Por Reginaldo Moraes
A cada dia mais se ouve o mesmo. "Já passou dos limites. Onde vamos parar? Não é possível continuar com essa loucura".
Ok, até concordo com o desabafo. Só que... depois disso, uma estupidez mais se soma ao que já existe. Como é que isso pode parar?
Um governo não cai, é derrubado. Quem derrubaria este aqui?
Pela primeira vez, me parece, um jornalista da grande mídia disse o óbvio: o governo do psicopata tem como objetivo destruir as instituições existentes, como ponto de partida para instaurar uma outra forma de poder.
Em suma, uma espécie de "depois do dilúvio, eu (e minha família)". Com todos os poderes.
Mas ele não está ali nem ali se sustenta pelos seus belos olhos.
É certo que muito se deve à ousadia - talvez um blefe, acenando para a possível rebelião (armada?) de sua base mística, com fortes enraizamentos na baixa oficialidade do exército e nas PMs. Mas não é apenas isso.
O certo é que esse trabalho de destruição convém a muitos dos grandes poderes que o colocaram lá - até certo ponto, claro. No mundo empresarial, o apoio do capitão desde logo esteve em certa franja um tanto marginal e quase delinquente - como a do folclórico mas perigoso 'véio da Havan', que não por acaso tem como simbolo a estatua ianque, embora se vista de verde amarelo.
Mas ele foi em seguida adotado como "second best", mal menor ou mal necessário, depois que ele se revelou como "aquilo que temos", isto é, o que sobrava depois da predação da política promovida pela soma de lava-jato e mídia amarela.
Noticia-se que grandes investidores agora colocam as barbas de molho e demonstram temor pelo avanço da fera. Mas, fora o movimento de seus capitais e as exibições indiretas de desconforto, o que fazem?
Alguma manobra para deslocar o pirata e sua família miliciana? Aparentemente, nada.
Empresários industriais (ou pseudo-industriais, como Skaf), banqueiros, agropecuaristas, todos esses... o que fazem para pressionar seus tentáculos institucionais (juízes, congressistas, oficiais armados)?
Aparentemente, nada. A cena política continua tendo como astros e protagonistas alguns atores de terceira linha.
No campo dos políticos profissionais, os mais desprovidos de cérebro.
No campo das fardas, os mais desprovidos de fibra e de caráter.
O certo é que o psicopata a cada passo dobra a aposta. Parece cada vez mais claro o rumo do que diz e faz, com a sua tática de produzir choques contínuos e demonstrações de "sou mais eu".
O rumo é este, um outro "sou mais eu", que não se consuma em 2022, em eleições, mas em algo mais forte.
O psicopata prepara um golpe. Ainda não avançou porque nem ele sabe se sua base (armada?) é mesmo o que alardeia.
Ainda não sabe se tem um jogo de vencedor nas mãos - ou apenas um blefe. Mas a tática da provocação visa consolidar esse apoio radical, medir sua disposição e tamanho e, quem sabe, prepará-lo para o assalto decisivo.
Ok, até concordo com o desabafo. Só que... depois disso, uma estupidez mais se soma ao que já existe. Como é que isso pode parar?
Um governo não cai, é derrubado. Quem derrubaria este aqui?
Pela primeira vez, me parece, um jornalista da grande mídia disse o óbvio: o governo do psicopata tem como objetivo destruir as instituições existentes, como ponto de partida para instaurar uma outra forma de poder.
Em suma, uma espécie de "depois do dilúvio, eu (e minha família)". Com todos os poderes.
Mas ele não está ali nem ali se sustenta pelos seus belos olhos.
É certo que muito se deve à ousadia - talvez um blefe, acenando para a possível rebelião (armada?) de sua base mística, com fortes enraizamentos na baixa oficialidade do exército e nas PMs. Mas não é apenas isso.
O certo é que esse trabalho de destruição convém a muitos dos grandes poderes que o colocaram lá - até certo ponto, claro. No mundo empresarial, o apoio do capitão desde logo esteve em certa franja um tanto marginal e quase delinquente - como a do folclórico mas perigoso 'véio da Havan', que não por acaso tem como simbolo a estatua ianque, embora se vista de verde amarelo.
Mas ele foi em seguida adotado como "second best", mal menor ou mal necessário, depois que ele se revelou como "aquilo que temos", isto é, o que sobrava depois da predação da política promovida pela soma de lava-jato e mídia amarela.
Noticia-se que grandes investidores agora colocam as barbas de molho e demonstram temor pelo avanço da fera. Mas, fora o movimento de seus capitais e as exibições indiretas de desconforto, o que fazem?
Alguma manobra para deslocar o pirata e sua família miliciana? Aparentemente, nada.
Empresários industriais (ou pseudo-industriais, como Skaf), banqueiros, agropecuaristas, todos esses... o que fazem para pressionar seus tentáculos institucionais (juízes, congressistas, oficiais armados)?
Aparentemente, nada. A cena política continua tendo como astros e protagonistas alguns atores de terceira linha.
No campo dos políticos profissionais, os mais desprovidos de cérebro.
No campo das fardas, os mais desprovidos de fibra e de caráter.
O certo é que o psicopata a cada passo dobra a aposta. Parece cada vez mais claro o rumo do que diz e faz, com a sua tática de produzir choques contínuos e demonstrações de "sou mais eu".
O rumo é este, um outro "sou mais eu", que não se consuma em 2022, em eleições, mas em algo mais forte.
O psicopata prepara um golpe. Ainda não avançou porque nem ele sabe se sua base (armada?) é mesmo o que alardeia.
Ainda não sabe se tem um jogo de vencedor nas mãos - ou apenas um blefe. Mas a tática da provocação visa consolidar esse apoio radical, medir sua disposição e tamanho e, quem sabe, prepará-lo para o assalto decisivo.
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