confirmaram que não possui músculos para ir ao segundo turno.
Fazer cara de estátua e fingir que nada tem a dizer num confronto entre uma candidatura comprometida com a reconstrução da democracia e um adversário que tenta consolidar uma ditadura equivale a renunciar a qualquer papel na história dramática que os brasileiros estão escrevendo em 2018.
Enquanto Haddad busca votos e Bolsonaro envia mensagens de tom golpista diretamente do hospital, o destino de Alckmin e do PSDB permanece um mistério depois que as pesquisas de intenção de voto confirmaram que não possui músculos para ir ao segundo turno.
Fazer cara de estátua e fingir que nada tem a dizer num confronto entre uma candidatura comprometida com a reconstrução da democracia e um adversário que tenta consolidar uma ditadura equivale a renunciar a qualquer papel na história dramática que os brasileiros estão escrevendo em 2018.
O “malabarismo estatístico” da Globo
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A pesquisa Datafolha – cujo horário de divulgação na Globo, de madrugada, foi, digamos, “original” – teve seus dados seguidos de uma “explicação” estatística também muito original, lida por Renata Lo Prete.
O vídeo está lá, mas vou transcrever a fala, para você entender bem como se torce as coisas com palavras.
Disse ela que “a principal diferença entre este Datafolha e o Ibope que nós mostramos ontem é a distância entre Haddad e Ciro, mais estreita na pesquisa de hoje” , seguida de uma penca de ressalvas sobre data do “campo” e metodologia. Mas, afirma ela, “vale a pena observar”. “Na de ontem, Haddad, já aparecia isolado em segundo lugar; na de hoje, Ciro Gomes aparece em empate com ele”.
A pesquisa Datafolha – cujo horário de divulgação na Globo, de madrugada, foi, digamos, “original” – teve seus dados seguidos de uma “explicação” estatística também muito original, lida por Renata Lo Prete.
O vídeo está lá, mas vou transcrever a fala, para você entender bem como se torce as coisas com palavras.
Disse ela que “a principal diferença entre este Datafolha e o Ibope que nós mostramos ontem é a distância entre Haddad e Ciro, mais estreita na pesquisa de hoje” , seguida de uma penca de ressalvas sobre data do “campo” e metodologia. Mas, afirma ela, “vale a pena observar”. “Na de ontem, Haddad, já aparecia isolado em segundo lugar; na de hoje, Ciro Gomes aparece em empate com ele”.
O poço fundo das eleições 2018
Por Roberto Andrés, no site Outras Palavras:
Até onde a vista alcança, o futuro é um poço fundo cheio de alçapões, tipo aquelas bonecas russas: segundo turno polarizado com metade do país no colo de um defensor de ditaduras.
Resolvi dar uma olhada para trás, relembrar como chegamos até aqui. Como não achei os dados filtrados assim, criei uma planilha com a intenção de voto no primeiro turno em Bolsonaro, Ciro, Lula, Marina e Aécio/Alckmin, além da rejeição do governo, desde 2015. Tudo pelo Datafolha, para ficar com um instituto só e evitar diferenças metodológicas.
Até onde a vista alcança, o futuro é um poço fundo cheio de alçapões, tipo aquelas bonecas russas: segundo turno polarizado com metade do país no colo de um defensor de ditaduras.
Resolvi dar uma olhada para trás, relembrar como chegamos até aqui. Como não achei os dados filtrados assim, criei uma planilha com a intenção de voto no primeiro turno em Bolsonaro, Ciro, Lula, Marina e Aécio/Alckmin, além da rejeição do governo, desde 2015. Tudo pelo Datafolha, para ficar com um instituto só e evitar diferenças metodológicas.
A guerra comercial de Trump e o Brasil
Editorial do site Vermelho:
Qual é o alvo da guerra comercial que Trump e os Estados Unidos movem contra a China? Que objetivo pretende atingir?
São perguntas que não podem calar desde que Donald Trump coloca em risco o próprio quadro mundial de relações geopolíticas construído sob os auspícios da classe dominante dos Estados Unidos, em benefício do grande capital. Quadro em que se proclamou, nas últimas quatro décadas, a falência do Estado nacional e de sua soberania, versão aceita prontamente pelas classes dominantes mundo afora, inclusive no Brasil, no contexto do domínio do neoliberalismo quando, no final de 1997, o presidente neoliberal brasileiro, Fernando Henrique Cardoso chegou a saudar como um novo Renascimento.
Qual é o alvo da guerra comercial que Trump e os Estados Unidos movem contra a China? Que objetivo pretende atingir?
São perguntas que não podem calar desde que Donald Trump coloca em risco o próprio quadro mundial de relações geopolíticas construído sob os auspícios da classe dominante dos Estados Unidos, em benefício do grande capital. Quadro em que se proclamou, nas últimas quatro décadas, a falência do Estado nacional e de sua soberania, versão aceita prontamente pelas classes dominantes mundo afora, inclusive no Brasil, no contexto do domínio do neoliberalismo quando, no final de 1997, o presidente neoliberal brasileiro, Fernando Henrique Cardoso chegou a saudar como um novo Renascimento.
Alckmin desmancha. É o fim do tucanistão?
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Se a pesquisa nacional do Ibope já trouxe más notícias para o tucano Geraldo Alckmin, cada vez mais longe do segundo turno, os números de São Paulo, estado que ele governou por quatro mandatos, são ainda piores.
Enquanto Jair Bolsonaro subiu de 23% para 30% em relação à pesquisa anterior, Alckmin caiu de 18% para 13%, agora empatado com Fernando Haddad, que tinha apenas 7% na semana passada.
Para completar, na mesma pesquisa, o candidato do PSDB a governador, João Doria, está atrás do empresário Paulo Skaf, do MDB de Temer, nos dois turnos.
Enquanto Jair Bolsonaro subiu de 23% para 30% em relação à pesquisa anterior, Alckmin caiu de 18% para 13%, agora empatado com Fernando Haddad, que tinha apenas 7% na semana passada.
Para completar, na mesma pesquisa, o candidato do PSDB a governador, João Doria, está atrás do empresário Paulo Skaf, do MDB de Temer, nos dois turnos.
Bolsonaristas expõem almas doentes
Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:
Em novembro de 1940, o democrata Franklin D. Roosevelt venceu o republicano Wendell Willkie com uma diferença de 5 milhões de votos e conquistou o terceiro mandato consecutivo na Casa Branca. O presidente viria a ser um dos condutores dos Aliados no triunfo sobre o nazifascismo. Isso é o que conta a história, porque no romance “Complô contra a América” Roosevelt foi abatido nas urnas de 1940 pelo aviador Charles Lindbergh.
A ditadura togada também na Argentina
Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:
O plano é idêntico ao concretizado contra o PT no Brasil. Nesta semana, o juiz Claudio Bonadío decretou a prisão preventiva da ex-presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner como “chefe de uma associação ilícita”, tal como acusaram Lula de ser o “chefe de uma organização criminosa”. A perseguição midiático-político-judiciária a Cristina se intensifica ao mesmo tempo que a administração de Mauricio Macri se mostra um fracasso e a economia do país colapsa. Ela só não foi para a cadeia porque, como senadora, goza de imunidade parlamentar, que só poderia ser suspensa por 2/3 do Senado.
Todos contra Haddad
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
O crescimento consistente e contínuo do candidato do PT, Fernando Haddad, indicado pelas últimas pesquisas, produz a reação natural, o ataque simultâneo de todos os concorrentes que podem sonhar com o segundo turno.
O tucano Geraldo Alckmin faz um esforço desesperado para deslanchar, atacando ao mesmo tempo o petista, Bolsonaro e Temer.
A campanha de Bolsonaro reage declarando ser ele o único “anti-PT de raiz”, seja lá o que isso signifique.
O crescimento consistente e contínuo do candidato do PT, Fernando Haddad, indicado pelas últimas pesquisas, produz a reação natural, o ataque simultâneo de todos os concorrentes que podem sonhar com o segundo turno.
O tucano Geraldo Alckmin faz um esforço desesperado para deslanchar, atacando ao mesmo tempo o petista, Bolsonaro e Temer.
A campanha de Bolsonaro reage declarando ser ele o único “anti-PT de raiz”, seja lá o que isso signifique.
O grande pacto em defesa da democracia
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Peça 1 – as ameaças à democracia
Antes de começar o nosso Xadrez de hoje, sugiro uma releitura no artigo “Xadrez do papel de Lula no mundo”. Ele faz um apanhado das ameaças atuais à democracia liberal na Europa, América Latina e Brasil.
Hoje em dia há uma luta mundial contra a democracia liberal, refletida na campanha indiscriminada contra a classe política e na judicialização da política, com o poder sendo empalmado por corporações que não foram eleitas pelo povo.
Peça 1 – as ameaças à democracia
Antes de começar o nosso Xadrez de hoje, sugiro uma releitura no artigo “Xadrez do papel de Lula no mundo”. Ele faz um apanhado das ameaças atuais à democracia liberal na Europa, América Latina e Brasil.
Hoje em dia há uma luta mundial contra a democracia liberal, refletida na campanha indiscriminada contra a classe política e na judicialização da política, com o poder sendo empalmado por corporações que não foram eleitas pelo povo.
Situação do emprego no Brasil e no mundo
Por Clemente Ganz Lúcio, na revista Teoria e Debate:
O Brasil tem, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma população de 170 milhões de pessoas em idade ativa, das quais 104,5 milhões compõem a força de trabalho, sendo 91,7 milhões na situação de ocupados e 12,8 milhões desempregados (PNAD-IBGE, trimestre maio-julho 2018). O nível de ocupação está em 53,9% das pessoas em idade ativa, cerca de 3 p.p. abaixo do nível de ocupação no período 2012 a 2014 (57%).
O Brasil tem, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma população de 170 milhões de pessoas em idade ativa, das quais 104,5 milhões compõem a força de trabalho, sendo 91,7 milhões na situação de ocupados e 12,8 milhões desempregados (PNAD-IBGE, trimestre maio-julho 2018). O nível de ocupação está em 53,9% das pessoas em idade ativa, cerca de 3 p.p. abaixo do nível de ocupação no período 2012 a 2014 (57%).
É o capitalismo, estúpido
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:
Na terça-feira, 11, o jornal Valor nos ofereceu um artigo instigante de Rana Foroohar, colunista do Financial Times. Os analistas do mercado jogam Lego com a macroeconomia dos manuais, entoando as estrofes de ‘Batatinha quando nasce”.
Rana arrisca-se em compreender as peripécias do capitalismo global. Empenha-se em desvendar a especificidade dos movimentos que afetam o arranjo macroeconômico-financeiro das economias contemporâneas.
Com simplicidade, a colunista do Financial Times observa que “os dirigentes dos bancos centrais do mundo foram responsáveis por garantir que a Grande Recessão não se transformasse em mais uma Grande Depressão, ao conservar baixas as taxas de juros e ao manter impressionantes 15 trilhões de dólares em seus balanços.
Rana arrisca-se em compreender as peripécias do capitalismo global. Empenha-se em desvendar a especificidade dos movimentos que afetam o arranjo macroeconômico-financeiro das economias contemporâneas.
Com simplicidade, a colunista do Financial Times observa que “os dirigentes dos bancos centrais do mundo foram responsáveis por garantir que a Grande Recessão não se transformasse em mais uma Grande Depressão, ao conservar baixas as taxas de juros e ao manter impressionantes 15 trilhões de dólares em seus balanços.