quinta-feira, 18 de abril de 2019

Pastor Feliciano fuzila general Mourão

Por Altamiro Borges

O “capetão” Jair Bolsonaro gerou três falsas expectativas na sociedade. Ele prometeu combater a corrupção, resolver o drama da segurança pública e retomar o crescimento econômico – “taokey”! Mas era tudo fake news. Seu governo é um laranjal de corruptos; sob intervenção, os milicos agravaram a violência no Rio de Janeiro; e a economia afunda celeremente. Diante desses fiascos, as pesquisas apontam a abrupta queda de popularidade do presidente e o caos se estabelece no bordel. Até a lua de mel dos 100 dias foi para o vinagre. O clima é de desconfiança e de facadas. Nesta zorra, um dos vice-líderes do governo no Congresso, o deputado Marco Feliciano, pede o impeachment do vice-presidente Hamilton Mourão. É pastor esbravejando pelo fuzilamento do general!

Crise ajuda Guedes a privatizar a Petrobras

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Paulo Guedes prepara-se para aplicar o ditado chinês de transformar “crise em oportunidade”. Num sentido inverso do que os chineses o aplicam, claro: a crise é para o país, a oportunidade é para o dinheiro.

Disse ontem, na Globonews, que Jair Bolsonaro, diante dos discursos em favor da privatização da Petrobras, “levantou a sobrancelha”:

“O presidente levantou a sobrancelha… Ué, se o preço de petróleo sobe no mundo todo inteiro e não tem nenhum caminhoneiro parando no Trump, na Merkel ou na porta do Macron, será que tem um problema aqui?”, disse.


Crime contra o salário mínimo

Por José Pascoal Vaz, no site Carta Maior:

Atentado à justiça social a proposta de Bolsonaro de se retirar da fórmula de reajuste do salário mínimo (SM) o aumento do PIB. Sabe-se de sobejo a influência das boas políticas de SM sobre o combate à desigualdade, como provam os primeiros 15 anos deste século.

A desigualdade é um grave problema ético, ao gerar pobreza injustificada. Segundo o IBGE, a metade (45 milhões) da população ocupada (90 milhões) no Brasil tem renda média de R$ 848,00/mês, 15% menor do que o SM que, em si, equivale apenas a 25% do SM necessário para cumprir o mínimo exigido pelo art. 7º.-IV da Constituição (R$ 4.053,20 – Dieese, fev/19), enquanto há executivos de empresas ganhando mil e quinhentas vezes mais.

Século do Judiciário e a volta da barbárie

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

De um bravo Ministro do Supremo Tribunal Federal, anos atrás ganhei um livro do jurista italiano Luigi Ferrajoli e a crença de que o século 21 seria o século do Judiciário, trazendo luzes, direitos, sede de Justiça, o poder contra-hegemônico levando a justiça às minorias e aos órfãos da política.

O Século 20 havia sido o do Legislativo, no início impondo o poder da maioria sobre os direitos das minorias, insuflado por massas ululantes e levando ao poder ditadores terríveis. Depois da Segunda Guerra, as maiorias legislativas acabaram sendo contidas por constituições, que definiam princípios civilizatórios e limites que não poderiam ser ultrapassados pela legislação comum, impedindo golpes de Estado de maiorias eventuais.

Governo a serviço da desconstrução nacional

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Na residência oficial do embaixador brasileiro em Washington, em jantar a representantes da extrema-direita dos EUA, onde tem sua alma, o capitão declarou haver chegado ao poder “não para construir”, mas para “desconstruir muita coisa’. Sua palavra está sendo cumprida com dedicação e competência exemplares. A economia soçobra e a dignidade nacional foi ao chão.

Seja Tigrão, Tchutchuca!

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Estas linhas são uma colaboração modesta ao ministro Paulo Guedes, tão ansioso no seu propósito de courear os pobres e alisar o lombo dos afortunados. Embora devoto aplicado da Teologia da Escravidão, seus últimos movimentos não tem obtido a graça divina. Na sua ida ao Congresso, deixado ao relento pelas bancadas da Bíblia, do Boi e da Bala, saiu de mãos abanando e com o apelido de Tchutchuca. Algo que, convenhamos, é pouco para quem planeja estrago tão grande na vida dos outros.

Lalo lança o livro "A mídia descontrolada"

Por Theo Rodrigues, no blog Cafezinho:

No dia 26 de abril de 2019, sexta-feira, às 18:00, o Rio de Janeiro recebe o lançamento do novo livro de Laurindo Leal Filho, o Lalo: “A mídia descontrolada – Episódios da luta contra o pensamento único”, lançado pelo selo do Barão de Itararé.

O livro reúne uma série de artigos sobre políticas de comunicação e de análise de mídia escritos nos últimos oito anos. Trata-se do acompanhamento, através desses textos, do papel da mídia nesse período em sua relação com a política, a economia e a cultura do país.

Ditadura deixa de ser uma hipótese remota

Por Renato Rovai, em seu blog:

Um golpe não é, um golpe vai sendo.

Desde antes do impeachment ilegal e canhestro aplicado pelo lavajatismo, a mídia e políticos oportunistas que escrevo isso quase como um mantra.

Um golpe começa com um alvo e vai ampliando seus objetivos até engolir parte, inclusive, dos que participaram da armação. Até mostrar aos ingênuos e mal intencionados que eles foram usados de diferentes maneiras para que o arbítrio se consolidasse.

"Independência" do BC e governo em conflito

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

O governo do capitão insiste em aprofundar seu isolamento político no país, bem como sua vergonhosa reclusão no cenário diplomático e internacional. Alguns analistas chamam a atenção para essa trilha aparentemente suicida, de não levar em conta as necessidades mínimas da própria sobrevivência política em um contexto de vigência de regras supostamente normais da institucionalidade democrática. No entanto, nem tudo que aparenta ser contraditório pode ser debitado na conta da incompetência pura e simples. Talvez esteja aí, inclusive, uma das muitas hipóteses a explicar essa opção — levar a conjuntura ao cenário de paralisia e abrir espaço para as vozes que clamam por uma intervenção militar explícita e ditatorial.

Bolsonaro e 'mercado' atacam a Petrobras

Editorial do site Vermelho:

A celeuma criada com a decisão do presidente da República Jair Bolsonaro de ligar pessoalmente para a direção da Petrobras impondo o cancelamento do aumento do preço do diesel tem enorme simbolismo. Significa que o mercado já dominou setores importantes do Estado para submetê-los ao seu controle despótico. Quem melhor traduziu essa dominação foi o porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros, ao repetir o que Bolsonaro teria dito sobre a celeuma.

Greve de caminhoneiros ainda ronda governo

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

Depois da intervenção de Jair Bolsonaro para impedir o aumento de 5,7% no preço do diesel, na última 5ª feira (11-04), temendo uma nova greve de caminhoneiros, como a do ano passado, que paralisou o país, a Petrobras decidiu manter estáveis as cotações do diesel e da gasolina em suas refinarias.

O mercado reagiu mal com a possibilidade de intervenção direta de Bolsonaro no preço dos combustíveis, o que fez com que as ações da Petrobras registrassem uma desvalorização de 8,5% e a empresa perdesse em um único dia 32 bilhões de reais em valor de mercado.

Posições firmes diante das várias crises

Por João Guilherme Vargas Netto

À margem do puramente espetaculoso, quatro assuntos graves devem ocupar nossa atenção e orientar nossas ações. Os três primeiros são expressões diretas da luta de classes e o quarto é institucional, mas nem por isso menos grave.

O primeiro é a continuidade da luta contra a deforma da Previdência cujas peripécias na Câmara dos Deputados têm revelado a dificuldade de seus proponentes em fazer avançá-la. Embora haja um clima de barata-voa não devemos ter ilusões e baixar a guarda, porque o deus mercado sabe fazer milagres e mágicas.

Outros Padilhas virão

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nas conversas de botequim desta difícil etapa da vida brasileira, um dos assunto do momento é o artigo de José Padilha publicado pela Folha, "O ministro anti-Falcone".

Ali, o cineasta de "Tropa de Elite" escreve: "o leitor sabe que sempre apoiei a operação Lava Jato e que chamei Sergio Moro de 'samurai ronin,' uma alusão à independência' política que, acreditava eu, balizava a sua conduta. Pois bem, quero reconhecer o erro que cometi" afirma o diretor de O Mecanismo, lamentável panfleto de louvação a Lava Jato, que serviu de peça de suporte do golpe de 2016.

Padilha afirma simplesmente que Moro "hoje é empregado da família Bolsonaro".