quinta-feira, 4 de abril de 2019

Frota perderá salário por calote em boate gay?

Por Altamiro Borges

O pornô-deputado Alexandre Frota (PSL-SP), que a cada dia que passa confirma a sua mediocridade na Câmara Federal e se enrosca ainda mais no laranjal de Jair Bolsonaro, sofreu um novo abalo nesta semana. A revista Época publicou uma matéria bem picante e corrosiva sobre o ator-oportunista, que foi eleito graças à onda fascistizante que devastou o país nos últimos anos. Intitulado “Empresa pede bloqueio de salário de Frota por calote em boate gay”, o texto do repórter Eduardo Barretto mostra a que nível deplorável chegou o parlamento nativo. Vale conferir a longa e detalhada reportagem:

Caetano Veloso interpela 'bispo ratazana'

Por Altamiro Borges

O cantor e compositor Caetano Veloso já decidiu interpelar judicialmente o bispo auxiliar Dom José Francisco Falcão, do Ordinariado Militar do Brasil – uma circunscrição eclesiástica da Igreja subordinada diretamente à Santa Sé. Conforme revelou o repórter Evandro Éboli, da coluna Radar da Veja, o religioso endemoniado esbravejou em uma missa que “gostaria de dar veneno de rato” para “um imbecil” que “cantou que é proibido proibir”. Agora, o renomado artista, autor da canção de 1968 com esse nome em protesto contra a ditadura militar, exige que o padreco diga judicialmente quem é o “imbecil” que ele gostaria de assassinar.

Previdência: Uma mentira e um erro

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

A proposta do governo de capitalização na emenda da Previdência constitui grave ameaça a um direito humano fundamental que as sociedades civilizadas garantem: o direito a uma velhice digna. Ontem e anteontem, em suas declarações à imprensa e depois na Câmara dos Deputados, o ministro Paulo Guedes deixou claro que a proposta de capitalização do governo não tem apenas um sentido fiscal (apesar de ser esta a justificação oferecida para a reforma) e não tem como consequência “apenas” liquidar gradualmente com os sistema de Previdência Pública no Brasil. Visa também reduzir os encargos trabalhistas das empresas às custas do aumento do desemprego de todos aqueles que já estiverem empregados no dia em que essa emenda eventualmente entrar em vigor.

Paulo Guedes e a retórica salvacionista

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A retórica do fim do mundo & eu tenho a salvação hoje em dia é tradicional entre economistas. Nos últimos anos, foi incorporada também por procuradores salvacionistas. Dia desses, um deles ousou afirmar que a economia está estagnada porque houve uma redução no combate à corrupção – desrespeitando qualquer relação de causalidade, ainda mais de um modelo que destruiu a engenharia nacional.

Um golpe de classe que usou as forças armadas

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Os 55 anos do golpe militar, pela violência que implicou, agora devidamente tirada a limpo pela Comissão Nacional da Verdade, não pode deixar nenhum cidadão consciente na indiferença. Importa assinalar claramente que o assalto ao poder foi um crime contra a Constituição e uma usurpação da soberania popular, fonte do direito num Estado democrático.

O primeiro Ato Institucional de 9/4/1964 alijou este princípio da soberania popular ao declarar que “a revolução vitoriosa como Poder Constituinte se legitima por si mesma”. Nenhum poder se legitima por si mesmo; só o fazem ditadores que pisoteiam qualquer direito. O golpe militar configurou uma ocupação violenta de todos os aparelhos de Estado para, a partir deles, montar uma ordem regida por atos institucionais, pela repressão e pelo Estado de terror.

A corrupção e os babacas

Por Jair de Souza, no blog Viomundo:

Há muito tempo (pelo menos, desde a época de Getúlio Vargas), a gente vê que a pretensa luta contra a corrupção tem servido como uma palavra de ordem que os endinheirados (justamente os mais corruptos) empregam para instigar as camadas médias a combater àqueles que propõem e tomam medidas para beneficiar os setores mais necessitados da sociedade.

Em seus excelentes trabalhos recentemente publicados, o sociólogo Jessé Freire já deixou claro que a adesão de boa parte da classe média a essas pseudo-lutas contra a corrupção é uma maneira de esconder a verdadeira canalhice que está por trás de sua motivação.

Golpe da previdência e o devedor contumaz

Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:

“Para não dizer que não falei das flores”, a recente iniciativa do governo de melhorar os resultados da previdência via cobrança dos débitos das pessoas físicas e jurídicas (empresas) junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que hoje somam cerca de R$ 491 bilhões, é uma boa iniciativa. Visto que esse montante cobriria o suposto “déficit” [1] da previdência estimado em R$ 290 bilhões (regimes privado, dos servidores e militares).

O intenso processo de dessindicalização

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Engana-se quem pensa que os tempos sombrios para a sindicalização dos trabalhadores começaram agora. O golpe de Temer também afetou negativamente a vinculação de trabalhadores a sindicatos. Se de 2012 a 2015 o número total de sindicalizados chegou inclusive a aumentar em 178 mil trabalhadores, em 2016 e 2017 ocorreu uma redução total de 1,5 milhões de trabalhadores. A variação da taxa de sindicalização brasileira entre 2012 e 2015 foi de -0,3 pontos percentuais (pp). Nos dois anos seguintes, no entanto, esta queda foi cinco vezes maior (-1,5pp).

Bolsonaro, Israel e a ditadura no Brasil

Por Soraya Misleh, na revista CartaCapital:

Enquanto no Brasil, em 25 de março, o Governo Bolsonaro convocava comemorações ao golpe de 1964 – e depois eufemisticamente chamaria de “rememoração” –, os palestinos em Gaza se viam diante de mais um bombardeio israelense. No dia 31, em que se lembraram 55 anos do começo do período de exceção, Bolsonaro viajou para encontrar seu aliado sionista Benjamin Netanyahu.

Além do repúdio veemente a ambos acontecimentos – a ofensiva israelense que prenuncia novo massacre e a apologia ao golpe –, é importante desvendar que Israel e a ditadura no Brasil têm conexão histórica. Esse é um capítulo ainda oculto nas páginas infelizes de nossa história.

Por que a Venezuela é um perigo?

Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato:

Estamos assistindo diariamente a grande mídia brasileira noticiar uma série de acontecimentos na Venezuela e que são na sua totalidade negativos. Repito: na sua totalidade, o que significa todo e qualquer conteúdo. Por que será que a grande mídia brasileira e o presidente Jair Bolsonaro destinam tanto tempo e tanta atenção aos “problemas venezuelanos”?

Tive a oportunidade de visitar Caracas em fevereiro deste ano e compartilho minhas impressões sobre essas questões.

Empresário não pensa no médio e longo prazo

Da Rede Brasil Atual:

As mudanças nas regras sobre contribuições sindicais previstas na Medida Provisória (MP) 873, proposta pelo governo Bolsonaro, soam como um "absurdo" para o diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Caio Magri, por rever uma questão consolidada que contraria, inclusive, a própria defesa da atual gestão em prol da desburocratização estatal. "Essa é uma intervenção do Estado nas relações de trabalho altamente prejudicial e muito forte, ao contrário do que se imagina, de que seria uma desregulamentação", afirma, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual. Ele analisou também a "reforma" da Previdência e cobrou dos empresários um debate alternativo sobre a proposta e uma agenda voltada ao meio ambiente.

'Conje' e 'Tchutchuca' enterram superministros

Charge: Alexandre Beck
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Adeus, Posto Ipiranga.

Olá, Tchutchuca.

A partir de hoje, Paulo Guedes passará a ser chamado assim.

Tchutchuca.

A audiência do ministro da Economia na CCJ da Câmara foi encerrada após mais de seis horas de bate boca.

Voto bonzinho pode enterrar a Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os jornais informam que um bom número de deputados pretende criar uma cena teatral para apoiar a reforma da Previdência anunciada por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.

Pretendem votar a favor de todos os itens da reforma, que irão transformar a Previdência num novo investimento a disposição do mercado financeiro. Mas, num esforço para iludir o eleitorado, planejam abrir duas exceções - rejeitar a redução do Benefício de Prestação Continuada para 400 reais e a cobrança de contribuição para a aposentadoria de trabalhadores rurais, que hoje são isentos pela Constituição.