Por Altamiro Borges
O Grupo Bandeirantes de Comunicação, que controla a Band, a Rede-21 e a TV Terra Viva – "o canal aberto via satélite sobre agronegócios", entre outras concessões públicas de tevê – sempre teve fortes ligações com os latifundiários – hoje fantasiados de barões modernos do agro-business. Isso explica a linha editorial agressiva contra a reforma agrária e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Johnny Saad, que preside a empresa, não esconde seu jeitão de ruralista – inclusive nas brigas internas da famiglia que podem levar o grupo midiático à falência. Em mais uma prova desse vínculo, na sexta-feira (10) o Jornal da Band divulgou um editorial excitado em defesa do decreto das armas baixado pelo miliciano Jair Bolsonaro.
Na semana retrasada, por exemplo, Fabio Pannunzio, âncora do "Jornal da Band", fez duras críticas ao prefeito Bill de Blasio, que liderou um movimento contra a presença do "capetão" em Nova York. No maior puxa-saquismo, ele esbravejou: "Quando o prefeito de NY ofende o Presidente da República, ofende a mim também. Eu não votei em Jair Bolsonaro e tenho criticado o que acho que está errado. Mas ele é o presidente de todos os brasileiros, inclusive dos que não o sufragaram", tuitou o jornalista da Band. De imediato, os internautas reagiram. Um deles postou: "Tá com peninha? Leva para casa".
O Grupo Bandeirantes de Comunicação, que controla a Band, a Rede-21 e a TV Terra Viva – "o canal aberto via satélite sobre agronegócios", entre outras concessões públicas de tevê – sempre teve fortes ligações com os latifundiários – hoje fantasiados de barões modernos do agro-business. Isso explica a linha editorial agressiva contra a reforma agrária e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Johnny Saad, que preside a empresa, não esconde seu jeitão de ruralista – inclusive nas brigas internas da famiglia que podem levar o grupo midiático à falência. Em mais uma prova desse vínculo, na sexta-feira (10) o Jornal da Band divulgou um editorial excitado em defesa do decreto das armas baixado pelo miliciano Jair Bolsonaro.
O tom do editorial surpreendeu até o jornalista Mauricio Stycer, especialista em mídia e acostumado ao show de horrores da TV brasileira. "Questionado dentro do Congresso, inclusive por uma bancada que apoia o governo, assim como pela maioria dos estudiosos de segurança pública e por setores da mídia, o decreto presidencial que ampliou o direito ao porte de armas encontrou um aliado na televisão. No 'Jornal da Band', o apresentador Rafael Colombo leu um editorial com a posição do canal, que faz uma defesa entusiasmada do decreto divulgado pelo governo na última quarta-feira".
"O texto, inicialmente, classifica como 'equivocadas' as críticas às medidas. 'Não se trata de porte indiscriminado de arma', diz a Band. 'Nada a ver com a cena de um cidadão circulando pela cidade quando bem entender com um revólver na cintura'. Alarmista, o editorial afirma: 'Não se fuja, no entanto, do fato de que as armas já estão na vida do país, mas nas mãos dos bandidos'. E conclui que o decreto corresponde a um desejo expresso na eleição de Bolsonaro: 'O cidadão honesto exigiu o direito de ter a sua arma', afirma o texto. Nem a Secretaria de Comunicação da Presidência teria sido capaz de uma mensagem tão enfática", ironizou o colunista em artigo postado neste sábado (11).
A defesa da criminosa ampliação do direito ao porte de arma, porém, não deveria surpreender. Um dos setores beneficiados pelo decreto do armamentista Jair Bolsonaro foi exatamente o dos ruralistas – muitos deles famosos pela contratação de milícias de jagunços e pelo assassinato de camponeses em terras griladas ou em litígio. A Band apenas publicou um editorial excitado em defesa da sua classe. Ela também procurou prestar serviços ao governo federal - que ultimamente tem sido muito generoso com verbas publicitárias para aprovar a "deforma" da Previdência. A postura chapa-branca da Band e de seus "calunistas" é cada vez mais explícita, sendo inclusive motivo de chacota nas redes sociais.
Na semana retrasada, por exemplo, Fabio Pannunzio, âncora do "Jornal da Band", fez duras críticas ao prefeito Bill de Blasio, que liderou um movimento contra a presença do "capetão" em Nova York. No maior puxa-saquismo, ele esbravejou: "Quando o prefeito de NY ofende o Presidente da República, ofende a mim também. Eu não votei em Jair Bolsonaro e tenho criticado o que acho que está errado. Mas ele é o presidente de todos os brasileiros, inclusive dos que não o sufragaram", tuitou o jornalista da Band. De imediato, os internautas reagiram. Um deles postou: "Tá com peninha? Leva para casa".
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